quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Maria na Espiritualidade Vicentina


Saudação Inicial: Louvado seja nosso senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado. Iniciemos nossa oração saudando a trindade: Em nome do Pai do Filho e do Espirito Santo Amem.

Comentário: Nesse 2017, a Igreja do Brasil celebra 300 anos da aparição de Nossa Senhoras Aparecida, que como Mãe que é, não ficou indiferente aos sofrimentos e súplicas dos pobres ribeirinhos do Paraíba. Hoje também o Brasil está imergido em dificuldades diversas e queremos também como seus filhos e devotos pedir a proteção de Nossa Mae, Nossa Senhora Aparecida cantando! (Enquanto se canta, entra uma pessoa com a imagem de Nossa Senhora e põe no altar ao lado)

Mãe do Céu Morena - Padre Zezinho
Mãe do Céu Morena/ Senhora da América Latina/ De olhar e caridade tão divina/ De cor igual à cor de tantas raças. Virgem tão Serena/ Senhora destes povos tão sofridos/ Patrona dos pequenos e oprimidos/ Derrama sobre nós as tuas graças.
1.Derrama sobre os jovens tua luz/ Aos pobres vem mostrar o teu Jesus/ Ao mundo inteiro traz o teu amor de Mãe/ Ensina quem tem tudo a partilha/ Ensina quem tem pouco a não cansar/ E faz o nosso povo caminhar em paz
2.Derrama a esperança sobre nós/ Ensina o povo a não calar a voz/ Desperta o coração de quem não acordou/ Ensina que a justiça é condição/ De construir um mundo mais irmão/ E faz o nosso povo, conhecer, Jesus...!

Comentarista: Meditemos nesse momento a pessoa Maria na experiência espiritual de São Vicente de Paulo. Vicente de Paulo fixa sua atenção sobre três ícones, três mistérios que envolvem a vida de Maria e explicitam sua missão: a Imaculada Conceição, a Anunciação e a Visitação. A espiritualidade mariana de Vicente de Paulo situa-se no núcleo de sua experiência espiritual: dar-se a Deus para servir aos Pobres.

L1 - A Imaculada Conceição: São Vicente vê, no mistério da Imaculada Conceição, a Virgem humilde e casta, vazia de si mesma para acolher a Deus e deixar-se plenificar por ele. Atitudes fundamentais para os que querem esvaziar-se de si mesmo e revestir-se do espírito de Cristo: “Previu Deus, pois, que, como era preciso que seu Filho tomasse carne humana de uma mulher, era conveniente que a tomasse de uma mulher digna de recebê-lo, uma mulher que estivesse cheia de graça, vazia de pecado, enriquecida de piedade e preservada de todos os maus afetos. Apresentou, então, diante de seus olhos todas as mulheres que havia no mundo e não encontrou nenhuma tão digna desta grande obra como a puríssima e imaculada Virgem Maria. Por isso, se propôs, desde toda a eternidade, preparar esta morada, adorná-la com os mais admiráveis e dignos bens que pode receber uma criatura, a fim de que fosse um templo digno da divindade, um palácio digno de seu Filho. Se a previsão eterna pôs, desde então, seus olhos para descobrir este receptáculo do seu Filho e, depois de descobri-lo, adornou-o com todas as graças que podem embelezar uma criatura, como ele mesmo declarou pela boca do anjo que lhe enviou como embaixador, com maior razão haveremos de prever o dia e a disposição requerida para receber-lhe!” (SV XIII, 35).
Acolher a Deus, encher-nos de Deus, revestir-nos de Jesus Cristo, vazios de nós mesmo, como a Imaculada, tal é o primeiro desafio que Vicente de Paulo nos propõe, à luz do exemplo da Virgem Maria. 

L2 - A Anunciação: A humildade prepara e sustenta a oferta de si a Deus. Conhecer Deus e reconhecê-lo como único Senhor, saber-se pequeno diante dele, dar-se a ele para servir ao próximo, para realizar a sua obra, é o segundo movimento que Vicente descobre em Maria, a partir do ícone da Anunciação: “É preciso reconhecer a essência e a existência de Deus e ter algum conhecimento de suas perfeições antes de oferecer-lhe um sacrifício. Isso é natural, pois a quem ofereceis vossos presentes? Aos grandes, aos príncipes e aos reis. A esses é que rendeis vossa homenagem. Tão certo é isso que Deus observou esta mesma ordem na encarnação. Quando o anjo foi saudar a Virgem Maria, começou por reconhecer que estava cheia das graças do céu: Ave, gratia plena. Senhora, estás cheia e cumulada dos favores de Deus; Ave, gratia plena. Assim a reconhece e louva-a como cheia de graça. E o que faz em seguida? Aquele lindo presente da segunda pessoa da Santíssima Trindade. O Espírito Santo, reunindo o sangue mais puro da Santíssima Virgem, formou com ele um corpo; depois, Deus criou uma alma para informar aquele corpo e, em seguida, o Verbo se uniu àquela alma e àquele corpo por uma união admirável e, desta forma, o Espírito Santo realizou o mistério inefável da encarnação. O louvor precedeu o sacrifício” (SV XII, 226-227).
Como Maria na Anunciação, somos chamados a dar-nos inteiramente a Deus para realizar a sua obra: “Assim, pois, diz-se que é necessário buscar o Reino de Deus. Isso não é mais do que uma palavra, mas parece-me que diz muitas coisas. Quer dizer que temos de trabalhar de tal modo que aspiremos sempre ao que se nos recomenda, que trabalhemos incessantemente pelo Reino de Deus, sem ficarmos numa situação cômoda e parados (...). Buscai, buscai, isto quer dizer preocupação, isto quer dizer ação” (SV XI,131). A adesão de Maria à iniciativa de Deus serve-nos de estímulo na fidelidade ao dom da vocação.

L3 - A Visitação: Vazios de nós mesmos e entregues a Deus, nossa vida está a serviço dos pobres: “vós vos destes a Deus para o serviço dos pobres”, recordava, com insistência, nosso fundador. São Vicente descobre na Visitação de Maria a Isabel este terceiro movimento do caminho espiritual e propõe a prontidão e a solicitude de Maria na Visitação como modelo para o serviço dos pobres: “Honrarão a visita da Santíssima Virgem quando foi visitar sua prima com prontidão e alegria” (SV XIII, 419). E assim deduzirá as aplicações concretas para a vida da Filha da Caridade: “A Companhia das Filhas da Caridade foi fundada para amar a Deus, servi-lo e honrar Nosso Senhor, seu amo, e à Santíssima Virgem. E como o honrareis? Vossa Regra vos indica, fazendo-as reconhecer o plano de Deus em vossa fundação: para servir aos pobres enfermos, corporalmente, administrando-lhes tudo o que lhes é necessário; e espiritualmente, procurando que vivam e morram em bom estado” (SV IX, 20).

