quarta-feira, 24 de março de 2021

AS 7 DORES DE NOSSA SENHORA

 


SETENÁRIO DAS DORES

 

Dir.: Iniciemos este nosso momento de oração: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém

Dir.: Ó Virgem, Mãe das dores, amparo dos desamparados: Todos: Livrai-nos, pelas vossas dores, da dor de nossos pecados!

 

1ª DOR A PROFECIA DE SIMEÃO

Leitor 1: “Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim, serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma.” (Lc,2,34-35).

Leitor 2: Ainda no princípio de sua missão como Mãe do Salvador, Maria descobre que seu caminho seria marcado por dores e sofrimentos. As palavras de Simeão já foram uma espada que traspassou a sua alma. A partir daquele dia no Templo, ela sofreu a vida inteira na expectativa do caminho que aguardava seu divino Filho. Jesus e Maria não se recusaram a sofrer por amor a nós uma dor tão grande, durante a vida toda. Não é justo que nos queixemos de nossos pequenos sofrimentos, frente à grandeza do sacrifício de Nosso Senhor e das dores de Sua e nossa Mãe.

Todos: Ó Mãe aflita, pelas dores que sentistes quando as palavras de Simeão vos trouxeram à mente os tormentos pelos quais vosso divino Filho devia passar, nós vos pedimos: alcançai-nos a graça de levarmos sempre gravadas no coração a Paixão de Jesus e também as vossas dores. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amém!

Dir.: Em memória da primeira dor, da aflição que padeceu Maria Santíssima, quando ouviu de Simeão a cruel profecia. Todos: Ave-Maria...

Canto: Dolorosa, aguda espada transpassou-me o coração. Quando a morte do meu Filho me predisse Simeão.

 

2ª DOR – A FUGA PARA O EGITO

Leitor 1: “Depois que os magos partiram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: „Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-Lo. José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito” (Mt 2, 14-14).

Leitor 2: Herodes, ouvindo que Jesus havia nascido, teme loucamente que este lhe viesse um dia a tomar o trono. Mais que depressa, planeja tirar-Lhe a vida. Procurado pelos magos, desesperado, condena à morte os meninos de Belém e arredores. No entanto, o anjo aparece a José, ordenando-lhe que fugisse para o Egito. Na mesma noite a Sagrada Família pôs-se a caminho. Assim, Aquele que viera para salvar os homens, é obrigado a fugir dos próprios homens, sendo levado no colo afetuoso de sua aflita Mãe. Também nós somos peregrinos nesta terra. Vivamos sem apego das coisas do mundo, com a certeza de que ser cristão significa tornar-se um crucificado.

Todos: Ó Mãe aflita, pelas angústias que padecestes fugindo com vosso Filho recém-nascido para o exílio do Egito, pelos sofrimentos daquela penosa viagem, pobreza e desprezo em terra estranha, nós vos pedimos: alcançai-nos a graça de suportar com paciência até a morte as penas desta vida, a fim de escaparmos das penas eternas que merecemos. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amém!

Dir.: Em memória da segunda dor, dos temores que teve Maria, quando o anjo do Senhor ordenou a São José que fosse para o Egito com Ela e o Menino, fugindo da perseguição de Herodes. Todos: Ave-Maria...

Canto: Junto ao Filho para o Egito; eu fugi, com dor atroz. Quando Herodes O buscava para dá-lo ao vil algoz

 

3ª DOR – A PERDA DO MENINO JESUS NO TEMPLO

Leitor 1: “Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando Ele completou dez anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que Ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois, começaram a procurá-Lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura” (Lc 2, 41-45).

Leitor 2: Diz Santo Afonso que a perda de Jesus foi uma das maiores dores de Maria. Como alguém que perde de repente a luz dos olhos, Maria se vê sem Jesus. Onde está Ele? Tal pergunta certamente arrancou lágrimas e atormentaram-na durante três dias. Ela podia então suspirar com o salmista: “Minhas lágrimas foram o meu pão, dia e noite, enquanto diariamente me diziam: onde está o teu Deus?” (Sl 42,3). Aprendamos com Maria a desejar e a procurar Jesus a todo momento. Verdadeiramente infelizes são aqueles que perdem a Deus. Choremos nossos pecados passados quando por culpa nossa nos afastamos de Deus.

Todos: Ó Mãe aflita, pelas lágrimas que derramastes quando perdestes vosso Menino Jesus por três dias, nós vos pedimos: alcançai-nos a graça de jamais perdermos nosso Deus e a sua graça em nossa vida terrena, para estarmos juntos d’Ele na vida eterna que há de vir. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amém!