Em toda e qualquer circunstância, São Vicente sempre nos conduz aos pobres. Como Maria, nossa vida é doação total a Deus para o cuidado e a promoção dos irmãos mais pobres.

INSPIRAÇÃO BÍBLICA: Lc 1,26-38 (Anunciação) e Lc 1,39-56 (Visitação)

Comentário: Nesse dia 15 de novembro a Igreja do Paraná celebrou sua padroeira Nossa Senhora do Rocio, dirijamos a ela também nossa prece por meio do Angelus:

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria…

V. Eis a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou no meio de nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos.
Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Benção: (O Padre dá a bênção)

Dai-nos a benção, oh Mãe querida. Nossa Senhora Aparecida (2x)

V. Por intercessão de Nossa Senhora Apreciada, abençoe-nos o Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. 

R. Amém.

Roteiro de oração para cristãos leigo(a)s vicentino(a)s no marco do “Ano Nacional do Laicato: 2017-2018”


Material necessário:[Imagem de Nossa Senhora, São Vicente, Cruz de Cristo, Círio Pascal,   lamparina, pacotinhos de sal, banner ou cartaz do “Ano Nacional do Laicato”, banner dos 400 anos do Carisma Vicentino sal, faixas com nomes das expressões laicais que atuam na paróquia, especialmente os ramos da Família Vicentina, documento de Aparecida, bíblia, água benta para aspersão e velas para todos os participantes]

Mantra: Vós sois o sal da terra/Vós sois a luz do mundo/ Que o sal não se acabe/ que a luz nunca se apague.

1. ACOLHIDA
(A acolhida poderá ser feita à porta da Igreja ou no local onde irá acontecer a celebração, com um pouco de sal na mão para que a pessoa prove, ou em um saquinho para cada participante levar para casa. Duas pessoas na porta de entrada com uma vela acesa ou lamparina acesa para indicar o caminho e acolher os participantes).

Comentário Inicial: Hoje, celebramos a alegria de realizarmos mais um encontro da Família Vicentina, que a modelo de São Vicente de Paulo, Maria Santíssima e o próprio Jesus Cristo se coloca a serviço do povo, a serviço do ser humano, para que seja fraterno mais parecido com nosso Deus. Os cristãos leigos e leigas são chamados a serem sal da terra e luz do mundo. Somos chamados a nos compreender como Igreja, nossa participação na missão de Cristo. Recordamos nesse momento que a Igreja do Brasil se prepara para viver o “Ano Nacional do Laicato”, durante o qual somos convidados a pensar como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a nossa identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade. Vamos iniciar a nossa oração recebendo os ícones sagrados, cantando!

(Procissão: Banner faixas com nomes de cristãos leigos e leigas que atuaram na Igreja e na sociedade, nomes de pastorais e movimentos existentes na Igreja e na sociedade local, imagens de São Vicente).

CANTO: Eis-me aqui Senhor, / Eis-me aqui Senhor! (ou outro indicado pela equipe)

2. RECORDAÇÃO DA VIDA
ANIMADOR/A: Irmãos e irmãs, o encontro com Jesus Cristo, é acolhimento da graça do Pai que, pela força do Espírito, revela o Salvador e atua no coração das pessoas, possibilitando-lhes uma resposta de amor.

a) Como cristãos leigos e leigas, temos atuado como sal, luz e fermento na Igreja e na Sociedade?
b) Temos nos percebido como sinais visíveis de Deus no meio do povo?
c) O que realizamos tem incidência direta na sociedade com a nossa atuação efetiva como cristãos leigos e leigas?

3. PROCISSÃO DA PALAVRA
(Uma pessoa entra com a Bíblia fazendo uma coreografia de acordo com o canto, enquanto uma mulher e um homem entram com uma lamparina ou vela acesa e uma vasilha transparente com sal, lembrando o lema do Ano Nacional do Laicato: Sal da Terra e Luz do Mundo).

CANTO: Fazei ressoar (ou outro indicado pela equipe)

Refrão: Fazei ressoar, / ressoar / a Palavra de Deus em todo lugar (bis)

L1. Na cultura, na história, vamos expressar/ Levando a Palavra de Deus em todo lugar. Vamos lá!
L2. Na família, no trabalho, vamos anunciar/ O projeto de amor de Deus, vivenciar. Vamos lá!
L3. Na política, no lazer, vamos levar/ O Evangelho da partilha, testemunhar. Vamos lá!

ANIMADOR/A: Nós seremos julgados pelo amor que cada dia dedicamos aos nossos irmãos e irmãs. Na Bíblia, esse amor de solidariedade é a justiça do Reino. “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! ” (Mt 25,34).
(Seguem-se as Leituras e o Salmo do dia).

4. EVANGELHO: (Mt5,13-16) “A força do testemunho”
13«Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o gosto, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.14Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também: que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu.»
Palavra da Salvação. Glória a vós Senhor.

REFLEXÃO:( Comentário vivencial da Palavra anunciada. Lembrar as duas motivações da oração: Leigo(a)s Vicentino(a)s e Ano Nacional do Laicato)

5. RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO E PROFISSÃO DE FÉ
ANIMADOR/A: Incorporados a Cristo pelo Batismo, nós, cristãos leigos e leigas, vamos renovar nossas promessas batismais.
(Um jovem entra trazendo alto o Círio Pascal, enquanto se entoa o refrão)

Refrão:“Ó luz do senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós”.

O jovem diz: Bendito sejais, Deus da Vida, / que nos destes o Cristo Jesus / e nos chamais a imitá-lo no serviço aos irmãos.
Todos:Bendito seja Deus para sempre!

ANIMADOR/A: Recordando nosso Batismo, acenderemos agora nossas velas.
(Algumas pessoas acendem no Círio e repassam para os demais presentes.Enquanto isso, cantamos novamente o refrão):

RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO
ANIMADOR/A: Como cristãos, queremos renovar as promessas de nosso Batismo. Iluminados por sua luz, vamos testemunhar nossa vocação como povo sacerdotal, profético e pastoral.

PRESIDENTE DA CELEBRAÇÃO: Irmãos e irmãs, pelo Mistério Pascalfomos, no Batismo, sepultados com Cristo para vivermos com Ele uma vida nova. Por isso, renovamos as promessas do nosso Batismo, pelas quais renunciamos ao mal e prometemos servir a Deus em sua Igreja no mundo:
- Para viver na liberdade dos filhos e filhas de Deus, renunciais ao pecado?
Todos:Renuncio.
- Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo que possa desunir, para que o pecado não domine sobre vós?
Todos:Renuncio.
- Para seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e princípio do pecado?
Todos:Renuncio.
- Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?
Todos: Creio.
- Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu?
Todos: Creio.
- Credes no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?
Todos: Creio.
Oração conclusiva: O Deus todo poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, nos confirme na missão como sacerdotes, profetas e reis e guarde-nos em sua graça para a vida eterna, em Cristo Jesus, Nosso Senhor:
Todos: Amém!