Dir.: Em memória da terceira dor, da aflição em seu coração de Mãe, perdendo seu amado Filho no templo de Jerusalém, quando com São José o procurou por três dias. Todos: Ave-Maria...

Canto: Quem dirá meu sentimento, desolada me encontrei. Vendo meu Filho perdido, por três dias O busquei.

 

4ª DOR – O ENCONTRO DE MARIA E JESUS NO CAMINHO DO CALVÁRIO

Leitor 1: “Perto da Cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena” (Jo 19,25).

Leitor2: Maria não foi dispensada deste supremo sacrifício: assistir e participar da Paixão e Morte do seu divino Filho. Ela vai levar a Jesus sua presença de Mãe e discípula. Vai acompanhá-lo até o momento final. Neste encontro a caminho do calvário, seu amor lhe revela naquela face desfigurada pela dor, pelas feridas, pelo suor e sangue, o rosto sagrado do seu Filho. Mãe e Filho trocam olhares cheios de dor e de amor! Nós também somos chamados a ir ao encontro de Cristo como bons samaritanos, levando-lhe a nossa mais sincera compaixão, assim como Maria o fez. Mas, como ajudaremos Cristo a levar sua Cruz nos dias de hoje? Ele mesmo nos responde: “Eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu, e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e viestes até mim” (Mt 25,35-36). Cada vez que fizermos isso ao menor dos nossos irmãos, aliviando o peso de suas cruzes, é ao próprio Cristo que estamos fazendo.

Todos: Ó Mãe aflita, pelas dores que sofrestes vendo vosso Filho preso, coberto de sangue e chagas, coroado de espinhos, caindo sob o peso da cruz, nós vos pedimos: alcançai-nos a graça de viver levando com alegria a nossa cruz, em perfeita conformidade com a vontade de Deus. Amém!

Dir.: Em memória da quarta dor, da amargura que teve Maria, encontrando Seu Divino Filho com a pesada cruz nas costas. Todos: Ave-Maria...

Canto: Que martírio na minh'alma, encontrando o meu Jesus. No caminho do Calvário; arquejando sob a Cruz.

 

5ª DOR – O CALVÁRIO: A CRUCIFIXÃO E A MORTE DE JESUS

Leitor 1: “Jesus, ao ver a sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: ‘Mulher, este é o teu filho’. Depois disse ao discípulo: „Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo” (Jo 19, 25-27).

Leitor 2: Assistimos aqui uma nova espécie de martírio: uma mãe, condenada a ver seu único e amado Filho morrer pregado numa cruz. Maria ficou firme ao pé da cruz. E ali ficou sem poder aliviar em nada as dores de seu Filho. De agonia em agonia, a divina Mãe vê seu filho morrer. Seu corpo sem vida já não sofria mais. Mas as dores de Maria continuam: há mais duas estações no seu caminho doloroso. Maria Santíssima, ao pé da cruz, é, antes de tudo, a Mãe de Jesus. “Estava de pé junto à cruz de Jesus, Maria, sua Mãe”. Que as dores de Maria não fiquem sem produzir frutos em nossas almas: frutos de vida e conversão, que nos façam querer levar até o fim a nossa cruz, na certeza que Maria sempre nos acompanha.

Todos: Ó Mãe aflita, pelas dores que sentistes vendo vosso Filho inocente agonizando pouco à pouco num mar de tormentos e humilhações, no duro leito da cruz, nós vos pedimos: alcançai-nos a graça de viver crucificados para as ilusões do mundo, e dedicados unicamente às coisas de Deus. Amém!

Dir.: Em memória da quinta dor, da agonia que teve Maria por ver morrer Seu Filho, crucificado entre dois ladrões. Todos: Ave-Maria...

Canto: Mas, ó céus, ó terra, vede: dor maior não pode haver. Vendo a morte do meu Filho; foi milagre eu não morrer!

 

6ª DOR – MARIA RECEBE O CORPO DE SEU FILHO MORTO NOS BRAÇOS

Leitor 1: “José de Arimateia, que era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus – pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido encontrar-se de noite com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. Então tomaram o corpo de Jesus e o envolveram com aromas em faixas de linho, como os judeus costumavam sepultar” (Jo 19, 38-40).

Leitor 2: Eis que o corpo, frio e sem vida do Salvador repousa agora no colo de sua Mãe. É o mesmo Jesus que, recém-nascido ela carregou ao colo, levando-o ao Templo para ser apresentado, ocasião em que ouviu de Simeão aquela profecia: “Uma espada traspassará tua alma”. O coração de Maria agora é traspassado como foi o de Jesus na cruz. Mas, esta chaga do lado aberto de Jesus nos mostra seu amor invisível. Diante de tão grande amor, devemos crer que “se o Filho de Deus quis que lhe fosse aberto o lado para dar-nos seu coração, é justo que lhe demos também o nosso” (São Boaventura). O coração aberto de Jesus abriu-nos as portas da misericórdia. Vamos a Ele arrependidos. Ele nos acolherá.

Todos: Ó Mãe aflita, pelas dores que traspassaram vosso coração materno, quando atravessaram com uma lança o Coração de vosso filho, nós vos pedimos, alcançai-nos a graça de habitar sempre no Coração de Jesus, aberto para ser o nosso asilo, nosso retiro, e nosso repouso. Recebei-nos, ó Virgem das Dores, em vossos braços na hora da morte para que vendo a Jesus, participemos convosco das alegrias celestiais. Amém!

Dir.: Em memória da sexta dor, da angústia que teve Maria quando despregaram da Cruz o Corpo de Seu Filho e o colocaram em seus braços. Todos: Ave-Maria...

Canto: Contemplai meu sofrimento, minha angústia ao pé da Cruz: Pela lança, transpassado; vi meu Filho, o meu Jesus.

 

7ª DOR – A SOLEDADE DE MARIA

Leitor 1: “Havia um homem bom e justo, chamado José, membro do Conselho. José foi Ter com Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Desceu o corpo da cruz, enrolou-o num lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado” (Lc 23, 50.52-53).

Leitor 2: Como é dura uma despedida! Ainda mais quando é uma Mãe que sepulta seu Filho único. Mas, era preciso apressar o sepultamento de Jesus, pois era a festa da páscoa dos judeus. Neste contexto, as dores de Maria chegam ao seu ponto máximo. Separam dela o corpo sem vida de seu Filho. Diante da pedra que fechou a entrada do santo sepulcro Maria reza e chora. Neste momento, sigamos Maria silenciosos, mas não a deixemos sozinha. Ela nos ensina muito, pois, apesar de toda esta dor, ela sentia-se cheia de fé. Em Maria repousou a Fé da Igreja desde a hora da morte até a ressurreição de Cristo. Esta é uma lição que podemos tirar da soledade: Fé! Quantas vezes deixamos nossas luzes se apagarem ao cair sobre nós a noite das provações. Mas, quando as provações vierem, não deixemos de recorrer a Virgem Mãe. Ela nos ensinará a repetirmos sempre sim no cumprimento da vontade do Pai.

Todos: Ó Mãe aflita, pela sétima espada que traspassou vosso coração, quando estreitastes entre vossos braços o corpo ensanguentado e frio do vosso filho, e o acompanhaste até sua sepultura, sepultando com ele vosso coração ardente de amor, nós vos pedimos: alcançai-nos o perdão dos nossos pecados, o socorro nas tentações e a perseverança final. Amém!

Dir.: Em memória da sétima dor, da soledade que teve Maria, ficando sem Filho nem vivo, nem mesmo morto. Todos: Ave-Maria...

Canto: Oh! Que dor mais cruciante, que suprema solidão! Ao levarem-no ao sepulcro, invadiu-me o coração.

 

ORAÇÃO FINAL

Oração do Papa Francisco Diante da Pandemia do Covid-19 (Todos rezam juntos)

Ó Maria, Tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a Ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a Tua fé. Tu, Salvação do povo cristão, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galileia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição. Amém! Sob a Tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada. Amém.

 

Fonte: Arquidiocese de Mariana - MG (adaptado)

sábado, 20 de março de 2021

ANO SANTO DE SÃO JOSÉ: ÍCONE PEREGRINO

 


Estamos vivendo o Ano de São José convocado pelo Papa Francisco. Ver mais na carta apostólica "Patris Corde" do Papa Francisco por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como padroeiro universal da Igreja

Tela: São José, Patrono da Igreja, foi pintada por Giuseppe Rollini (nascido em 1842 - falecido em 1904), está exposta na basílica del Sacro Cuore em Roma, no Altar lateral.

BREVE DESCRIÇÃO DO ÍCONE

1. A Tela de Giuseppe Rollini tem ao centro a Sagrada Família de Nazaré, com especial destaque a figura de SÃO JOSÉ, HOMEM SANTO E JUSTO (Mt 1,19).

2. Nele O MENINO JESUS encontra acolhida e segurança em seu colo de Pai. Como que, nos indicasse buscar confiança na Pessoa de São José.

3. A SANTISSIMA VIRGEM MARIA, sua esposa está ao seu lado direito, indicando o papel das esposas, nas famílias: sempre ao lado de seu esposo direito, apoiando e construindo juntos a unidade e santidade familiar.