CANTO PARA ASPERSÃO: Chuva de Graça
1- Há uma chuva de graça aqui / Está chovendo sobre todos nós/ E quem mais se entregar /  Mais se molhará
2- Há uma semente pra germinar / E muitos frutos a se produzir/ Na terra do coração  / Derrama tua graça
3- Chuva de graça pedimos a ti  / Chuva de graça derrama em nós/ Chuva de graça neste lugar /  derrama
(Todos apaguem as velas)

6. PRECES (Sugestões de preces para serem incluídas)

1. “A Igreja é imagem terrena da Santíssima Trindade”. Senhor, abençoai o Papa Francisco e todo Corpo Eclesial, do qual Cristo é a cabeça, para que persevere na sua missão de evangelizar os povos, nós vos rogamos: Por Cristo Jesus, atendei-nos!

2. “Os fiéis leigos participam das funções de Cristo sacerdote, profeta e rei”. Senhor, que o Espírito Santo nos anime em nossa caminhada, inspirando e iluminando a vivência de nossa vocação laical, para compreendermos os sinais de vosso amor e atuarmos na vida e na história do mundo, nós vos rogamos:

3. “O primeiro campo e âmbito da missão do cristão leigo é o mundo”. Senhor, que nós, cristãos leigos e leigas, conscientes dos desafios atuais no Brasil e no mundo, encontremos na Palavra a luz necessária para a organização, e respondamos ao vosso chamado na vida pessoal, na família, no trabalho, na ação política, em toda a sociedade, nós vos rogamos:

4. “O comunicador cristão tem como primeiro objetivo anunciar Jesus Cristo e seu Reino.” Senhor, que nós, cristãos leigos e leigas, nos conscientizemos da necessidade, prioridade e urgência da comunicação em todos os níveis, para a divulgação do Evangelho, o bem da sociedade, e a glória do vosso nome, nós vos rogamos:

5. Neste ano em que celebramos como Família os 400 anos do Carisma Vicentino, peçamos ao Senhor que nos sustente em nossa vocação, nos animando e dando força e coragem para sairmos de nossas comodidades e irmos ao encontro dos mais excluídos, pobres e marginalizados de nossa sociedade.   

6. Pela Família Vicentina, que iluminadas pela Palavra de Deus, formações e partilhas encontremos fundamentação, para contra as pobrezas agirmos juntos; de modo que pelo nosso testemunho sejamos, com os mais pobres, protagonistas da mudança de estruturas na sociedade em que vivemos.

ANIMADOR/A: Como sujeitos eclesiais, para que possamos participar ativamente da vida da Igreja, sendo testemunhas fiéis de Cristo Rei e cumprindo nossa missão neste mundo, rezemos juntos a Oração que o Senhor nos ensinou:

Pai Nosso, Ave Maria e a Oração dos 400 anos do Carisma Vicentino

Oração pelos 400 anos do Carisma Vicentino
Senhor, Pai Misericordioso, que suscitastes em São Vicente de Paulo uma grande inquietude para a evangelização dos Pobres, infunde teu Espírito nos corações de seus seguidores.
Que, ao escutar hoje o clamor de teus filhos abandonados, estejamos prontos para ajudá-los “Como quem se apressa para apagar o fogo”.
Aqueça em nós a chama do carisma que há 400 anos anima nossa vida Missionária. Pedimos-te por teu Filho, “o Evangelizador dos Pobres”, Jesus Cristo Nosso Senhor.
Amém.

Oh Maria concebida sem pecado. Rogai por nós que recorremos a vós.


7.BENÇÃO FINAL 

(Adapção da celebração de abertura do ano do laicato da cnbb)


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Beatificação de 60 Mártires da Família Vicentina em Madrid Espanha 2017

Oração eucarística durante a missa de beatificação no Vistalegre 

Aconteceu no dia 11 de novembro de 2017, no Palácio de Vistalegre, Madrid, Espanha a cerimônia de Beatificação de 60 Mártires da Família Vicentina, vítimas da guerra civil espanhola.

A celebração foi presidida pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos o Cardeal Ângelo Amato, em representação do Papa Francisco. Concelebraram, o Cardeal Carlos Osoro Sierra, Arcebispo Metropolitano de Madrid, o Cardeal Antônio Cañizares Llovera, Arcebispo de Valência, Cardeais e Bispos de igrejas particulares da Espanha, o Pe. Tomaž Mavrič, CM., Superior Geral da Congregação da Missão e seu conselho, Visitadores de algumas províncias da Europa, e um grande número de missionários. Também esteve presente a Superiora Geral das Filhas da Caridade, Ir. Kathleen Appler, FC, religiosos e religiosas, representantes dos diferentes ramos da Família Vicentina e familiares próximos dos mártires.
O presidente da celebração incesa a urna com os restos mortais dos mártires denfronte do símbolo da beatiificação sobre o olhar protetor da Virgem Milagrosa. 


Os novos 60 Beatos Vicentinos são:
  • 24 Missionários da Congregação da Missão, pregadores do Evangelho e apóstolos da caridade,
  • 16 Irmãos coadjutores da Congregação da Missão, colaboradores na evangelização dos pobres com generosa abnegação e entrega a Deus e aos necessitados,
  • 02 Filhas da Caridade enfermeiras dedicadas ao cuidado dos enfermos de tuberculosos do Hospital do Espírito Santo em santa Coloma de Gramagnet (Barcelona) no momento do martírio,
  • 05 Sacerdotes diocesanos diretores e animadores espirituais das Filhas da Caridade e dos membros da Associação de Filhos de Maria em vários povos de Murcia.
  • 13 leigos da Associação de Filhos de Maria da Medalha Milagrosa de Madrid e Cartagena.

Visão panorâmica do Palácio Vistalegre

No momento da súplica de beatificação destacou-se que os mártires foram testemunhos da fé, seguiram o carisma deixado por São Vicente de Paulo e formados em seu espírito, que foram martirizados por terem se mantido fieis a Deus em meio aos tormentos e por ter projetado o Evangelho segundo o santo da Caridade”.

Numa Carta Apostólica lida durante a celebração, o Papa Francisco declara a inscrição dos 60 veneráveis servos de Deus no libro dos mártires: Vicente Queralt Lloret e 20 companheiros e José Maria Fernández Sánchez e 38 companheiros e instala que sua festa pode ser celebrada todo ano nos lugares e segundo as normas estabelecidas pelo direito, no dia seis do mês de novembro.
Concerto oferecido na Basílica Milagrosa

Ao finalizar a Eucaristia, Pe. Mavrič, recordou que este acontecimento se dá na celebração dos 400 anos do nascimento do Carisma e convidou a todos os membros da Família Vicentina a viver a beatificação dos mártires como um momento de graça e estímulo para crescer na fidelidade. Impulsionando-os para que sejam capazes de desenvolver sua vocação de uma forma criativa no mundo necessitado de testemunhos fieis e valentes que não tenham medo de se desgastar diariamente dando vida a Missão e a Caridade”.