4. A IGREJA: como podemos perceber o anjo apresenta a Basílica de São Pedro a São José, representando toda Igreja, santa e católica. A apresentação da igreja feita pelos anjos, também nos indica que ela é uma obra Divina, perfeita e em manchas, independente de seus membros (homens limitados, sujeitos ao pecado)

5. IT AD IOSEPH: os Anjos nos apresentam a faixa com os escritos IDE A JOSÉ. Como rezamos na oração de São José: nas vossa maiores aflições e tribulações o anjo do senhor não vos valeu? Valei-me São José. Desta forma a Igreja, ao nos apresentar São José como Patrono, nos convida a ir a José nos momentos difíceis e turbulentos, como este em que estamos vivendo o da Pandemia da Covid 19.


ORAÇÃO DO ANO SANTO DE SÃO JOSÉ

Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria! 

A vós, Deus confiou o seu Filho; em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem. 

Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida. 

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal. 

Amém.

quinta-feira, 4 de março de 2021

NOVENA VOCACIONAL VICENTINA EM HONRA A SÃO JOSÉ



Ano Temático: Patris Corde, por ocasião do 150° aniversário de São José como Padroeiro Universal da Igreja.

 

 

ORAÇÕES PARA TODOS OS DIAS

 

Oração inicial

 

Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria!

A vós, Deus confiou o seu Filho;

Em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-se homem.

 

Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós

e guiai-nos no caminho da vida.

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo mal.

Amém!

 

 

Oração Final

 

Ó Glorioso São José, homem justo, fiel e bom. Vós sois o reflexo da paternidade de Deus e patrono das vocações vicentinas. Por vós depositamos nossa esperança e confiança em Jesus.

 

São José, a quem Deus confiou o cuidado da Família de Nazaré, sede o pai e protetor da nossa Família Vicentina e inspirai-nos a graça de vivermos sempre na fidelidade e no amor, sobretudo o compromisso com o direito e a justiça para com os mais pobres. Tomai nossos jovens vocacionados, nossas comunidades, províncias e trabalhos sob vossa proteção.

 

Ó Deus, pela intercessão de São José, “mandai bons operários à vossa igreja, para que trabalhem de modo eficaz na vossa vinha; Não importa se em pequeno número, contanto que sejam bons” (cf. Coste, XI, 357). Amém

 

São José, rogai por nós.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

 

 

1º DIA:INTERCESSÃO DE SÃO JOSÉ

 

Motivação Inicial: No dia 9 de janeiro, no ano de1695, em uma carta ao Padre Luís River, superior em Saintes, São Vicente de Paulo suplica a Luís River que se empenhe em pedir a Deus, pela intercessão de São José, o feliz êxito de um assunto que diz respeito à salvação do próximo (SV V, 1697).

 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.
• Refletindo a Palavra de Deus: Mt 1, 18-20.
• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) Como a vida de São José pode inspirar a nossa vocação vicentina?
b) Inspirados em São José, somos capazes de seguir os planos de Deus em nossa vida ou abandonamos os projetos que Deus tem para nós?
c) Assumimos o nosso compromisso de justiça e de fidelidade a Deus, assim como fez São José?

 

Preces

 

Palavra de São Vicente: Dou graças a Deus pelos atos extraordinários de devoção que vós propusestes fazer, para pedir a Deus, por intercessão do Bem-aventurado São José, a propagação da Companhia. Peço à bondade divina que elas lhe sejam agradáveis. Passei mais de vinte anos sem me atrever a pedir isto a Deus, considerando que, sendo a Congregação obra sua, deveria deixar à sua providência o cuidado de sua conservação e de seu crescimento (SV V, 224).

 

Palavra do Papa Francisco: Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e um guia nos momentos de dificuldade. São José faz recordar que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação.

 

Oração final

 

 

2º DIA: UM CORAÇÃO DE PAI (PATRIS CORDE)

Motivação Inicial: Bendito seja Deus, meu caro Irmão, por uns terem dado a vida pela caridade e os outros seus cuidados para o alívio e o consolo dos doentes e a boa ordem da comunidade. Sei que, de vossa parte, contribuístes para tudo, e por isso agradeço à divina bondade, que vos concedeu um coração tão bondoso para o serviço da Companhia (SV VII, 2489).

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

• Canto a escolher.

• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Jo 6, 42.

• Momento de meditação e silêncio.

• Perguntas para partilhar:
a) O que significa um coração de Pai?

b) Temos um coração generoso e bondoso como o de São José?
c) Somos missionários e missionárias com o coração livre no seguimento de Jesus?

 

Preces

 

Palavra de São Vicente: Escutou o Senhor o desejo dos pobres, escutou-lhes a disposição do coração, para mostrar-nos que Deus atende as almas bem dispostas, antes mesmos de estas lhe rogarem. Isto é motivo de grande consolação. E devemos, por certo, encorajar-nos no serviço de Deus, embora só vejamos em nós misérias e pobrezas. Lembrai-vos ainda dessa bela leitura da mesa que foi feita ontem? Dizia-nos que Deus oculta aos humildes os tesouros das graças que neles infundiu. E dias atrás, um dentre nós me perguntava o que era a simplicidade. Não conhece essa virtude e, no entanto, a possui. Não julga possuí-la, e é, não obstante, uma alma das mais cândidas da Companhia. (SV,XII, 181)

 

Palavra do Papa Francisco: Com coração de Pai: assim José amou a Jesus, designado nos quatro Evangelhos como o “filho de José”. Sabemos que era um humilde carpinteiro (Mt 13,55). Ele teve a coragem de assumir a paternidade legal de Jesus, a quem deu o nome revelado pelo anjo “tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).

 

Oração final

 

 

3º DIA: PAI TRABALHADOR

 

Motivação Inicial: Eis os operários, os verdadeiros missionários! Praza à bondade de Deus conceder-nos este espírito que os anima, um coração grande, vasto, amplo! Minha alma engrandece o Senhor. É preciso que nossa alma glorifique, engrandeça a Deus... Se nada podemos por nós mesmos, tudo podemos com Deus. Sim, a Missão pode tudo, porque temos em nós o germe da onipotência de Jesus Cristo (SV XI, 125).

 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Mt 13, 55-57.
• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) Me coloco como verdadeiro operário na messe do Senhor?

b) Como podemos falar de dignidade humana sem nos empenharmos para que todos, e cada um, tenham a possibilidade de um digno sustento?
               
Preces

 

Palavra de São Vicente: De que nos serve encarregar-nos de tantos trabalhos e de tantos pobres? Por que dirigir as Filhas que servem os doentes e por que perder nosso tempo trabalhando com loucos? Haverá quem contradiga essas obras; disso não tenhais dúvida. Dirão outros que é empreendimento temerário enviar pessoal aos países afastados, às Índias e à Barbária. Mas, meu Deus, mas, meu Senhor, não enviastes São Tomé às Índias e os demais apóstolos a toda terra? Não lhes confiastes o cuidado e a direção de todos os povos, em geral, e de muitas pessoas e famílias, em particular? Não importa. É nossa vocação: “Evangelizar os pobres” (Lc 4, 18).

 

Palavra do Papa Francisco: Um aspecto que caracteriza São José – e tem sido evidenciado desde os dias da primeira Encíclica Social, a Rerum Novarum, de Leão XIII – é a sua relação com o trabalho. São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão do próprio trabalho... A perda do trabalho que afeta tantos irmãos e irmãs tem aumentado nos últimos meses devido à pandemia da Covid-19, deve ser apelo a revermos as nossas prioridades.

 

Oração final

 

4º DIA: UM AMADO PAI

 

Motivação Inicial: Não quereríeis tê-lo amado toda a vossa vida, como a Santíssima Virgem Maria? Pois bem, entretende-vos muitas vezes com esses belos atos que sua divina Majestade de vós deseja e crede que são eles as lâmpadas acesas daquelas virgens prudentes que foram por isso admitidas às bodas eternas com o Esposo. Oh! que bela disposição para ir ao seu encontro (SV XI, 102)!

 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Mt 1,16.
• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) Como expressar o amor amado de Deus no cotidiano de nossas vidas e na vida dos mais pobres?

b) Identificamos os missionários e missionárias vicentinas pela forma como eles vivem?


Preces

 

Palavra de São Vicente: É certo que a caridade, quando habita numa alma, ocupa inteiramente todas as suas potências: não há lugar para repouso. É um fogo que age sem cessar, mantém sempre em seu fôlego, sempre em ação uma pessoa que foi por ele uma vez abrasada. Ó Salvador! a memória só quer lembrar-se de Deus, detesta todos os outros pensamentos e os considera como importunos e os rejeita. Só lhe podem agradar os que lhe representam seu amado. É preciso, é mesmo preciso, seja a que preço for, tornar a sua presença familiar. Precisa tornar-se contínua (SVP XI, 129)

 

Palavra do Papa Francisco: A grandeza de São José consiste no fato de ele ter sido o esposo de Maria e o pai de Jesus. Como afirma São João Crisóstomo, “colocou-se inteiramente a serviço do plano da salvação”. São Paulo VI faz notar que a sua paternidade [São José] se exprimiu, concretamente, “em ter feito de sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora, em utilizar da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida e do seu trabalho, em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado a serviço do Messias nascido em sua casa”.