Além dessa missa, aconteceram em Madrid outras atividades festivas por ocasião da beatificação, tanto na Basílica Milagrosa, na Catedral da Almundena, quanto nos cinemas e obras da Família Vicentina.

Para saber mais: 


Missa - Ação de Graças na Catedral de Almudena

Almoço oferecido aos participantes da missa de beatificação

Pe. Juanjo acolhe os perefrinos à beatificação na Basílica Milagrosa

Vigilia promovida pela JMV

Coquitel oferecido aos peregrinos nos jadins da casa provincial das Filhas da Caridade

Celebração que se deu no Cerro de los Angeles - Subsolo de uma montanha onde se encontra um monumento pelas vítimas da guerra civil espanhola 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Chamada Missionária CM 2017


SUPERIOR GERAL

Roma, 22 de outubro de 2017
Dia Mundial de Missões

Chamada Missionária 2017
400º Aniversário do Carisma Vicentino
Uma chamada a renovar ao zelo, a paixão e o fogo pelas Missões “Ad Gentes”


A todos os membros da Congregação da Missão

Queridos irmãos,

Que a graça e a paz esteja sempre conosco!


Meu coração transborda de alegria, entusiasmo e esperança ao escrever esta carta de Chamada à Missão a todos os missionários do mundo no 400º Aniversário do Carisma Vicentino. A Providência nos trouxe até este ponto da história. A Providência nos guiará rumo ao futuro.

Permitam-me expressar-lhes em primeiro lugar meu cordial agradecimento pelo enorme testemunho de amor dos membros da Congregação da Missão que se afinam às missões Ad Gentes. Este amor, compromisso e dedicação se manifestam de diferentes maneiras:
  • Indo pessoalmente às missões Ad Gentes;
  • Comprometendo-se profundamente com a oração para acompanhar os missionários que trabalham nas missões;
  • Mediante a abertura das províncias, vice-províncias e regiões que permitem aos missionários servir nas missões Ad Gentes;
  • Com a determinação de apoiar financeiramente a fundação de novas missões no mundo, assim como ajudar a desenvolver e acompanhar as Missões Internacionais já existentes em seu processo de chegar a ser autossuficientes.

“Se uma pessoa sonha só, o sonho permanece um sonho. Se sonhamos juntos, o sonho tornar-se-á realidade”! Meus queridos missionários, neste ano de 2017, ano do 400º Aniversário do Carisma Vicentino, gostaria de lançar uma chamada missionária concreta a todos os missionários do mundo como um sinal palpável e fruto deste “ano de graça” para toda a Congregação da Missão, para toda a Família Vicentina.

Minha chamada concreta, chamamento e convite é, como um sinal de profunda ação de graças por todas as graças recebidas nos 400 anos de história de nosso carisma, enviar a um 1% dos membros da Congregação da Missão às missões Ad Gentes. Um por cento do total do número de missionários na Congregação da Missão hoje implica em torno de 30 missionários. Para responder a esta chamada, chamamento, convite, necessitamos uma resposta positiva de 30 missionários que tenham o desejo de ir a alguma da Missões Internacionais já existentes ou a uma nova Missão Internacional.

Constantemente recebemos convites de bispos de diferentes países missionários de todo o mundo, manifestando urgentes necessidades nos distintos campos de serviço que abraça o nosso carisma: serviço direto aos pobres, formação, etc. Dependendo do número de respostas, seremos capazes de aceitar alguns pedidos e responder às tremendas necessidades de tantos recantos do mundo. Recebendo 30 respostas positivas neste 400º Aniversário, seremos capazes de:
Reforçar as Missões Internacionais existentes e
Abrir novas Missões Internacionais.

Ainda que as respostas possam vir neste ano, a realização atual de ir a uma das missões Ad Gentes se materializará em um, dois, ou talvez em três anos. Isto permitirá ao missionário dispor de tempo suficiente para se preparar para sua nova missão e ceder seu atual destino ao missionário que vai lhe substituir. Também dará tempo ao líder provincial, vice-províncial ou regional, para planejar e ajustar as mudanças que necessitem ser feitas.

Depois de um período de sério discernimento, caso se sinta motivado a se apresentar como voluntário para as missões Ad Gentes, envie, por favor, sua carta ou correio eletrônico à Roma até o dia 30 de novembro, do corrente, ou até o dia 20 de fevereiro de 2018, para que possamos revisar os pedidos em nossos encontros de Tempo Forte de dezembro de 2017 ou de março de 2018.
Os missionários que se ofereçam como voluntários devem informar a seu Visitador que atuaram assim. Mais tarde, o Superior Geral dialogará com o Visitador sobre o assunto.
Sua carta deve conter referências sobre sua pessoa, sua experiência ministerial, seus idiomas e sua formação. Também deve expressar qualquer interesse particular que tenha, bem como a missão na qual gostaria de participar.
Inclusive, mesmo que tenha escrito no passado, por favor, contate-nos novamente.

Pensando em nossas atuais Missões Internacionais, assim como nas futuras novas Missões Internacionais, gostaríamos de perguntar aos missionários sobre sua disponibilidade:
Imediatamente em 2018;
  • Em 2018, mais tarde durante o ano (por favor, especifique o mês); ou
  • Em 2019 (por favor, especifique o mês).

A Providência nos trouxe até este ponto da história. A Providência nos guiará rumo ao futuro.

Apresentação de nossas atuais Missões Internacionais

 Neste ponto, gostaria de apresentar nossas atuais Missões Internacionais, duas das quais, pela tamanha generosidade de províncias concretas, agora estão sobre seu acompanhamento direto. Estas duas são as Missões Internacionais de Benim e Ilhas Salomão. A Província da Polônia acompanhará Benim. A Província de Oceania e Indonésia acompanharão a Ilhas Salomão. As outras Missões Internacionais são: Alasca-EEUU, Alto-Bolívia. Cochabamba-Bolívia, Beni-Bolívia, Punta Arenas-Chile, Tefé-Brasil, Angola, Chad, Tunísia e Papua-Nova Guiné.

Angola
A Missão Internacional de Angola em Lombe faz parte da Arquidiocese de Malanje, que só tem dez sacerdotes diocesanos. De suas 24 paróquias e missões, só 10 tem um sacerdote. Nas outras, há uma comunidade religiosa, ou só algum leigo. A missão está em um lugar muito pobre (90% da população vive em zonas rurais). O analfabetismo chega a quase 90% da população adulta. Há pouca participação dos homens e dos jovens na vida das comunidades e baixa perseverança. Há uma alta porcentagem de gravidez entre as meninas jovens. Enfermidades como a malária, ceifa muitas vidas anualmente, especialmente entre as crianças.

Ali colaboramos de diferentes maneiras. Nosso principal interesse é incluir e formar os leigos e os religiosos que residem em nossa missão. Nosso ministério implica visitas às comunidades, formação dos leigos, trabalho pastoral com crianças, colaboração na Comissão Bíblica da Arquidiocese, direção espiritual do Seminário Arquidiocesano, retiros aos religiosos, aulas aos aspirantes das diferentes congregações de mulheres, aulas para as Irmãs Missionárias de São João Batista, acompanhamento dos ramos da Família Vicentina (especialmente às Filhas da Caridade, SSVP, MISEVI, AMM e JMV).

O superior atual regressa a sua província em janeiro e o outro missionário permanecerá só. Logo, há uma necessidade urgente de um ou dois missionários. Há vocações, mas é preciso trabalhar nas vocações vicentinas, assim que o terceiro missionário poderia acompanhar as vocações e apoiar outras obras.

Benim
A Missão Internacional se estabeleceu em 2012 como missão unida ao Conselho Geral e à Província da Polônia. Começou em uma zona rural muito remota de Benim, quase no centro do país. Até pouco tempo, haviam três missionários, mas agora, há apenas dois, de forma que estão esperando, urgentemente, ao menos mais um missionário. Seu ministério principal é o trabalho pastoral, formação do clero e assistência de todas os ramos da Família Vicentina.

Além do grande crescimento do trabalho pastoral desta missão, os missionários foram capazes de estabelecer um bom número de Comunidades Cristãs de Base. A maioria dessas incluem estruturas educativas, escolas e dispensários. Alguns dos ramos da Família Vicentina estão crescendo em Benim e há também algumas congregações religiosas que compartilham nossa herança espiritual e fazem parte de nossa Família. Os missionários fazem tudo o que podem para fortalecer os ramos de nossa Família já existentes, bem como para fundar aqueles que ainda não estão presentes. Há necessidade de mais missionários. A Missão de Benim ficará sobre a responsabilidade da Província polonesa, a partir de 2018.

Chad
Chad é um dos países mais pobres da África e do mundo. Nossa missão começou ali em 2011, com uma aventura conjunta entre a Cúria e COVIAM. Começou em uma zona remota do Chad, na igreja paroquial de Babalem, onde as celebrações eram realizadas debaixo de uma enorme árvore. Graças aos esforços realizados pelos missionários, foi construída uma igreja grande. Em Bebalem, as Filhas da Caridade trabalham fielmente com nossos missionários pelo bem dos pobres. No ano passado, a missão do Chad começou a se expandir e a crescer com uma nova presencia missionária em Moundou.

Estamos assistindo a pessoas extremadamente pobres em Babalem, é uma paróquia grande, com aproximadamente 38 capelas. Em Moundou, somos responsáveis pela formação dos jovens do seminário menor.

Há uma grande necessidade de mais missionários para o Chad. Recentemente, outras duas dioceses, N´Djaména e Doba, pediram nossa presença, principalmente para a formação de seu clero.

Tunísia
A missão Internacional de Tunísia começou oficialmente em setembro de 2012. A missão começou em “La Goullette,” muito próximo de Túnis. Esta missão conheceu muitos missionários. Alguns não duraram muito, porque a missão é completamente diferente. Tunísia é um país mulçumano. Os cristãos são muito poucos e vivem sua fé as escondidas.

Tanto em La Goullette como em Sousse têm paróquias confiadas a nós, mas nossos fiéis são maioritariamente estrangeiros, mais de 98% são estudantes vindos do resto da África, trabalhadores de diferentes agências, ou turistas. Há outros ministérios como o serviço direto aos pobres através da Cáritas ou capelania aos prisioneiros católicos, sempre estrangeiros. Dessa forma, os ministérios da missão de Tunísia são paróquias, capelania de prisões, coordenação de Cáritas Diocesana, capelanias a várias congregações religiosas femininas.

A Missão de Tunísia é uma Missão Internacional em dois lugares: La Goullette e Sousse, com dois missionários em cada lugar. Há uma casa canônica com um só superior.

Bolívia
A Missão do Alto: Italaque e Moco-moco.
Em 2018, celebraremos 25 anos de trabalho entre os povos indígenas Aimaras e algumas comunidades Quéchua. A missão está situada em um terreno montanhoso árido e frio, compreende 56 comunidades em Moco-moco, e 31 em Italaque. Todas elas estão dispersas e têm difícil acesso. Em muitas destas comunidades, os jovens deixam as comunidades, permanecendo apenas os idosos. Vale salientar que a população de Moco-moco e algumas de suas comunidades estão experimentando uma recuperação graças ao comércio que vem para eles.

Construir comunidades de fé tem sido sempre o principal desafio pastoral identificados nas visitas às comunidades, bem como, o trabalho com os catequistas. É imperativo celebrar a Eucaristia e formar às pessoas para os sacramentos. O trabalho pastoral está muito diversificado: círculos bíblicos, cursos pré-sacramentais, formação de catequistas, trabalho pastoral com famílias, preparação para as festas, formação das crianças e dos jovens em grupos. Há também programas que proporcionam a educação, a nutrição, a saúde e os serviços sociais.

O que ocorrerá no futuro? Dois missionários estiveram trabalhando ali durante quase dez anos. Ninguém mais se apresentou para esta missão, talvez por medo da altura e das condições geográficas. A missão ali requer boa saúde e preparo físico, mas, sobretudo, um forte espírito missionário, cujo testemunho moral e espiritual lhes comprometa a continuar todo o já empreendido. A diocese não tem sacerdotes suficientes para assumir esta região.

A Missão de Cochabamba
Em 2009, a diocese nos confiou uma paróquia na periferia da cidade de Cochabamba. Os atuais superior e pároco estiveram ali, desde a fundação. Quase todos os missionários que estiveram servido nesta missão eram da Província de Chile, porque a missão tinha sido confiada àquela Província. A comunidade necessita de ao menos mais um missionário.

A paróquia estava em uma situação lamentável. Um trabalho constante e dedicado transformou o rosto desta missão. Tem duas áreas distintas. Uma é a zona rural alta com populações na mesma situação que as de Moco-moco e Missões Italaque. Os sacerdotes visitam e evangelizam a 22 comunidades. Em muitas destas, uma pequena comunidade cristã está começando a se estabelecer. O trabalho é árduo. A população de 5000 a 6000 pessoas é do grupo étnico Quéchua. Muitos já entendem o espanhol, mas ainda é necessário conhecer e falar o Quéchua para alimentar a fé das pessoas. A outra é uma “cidade marginal,” ou seja, assentamentos de colônias de trabalhadores, que chegam à região porque a empresa para que trabalhavam ou o governo lhes deram terra e casa. Há sete capelas e se necessitam mais para atender a 8000 ou 8500 habitantes que falam Quéchua e Castelhano.

Estão sendo promovidas algumas associações existentes e alguns ramos da Família Vicentina. É um ministério pastoral típico em uma paróquia missionária. Os sacerdotes pensam que podem devolvê-la ao bispo - para alguns sacerdotes diocesanos, mas o bispo pensa que se perderia o que já se conseguiu, e que se corre o perigo de que a paróquia se transforme em um mercado sacramental. As pessoas são muito pobres e com uma necessidade grande de formação religiosa, mas se desconhece onde irá parar o intenso crescimento da população. Essa missão poderia ser utilizada como centro vocacional e de acolhida dos sacerdotes das outras duas missões em Bolívia.