 

Oração final


 

5º DIA: PAI NA TERNURA

 

Motivação Inicial: Aquele que alimenta a estima e a ternura para com o próximo pode acaso falar mal dele? Pode fazer algo que lhe desagrade? E, com tais sentimentos no coração, pode ver o irmão e o amigo sem que lhes manifeste amor? A boca fala da abundância do coração e, ordinariamente, as ações exteriores dão testemunho do interior. Quem possui interiormente a verdadeira caridade, demonstra-a por fora. É próprio do fogo alumiar e aquecer e é próprio do amor mostrar respeito e deferência à pessoa amada (SV XII, 207)

 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Lc 1,26-27.

• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) Ajo com ternura para com o meu irmão/irmã e para minha comunidade, como São José?

b) Nosso desejo de servir e a nossa capacidade de ir são interpelados pela ternura e pela abertura do nosso coração?

 

Preces

 

Palavra de São Vicente: Que faz Nosso Senhor? Chora com eles, tamanha é a sua ternura e compaixão. Foi essa ternura que o fez descer do céu. Via os homens privados de sua glória. Deixou-se tocar por sua infelicidade. Devemos igualmente comover-nos à vista de nosso próximo torturado e tomar parte em sua aflição. Ó São Paulo, como éreis sensível nesse ponto! Ó Salvador, que enchestes este apóstolo com vosso espírito e vossa ternura, fazei-nos dizer como ele: há doente com quem não esteja eu doente? 2 Co 11, 29. (SVP,XII, 207)

 

Palavra do Papa Francisco: Com certeza, José escutou ressoar na sinagoga, durante a oração dos Salmos, que o Deus de Israel é um Deus de ternura (cf. Dt 4,31), que é bom para com todos e sua “compaixão se estende a todas as suas criaturas” (Sl 145 [144],9)... A vontade de Deus, a sua história e o seu projeto passam também por meio da angústia de José. Assim ele nos ensina que ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele poder intervir inclusive através de nossos medos, fragilidades e fraquezas.

 

Oração final

 

6º DIA: PAI NA OBEDIÊNCIA

 

Motivação Inicial: Meu Deus! Senhor Padre, quão felizes são aqueles que se doam a Deus, para fazer o que Jesus Cristo fez e pratica, seguindo seus passos, as virtudes que ele praticou: a pobreza, a obediência, a humildade, a paciência, o zelo e as outras virtudes! Assim procedem os verdadeiros discípulos de um tal Mestre; vivem simplesmente de seu espírito, espalham, com o odor de sua vida, o mérito de suas ações, pela santificação das almas, pelas quais ele morreu e ressuscitou (SV VIII, 3313).

 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Mt 1, 23-24.
• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) Jesus Cristo deu um tão belo exemplo de obediência (Cf. Jo 8, 29.): minhas atitudes são obedientes a palavra de Jesus e aos seus mandamentos?

b) Tenho praticado a obediência, escutado a voz e o chamado que Deus me faz?

Preces


Palavra de São Vicente: Em que consiste essa virtude? Dizem os teólogos que é a disposição de fazer o que querem aqueles a quem somos submissos. Vede, meus Senhores, Deus é o Deus das virtudes: Deus virtutum. A virtude deve ter seu princípio e sua raiz no interior, pois como o que aparece no homem não é o homem, assim o que parece obediência não é sempre a virtude da obediência; porquanto, consiste essa em uma disposição contínua para obedecer, para renunciar ao juízo próprio. Segundo essa disposição, vai-se diretamente aonde Deus quer e é o ponto a que devemos tender para ser perfeitamente obedientes. Peçamos a Deus que nos dê esse espírito de obediência.

 

Palavra do Papa Francisco: José sente uma grande angústia com a gravidez incompreensível de Maria: mas não quer “difamá-la”, e decide “despedi-la secretamente (Mt 1,19). No primeiro sonho, o anjo o ajuda a resolver o seu grave dilema. A sua resposta foi imediata: “ao despertar do sono, José fez o que o anjo do Senhor lhe havia ordenado” (Mt 1, 24). Com a obediência, José superou o seu drama e salvou Maria. Ao longo da vida oculta em Nazaré, na escola de José, Jesus aprendeu a fazer a vontade do Pai. A vontade torna-se o seu alimento diário (Jo 4,34).