A Missão de Beni
As Filhas da Caridade permanecem nesta missão há 68 anos. A Província do Peru enviou um missionário para estudar suas possibilidades e condições. Agora tem dois missionários vicentinos, que esperam mais um ou dois missionários vicentinos, para que esta comunidade seja estabelecida completamente. O bispo pediu aos sacerdotes que se encarregassem de “Kateri,” parte de um projeto mais amplo, EPARU (Equipe Pastoral Rural), dirigido durante uns 30 anos pelas Filhas da Caridade. Hoje está dirigido por um “Conselho de Professores” treinados para formar líderes cristãos que sirvam às comunidades indígenas ao longo da diocese.

Kateri é uma “escola de meia pensão” para crianças da escola secundária. É um centro educativo no coração da selva. O clima é quente e úmido, tipicamente tropical. A missão visita as comunidades que vivem as margens dos rios, já que todos são navegáveis. A viagem desde a sede episcopal à Kateri dura três dias no barco adquirido pelas Filhas da Caridade para o trabalho pastoral. A lancha motorizada pode encurtar a viagem a oito ou nove horas. A maior parte dos grupos indígenas são seminômades. Esta é uma missão difícil, mesmo que todas as comunidades falem ou entendam o espanhol. Os missionários colaboram também com a diocese e na formação e ministério pastoral de EPARU em boa harmonia com a Equipe Leiga e as Filhas da Caridade.

Esta missão está começando e se espera muito dela. Os dois bispos da região e alguns dos sacerdotes expressam sua esperança de que os missionários animem não só aos nativos, mas também os próprios sacerdotes locais, com sua espiritualidade e força missionária tão necessária para ajudar no crescimento inicial da Diocese de Beni.

Brasil
A Prelazia de Tefé está situada no coração da selva chuvosa da região amazônica, com 264.669 quilômetros quadrados e 197.000 habitantes. A sede da Prelazia está a 36 horas, de barco, da capital do Estado. É uma imensa região com muitos desafios de locomoção e comunicação.

Somos responsáveis por uma paróquia na periferia de Tefé que tem três comunidades. Uma delas já é o resultado de nossa presença. É uma região de invasão urbana com aproximadamente 930 famílias. Esta nova comunidade se chama São Vicente de Paulo para marcar o 400º aniversário de seu carisma. Em breve, o bispo confiará aos nossos cuidados uma nova região de missão com 30 comunidades ribeirinhas e três povoados indígenas. A sede da missão não tem uma presença sacerdotal. Uma comunidade de Irmãs vive ali há nove anos, mas vão embora em janeiro de 2018. Na missão há muitas igrejas evangélicas, mas as pessoas vivem quase que abandonadas eclesiasticamente.

Sonhamos e desejamos: treinar lideranças, implantar novos ramos da Família Vicentina (JMV, SSVP, AIC), fazer desenvolver novas comunidades eclesiais, promover grupos vocacionais emergentes, pastorear povos indígenas e priorizar a juventude.

Chile
Punta Arenas se estabeleceu como uma Missão Internacional em 2013, confiada aos cuidados da Província do Chile. Está constituída de dois centros: a paróquia de São Miguel, que tem três missionários e está esperando um quarto; e a distante “Ilha Porvenir” com duas paróquias que são grandes em extensão, mas pequenas em população. O que mais dificulta a missão são as condições do tempo. O frio e o vento significam que nos “meses difíceis” é quase impossível a ação pastoral normal, deixando apenas três ou quatro meses disponíveis. O trabalho pastoral é lento, de pessoa a pessoa, reduzido a colaborar em distintos campos com a diocese: cuidado dos enfermos, ministério vocacional, associações e movimentos na paróquia e ajuda aos párocos idosos.

O trabalho na Ilha é árduo, não só por sua precariedade, mas também pela necessidade de viajar a lugares bastante remotos (alguns ficam a 400 quilómetros de distância). Alguns escândalos na igreja local criaram uma forte desconfiança nos sacerdotes. Por isso, se requer muito cuidado, especialmente, no trato com crianças e jovens. A missão é jovem e difícil. Ela necessita se fortalecer e se consolidar.

Estados Unidos
A missão no Alasca atende a hispano-falantes na Diocese de Anchorage e, se os recursos permitirem, chegará até aos que falam espanhol na Diocese de Fairbanks e Juneau. A missão está radicada na paróquia da Com-Catedral em Anchorage, onde os missionários são párocos e vigários, servindo a ambas as populações: espanhola e inglesa. A missão necessita homens bilíngues (espanhol e inglês) que tenham permissão de dirigir, saúde robusta, bom perfil pessoal e profissional, e que estejam dispostos a sofrer a um clima severo para servir aos pobres.

A com-Catedral é a igreja lar da comunidade hispana mais numerosa em Alasca. Fora de Anchorage, um missionário viaja todo mês à Ilha de Kodiak, para atender às necessidades espirituais dos fiéis hispanos. Na Diocese de Fairbanks, a missão proporciona um sacerdote por 12 dias consecutivos. Este sacerdote trabalha em colaboração com o pároco da catedral para tentar suprir as necessidades da comunidade hispana. A nomeação do Pe. Bellisario a bispo de Juneau nos reduziu a dois missionários, o que faz mais difícil chegar a todo, o alcance ministerial que iniciamos. A missão em Fairbanks está a 643 km de distância da comunidade e no inverno apenas é acessível de avião. A Ilha de Kodiak tem acesso exclusivo por avião e as vezes o tempo desmonta os planos de viagem.

A medida que venham mais missionários de língua espanhola e inglesa para a missão, o alcance se estenderá às comunidades hispanas em lugares como Dutch Harbor e Juneau, ambos os lugares são acessíveis apenas em aeroplano.

Papua-Nova Guiné
A Missão Internacional em Papua-Nova Guiné começou em 2001. A população de PNG é em torno de oito milhões. Considerada uma nação cristã, os católicos somam aproximadamente dois milhões. A Igreja em PNG é eminentemente jovem, enfrentando muitos desafios. Necessita a ajuda dos missionários para crescer e se desenvolver.

Os Vicentinos estão comprometidos em dois ministérios importantes: a formação espiritual dos seminaristas diocesanos no Seminário Espírito Santo, ao que contribuímos substancialmente desde 2001, e o cuidado pastoral dos fiéis na paróquia São Miguel desde 2006. Ambas estão localizadas em Bomana. Nós assumiremos também a responsabilidade de paróquias/missões em outras dioceses.

Os missionários que trabalham em PNG desejam ter mais membros. Há muitas possibilidades para a evangelização e para se desenvolver socialmente. Qualquer um com pleno compromisso e vontade de enfrentar desafios é bem-vindo a unir-se a nossos esforços em PNG.

Ilhas Salomão
A missão de Ilhas Salomão começou em 1992. A população está em torno de 700.000. É um país predominantemente cristão, a população católica constitui, aproximadamente, 23% de sua totalidade. A Igreja das Ilhas Salomão é essencialmente jovem, e enfrenta muitos desafios. A ajuda de missionários se faz necessária para que o crescimento e o desenvolvimento seja constate.

Os Vicentinos ocupam dois ministérios importantes nas Ilhas Salomão: formação espiritual e intelectual dos seminaristas diocesanos no Seminário Santo Nome de Maria em Tenaru, Honiara, e cuidado pastoral dos fiéis na paróquia de “Praia Vermelha”. Durante muitos anos, os Vicentinos contribuíram substancialmente com a formação de bons sacerdotes para as três dioceses das Ilhas Salomão. Além de munir de pessoal e administrar o seminário que abastece de seminaristas as dioceses, começamos também um programa de formação para candidatos à Congregação. Já temos quatro sacerdotes ordenados como Vicentinos nas Ilhas Salomão pertencentes a Província da Oceania.

A missão está celebrando seus 25 anos da fundação neste 2017. O Conselho Geral decidiu pôr no local um novo conserto administrativo. Chegou-se a um acordo com as Províncias da Indonésia e Oceania, que entrará em vigor no final deste ano. A Província da Indonésia entrará com o pessoal para o Seminário Santo Nome de Maria e, associada à Província de Oceania, assumirá a paróquia Bom Pastor. No entanto, a missão permanece aberta a missionários de outras províncias que se ofereçam como voluntários para realizar, aqui, seus serviços.

Quando falamos das Missões Internacionais, conhecemos muito bem os grandes desafios que apresentam as missões Ad Gentes no âmbito das necessidades materiais. Ao longo dos anos, o Escritório de Solidariedade Vicentina (OSV – sigla em espanhol) recebeu colaborações de missionários particulares, casas da comunidade e províncias. Muitas províncias contribuíram com dinheiro para mini-projetos, assim como, com fundos para outros projetos, todos ligados ao Fundo de Solidariedade Vicentina. Há uma urgência para ajudar as novas missões que se esforçam em obter infraestruturas, ou seja, casas para a comunidade, casas de formação, veículos e equipamentos para levar adiante seus ministérios.

Permitam-me, a este respeito, compartilhar um projeto que vem se desenvolvendo durante os últimos 20 anos, e que recentemente, chegou a sua fase final: construir um teologado comum para a Congregação da Missão da África em Enugu, Nigéria. COVIAM, acompanhada pela Cúria Geral, decidiu construir o novo Seminário de Teologia até o mês de julho de 2019. A atual casa/seminário está “super-povoada”, ou seja, ficou pequena para alojar todos os estudantes que as províncias e as missões querem enviar ao programa. As províncias e as missões projetam construir outra residência junto à casa/seminário em Enugu. A nova residência terá quatro andares compreendendo 50 dormitórios, um amplo salão multiusos, três salas de estudos, quatro quartos da comunidade e uma lavanderia.

O custo de todo o edifício é de 630.000 dólares americanos. Até agora, temos 200.000 dólares, ou seja, necessitamos ainda de 430.000 dólares. Este projeto poderá se tornar realidade até julho de 2019 como fruto tangível do 400º Aniversário do Carisma Vicentino?

Com toda simplicidade, inclusive quando expresso minha profunda gratidão pela ajuda material e financeira que missionários individuais, casas da comunidade e províncias estão demostrando de forma muito concreta, gostaria de animar-lhes a aumentar suas colaborações anteriores. Inclusive, espero que aqueles que, no passado, não ajudaram, possam pensar em alguma colaboração. Por favor, façam-no agora para o novo Seminário de Teologia da Congregação da Missão em Enugu, Nigéria. A medida que forem chegando as doações, vamos lhes informando dos resultados. Se Deus quiser, o seminário chegará a ser uma realidade em julho de 2019.

Como contribuir com o Fundo de Solidariedade Vicentina

Colaborações de indivíduos e casas provinciais

Apenas em cheques, e esses cheques devem ser feitos à Congregação da Missão.
O banco não aceitará cheques com qualquer outro nome.

Os cheques devem ser enviados a:

Economato Geral
Congregazione della Missione
Via dei Capasso, 30
00164 Roma
Itália


As possibilidades para transferências bancárias podem ser dialogadas com o Ecônomo Geral

Indiquem com clareza que os fundos são para o Escritório de Solidariedade Vicentina (VSO)

Em qualquer caso:

Todos as doações recebidas, receberão, por sua vez, notificação de recebimento (se suas colaborações não receberam a notificação de recebimento em um período de tempo razoável, por favor, contate-nos para esclarecimentos).   
Por favor, informe-nos se fez, como se descreve acima, qualquer transferência em dinheiro.

Que Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, São Vicente de Paulo, e todo os demais Beatos e Santos da Família Vicentina intercedam por nós!

Seu irmão em São Vicente,

Tomaz Mavric, CM
Superior Geral




sábado, 21 de outubro de 2017

Simpósio da Família Vicentina com o Papa Francisco no 400º Aniversário do Carisma


Dos dias 12 a 15 de outubro, a Família Vicentina se reuniu em Roma para disfrutar de um Simpósio com o Papa Francisco no marco do 400º Aniversario do Carisma Vicentino com a participação de mais de 10.000 vicentinos.

Foram aproximadamente 10.000 vicentinos os que puderam vivenciar este Simpósio, evento mais que especial que congregou uma nutrida representação de cada Ramo da Família Vicentina proveniente de mais de 150 países onde está instaurada. 

Na quinta, 12 de outubro, depois do credenciamento, os participantes do Simpósio se dirigiram a São João de Letrão para ter um momento de oração em honra a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. 

Sexta, 13 de outubro, foi o dia dedicado à formação, e se deu com distintas conferências que objetivaram ao aprofundamento na particularidade do carisma vicentino. As conferências foram ministradas nos mais distintos idiomas e tinham como título: “Espiritualidade vicentina e desafio profético”, “Formação vicentina e a comunicação na era da informação” e “Os serviços vicentinos: a partir daqui… até onde? O tempo formativo foi concluído com uma Eucaristia, enquanto que a jornada da tarde esteve dedicada aos jovens consagrados e aos jovens adultos. (Resumo das conferências)

No sábado, 14 de outubro, os participantes viveram o momento mais emocionante do Simpósio, com a celebração da Eucaristia na Praça de São Pedro, presidida pelo Papa Francisco. Na mesma, o Papa se dirigiu a todos os vicentinos para alentar-nos em nosso especial carisma de ajuda ao próximo, que se alimenta e tira sua força da adoração al Senhor, animando-nos a seguir o exemplo de São Vicente de Paulo. “O que ama”, disse o Papa Francisco, “não fica numa poltrona olhando, esperando o advento de um mundo melhor, senão que com entusiasmo e simplicidade se levanta e vai”, “tirando cada dia da adoração o amor de Deus, difundindo-o por todo o mundo através do bom contágio da caridade, da disponibilidade e da concórdia”. (Ver aqui discurso do Papa na íntegra)

Neste mesmo momento e como exemplo prático de um Carisma vivo, abriu-se oficialmente o Projeto “Aliança vicentina rumo às pessoas sem lar” - Famvin Alhiance; que pretende globalizar a ajuda a este coletivo melhorando, e na medida do possível erradicando, a situação de milhões de personas que, nos dias de hoje, continuam vivendo na rua.