 

Oração final

 

7º DIA: PAI NA HOSPITALIDADE/ACOLHIMENTO

 

Motivação Inicial: Tenhamos o zelo de edificar o povo, fazendo com que veja como é preciso acolher a Palavra de Deus, tratando-a como se deve, em relação a nós mesmos. Crede-me: todos procederão respeitosamente na igreja e darão importância à Palavra de Deus, se virem que nós mesmos a estimamos. (SV XII, 212).

 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Lc 2,16-20.
• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) Preservo o espírito da hospitalidade e do acolhimento do outro, do diferente a mim na minha caminhada vocacional?

b) O rosto das consagradas e dos consagrados vicentinos transmite acolhida às diversas realidades emergentes, no meio das juventudes e dos vocacionados?

Preces

 

Palavra de São Vicente: De toda parte, levavam-lhes, para que os curasse e livrasse de tais enfermidades. A tudo procurava dar remédio. Por que censurar isso em nós, que procuramos imitar Nosso Senhor em uma coisa de que deu testemunho ser-lhe agradável? Se acolheu os alienados e os possessos, por que não os acolheremos nós? Não é que vamos procurá-los, é que no-los trazem. E quem sabe se sua Providência, que assim o dispõe, não quer servir-se de nós para remediar a enfermidade dessas pobres pessoas. (SVP, XI, 195)

 

Palavra do Papa Francisco: A vida espiritual que José nos mostra não é um caminho a ser explicado, mas um caminho a ser acolhido. Somente a partir dessa hospitalidade e dessa reconciliação é que se torna possível enxergar também uma história mais sublime, um significado mais profundo. O acolhimento de José nos convida a receber os outros, sem exclusões, tal como são, reservando uma predileção especial pelos mais frágeis, porque Deus escolhe o que é frágil (1Cor 1,27), “é pai dos órfãos e defensor das viúvas” (Sl 68[67],6) e manda amar o estrangeiro.

 

Oração final

 

8º DIA: PAI NAS SOMBRAS

 

Motivação Inicial: Ó meus irmãos, vejamos os grandes missionários, dos quais somos apenas as sombras. Vede como se deslocam até as Índias, Japão e Canadá, para completar a obra que Jesus Cristo começou sobre a terra e que não abandonou desde o instante de sua vocação! Este é o meu Filho amado, ouvi-o (Mt 17, 5). Desde este preceito de seu Pai, não o interrompeu um momento sequer até sua morte. Imaginemos que nos diz: “Saí, missionários, saí. Como! Estais ainda aqui. Eis as pobres almas que vos esperam, cuja salvação, talvez, depende de vossas pregações e catecismos!” (SVP XI, 100)



 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Lc 2,41-48.
• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) “A lógica do amor é sempre a lógica da liberdade, e José soube amar de maneira extraordinária e livre” (FRANCISCO, 2021, p. 22), sendo assim, sou capaz de amar livremente o meu próximo ou lhe imponho condições para o amor?

b) Sou livre na minha resposta pessoal vocacional?

Preces

 

Palavra de São Vicente: Sabeis que nada há que melhor faça ressaltar a beleza de um quadro, suas cores e as diversas figuras neles representadas, em suma, a beleza do colorido, como o fazem as sombras. E até na música se mesclam acordes dissonantes para torná-la harmoniosa! Assim, também, as faltas servirão para mostrar a pregação em seu brilho. Se existe algum a quem haja Deus concedido um talento particular, muito bem. Ser-nos-á preciso imitá-lo.(SVP XII, 210)

 

Palavra do Papa Francisco: O escritor polonês Jan Dobraczynaki, no seu livro A sombra do Pai, narrou a vida de São José em forma de romance. Com a sugestiva imagem da sombra, apresenta a figura de São José, que é, para Jesus, a sombra da terra do Pai celeste: guarda-o, protege-o, segue os seus passos jamais se afastando dele.A felicidade de São José não se situa na lógica do sacrifício de si mesmo, mas na lógica do dom de si mesmo. Em certo sentido, estamos todos na condição de José: sombra do único Pai, que “faz nascer o sol sobre maus e bons e faz descer a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45); e sombra que acompanha o Filho.

 

Oração final

 

 

9º DIA: PAI COM CORAGEM CRIATIVA

 

Motivação Inicial: Quereis encontrar a Deus? Ele fala com os simples. Ó meu Salvador! ó meus irmãos, que sentis o desejo de ser simples, que felicidade! Que felicidade! Coragem, pois tendes a promessa de que o prazer de Deus é estar com as pessoas simples. (SV XII, 201)

 

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
• Canto a escolher.
• Oração inicial.