Em seguida, e com o coração cheio das palavras do Santo Padre, os vicentinos congregados em Roma se reuniram de novo, esta vez na Basílica de São Paulo Extramuros para viver uma Vigília de Oração. Ali repousaram as mensagens do Papa Francisco no espírito dos vicentinos, bem como, continuou batendo o coração vicentino por este carisma que se dá ao próximo, e ao pobre com especial devoção.

Esta mesma Basílica de São Paulo foi o lugar escolhido para encerrar este Simpósio, no dia 15 de outubro, através de uma solene Eucaristia presidida pelo Superior Geral da Congregação da Missão, Pe. Tomaž Mavrič, CM, coroamento de um encontro que acredita 400 anos de história do Carisma, mas também, que deixa patente o futuro de uma vocação de serviço que está muito viva e que tem a mensagem das bem-aventuranças em seu interior. 

Fonte: SSVP Espanha



Discurso do Papa Francisco durante o Simpósio da Família Vicentina, Roma 2017



Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Obrigado pela sua calorosa recepção e agradeço ao Superior Geral pela abertura de nosso encontro.

Saúdo-os e me uno a vocês para render graças ao Senhor pelos 400 anos de vosso carisma. São Vicente gerou um impulso de caridade que dura séculos: um impulso que brotou de seu coração. Por isso, hoje temos aqui a relíquia: o coração de São Vicente. Hoje, gostaria de incentivá-los a seguir este caminho, propondo três verbos simples que acredito ser muito importantes para o espírito vicentino, mas também, para a vida cristã em geral: adorar, acolher e ir.

Adorar.  São inúmeros os convites de São Vicente a cultivar a vida interior e a dedicar-se a oração que purifica e abre o coração. A oração é especial para ele. É a bússola de todos os dias, é como um manual da vida, é – escrevia – “o grande livro do pregador”: Somente rezando se consegue de Deus o amor que deve ser derramado no mundo; somente rezando se consegue tocar os corações das pessoas ao anunciar-lhes o Evangelho (ver Carta a A. Durand, 1658). Mas para São Vicente a oração não é apenas um dever, e menos ainda um conjunto de fórmulas. A oração é parar diante de Deus para estar com Ele, para dedicar simplesmente a Ele. Está é a oração mais pura, a que deixa espaço para o Senhor e ao seu louvor, e nada mais: a adoração. 

Uma vez descoberta, a adoração se faz indispensável, porque é pura intimidade com o Senhor, que dá paz e alegria, e derrete as banalidades da vida. Por isso, São Vicente aconselhava a quem estivesse sob uma pressão particular, que permanecesse em oração “sem tensão, lançando-se em Deus com olhar simples, sem tentar ter sua presença com um esforço considerável, mas se abandonando n’Ele” (Carta a G. Pesnelle, 1659).

Esta é a adoração: colocar-se diante o Senhor, com respeito, com calma e em silêncio, dando-lhe o primeiro lugar, abandonando-se com confiança. Para pedir depois que seu Espírito venha a nós e deixar que nossas coisas irem a Ele. Assim, também as pessoas necessitadas, os problemas urgentes, as situações difíceis e pesadas entram na adoração, tanto é que São Vicente pedia que se “adorassem em Deus, inclusive as razões que são difíceis de compreender e aceitar” (ver Carta a F. Get, 1659). Aquele que adora, aquele que vai à fonte viva do amor, não pode pelo menos, por assim dizer “contaminar-se”. E começa a se comportar com os outros como o Senhor se comporta com ele: ele se torna mais misericordioso, mais compreensivo, mais disponível, supera sua dureza e rigidez e se abre aos outros. 

Chegamos ao segundo verbo: acolher. Quando escutamos essa palavra, imediatamente pensamos em algo que fazer. Mas, na realidade, acolher é uma disposição mais profunda: não se trata somente de abrir espaço a alguém, mas sim de ser pessoas acolhedoras, disponíveis acostumadas a se dar aos outros. Como Deus para nós, assim nós aos outros. Acolher significa redimensionar o próprio eu, endireitar a forma de pensar, entender que a vida não é minha propriedade privada e que o tempo não me pertence. É um desapego lento de tudo o que é meu: meu tempo, meu descanso, meus direitos, meus programas, minha agenda. Aquele que acolhe renuncia ao eu e faz entrar em sua vida o tu e o nós. 

O cristão acolhedor é um verdadeiro homem e mulher da Igreja, porque a Igreja é Mãe e uma mãe acolhe e acompanha a vida. E como um filho que se parece com a sua mãe, nos traços, assim o cristão tem estes traços da Igreja. Então é um filho verdadeiramente fiel à Igreja, que é acolhedora, que, sem reclamar, cria concórdia e comunhão e semeia, generosidade, a paz, mesmo que não seja correspondida. Que São Vicente nos ajude a promover este “DNA” eclesial de acolhida, da disponibilidade e da comunhão, para que desapareçam de nossas vidas “qualquer aspereza, desdém, raiva, gritaria, insulto, e todo tipo de maldade.” (Efésios 4,31).

O último verbo: ir. O amor é dinâmico, sai de si mesmo. Aquele que ama não fica numa poltrona olhando, esperando pelo advento de um mundo melhor, mas com entusiasmo e simplicidade se levanta e vai. São Vicente dizia muito: “Portanto, nossa vocação é ir, não a uma paróquia, nem apenas a uma diocese, mas a toda a terra. E para fazer o que? Para inflamar os corações dos homens, fazendo o que fez o Filho de Deus, Ele, que veio trazer fogo ao mundo, para inflamá-lo com seu amor” (Conferência de 30 de maio, 1659). Essa vocação é sempre válida para todos. Faça essas perguntas a você mesmo: Saio ao encontro dos outros, como quer o Senhor? Levo onde vou este fogo de caridade ou me fecho para me aquecer diante da minha lareira? 

Queridos irmãos e irmãs, obrigado porque estão em movimento pelos caminhos do mundo, como São Vicente lhes pediria hoje também. Desejo que vocês não parem, mas que prossigam tirando da adoração de cada dia, o amor de Deus e que espalhem por todo o mundo através do bom contágio da caridade, da disponibilidade, da concórdia. Abençoo a todos vocês e aos pobres que encontrem. E, por favor, os peço a caridade de que não se esqueçam de rezar por mim.

Papa Francisco