• Refletindo a Palavra de Deus: Mt 2,13-14.
• Momento de meditação e silêncio.
• Perguntas para partilhar:
a) Sou corajoso diante das dificuldades da vida vocacional ou abandono os projetos de              Deus na primeira oportunidade que tenho?

b) Faço uso criativo da coragem que me foi dada por Deus para cativar o meu próximo e, sobretudo, para servir aos mais pobres?

Preces

 

Palavra de São Vicente: Além disso, como o amor é inventivo até o infinito, deixou-se pregar no patíbulo infame da cruz, para conquistar as almas e os corações daqueles por quem quer ser amado. Não falamos de outros e ao mesmo tempo inumeráveis recursos de que ele se serviu para este fim, durante sua permanência entre nós. Prevendo que sua ausência poderia ocasionar algum esquecimento ou resfriamento em nossos corações, quis obviar a este inconveniente, instituindo o Santíssimo Sacramento, no qual está real e substancialmente presente, como está no céu (SVP XI, 102).

 

Palavra do Papa Francisco: Se a primeira etapa de toda verdadeira cura interior é acolher a própria história, ou seja, dar espaço no nosso íntimo até mesmo ao que não acolhemos em nossa vida, convém acrescentar outra característica importante: a coragem criativa. Esta coragem aparece sobretudo quando encontramos dificuldades. No fim de cada acontecimento que tem José como protagonista, o Evangelho observa que ele se levanta, toma consigo o Menino e sua mãe e faz o que Deus ordenou (Mt 1,24; 2,14.21) e protege Maria e o Menino Jesus. Neste sentido, São José não pode deixar de ser o guardião da Igreja, porque a Igreja é o prolongamento do Corpo de Cristo na história.

 

Oração final


 

PBCM – Serviço de Animação Vocacional Vicentino

Teologado Vicentino - Seminário São Justino de Jacobis

Av. Arthur Guimarães, 1112 -

Santa Cruz - Belo Horizonte

CEP: 31150-690

Tel. 3424-4188

 

 

REFERÊNCIAS:

COSTE, Pierre (org.). São Vicente de Paulo: Obras Completas. Trad. Getúlio Mota Grossi. Belo Horizonte: O Lutador, 2012 (Volumes V, VII, VIII, XI, XII)

FRANCISCO. Carta Apostólica Patris Corde. CNBB; Paulus, 2020.

 

 

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Falecidos Vicentinos

 


Salto, 28 de fevereiro de 2021. 


Estimadas Consócias e Prezados Confrades: 


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! 


Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5, 7) *


“Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5, 12a). 


Afirmar que alguém é “misericordioso” significa declarar a qualidade de quem é “compassivo”, ou seja, o atributo de uma pessoa que demonstra compaixão, e deseja compartilhar dos sofrimentos alheios. 

Nesse sentido, devemos homenagear as Consócias e os Confrades Falecidos que foram misericordiosos, e deixaram um precioso testemunho de vocação vicentina que guardamos em nossa memória afetuosa, pois deram provas concretas de que a sustentação ao seguimento dos ideais de Frederico Ozanam – em suas vidas – era a compaixão pelas dores e privações dos Pobres.

Por isso, nesta ocasião da deferência meritória que dedicamos aos Vicentinos Falecidos, ao recordarmos dos Confrades e das Consócias que comprovaram com suas histórias terem sido compassivos, compreendemos na exata dimensão, que: “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem. Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho” (Hb 11, 1-2). 

Certamente, muitos dos Vicentinos Falecidos que se compadeceram pelos padecimentos dos Pobres, e agiram para aliviar seus infortúnios, são na verdade, os dignos destinatários das palavras de São Paulo, sobretudo pela fé, porque: “Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos. Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso, com toda a abundância” (1TS 1, 3-5B). 

Desse modo, também é pela fé que podemos discernir a respeito da “partida para o encontro “face a face” com Deus” das nossas queridas Consócias e dos nossos queridos Confrades, visto que: “Nele (Cristo) brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor para os que creem em Vós, a vida não é tirada, mas transformada. E desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível” (1). 

No Catecismo da Igreja Católica (CIC) encontramos o significado de reverenciarmos os Vicentinos Falecidos, como é tradição na Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP): “A Igreja terrestre, desde os tempos primeiros da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (...). Já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados (2Mc 12, 46); e a Igreja também oferece sufrágios em favor deles” (2). 

No entanto, vale a pena conhecer a orientação do Papa Francisco referente ao tema desta reflexão. Ocorreu um valioso ensinamento do Santo Padre, quando – em novembro de 2019 – ele presidiu Missa na Casa Santa Marta, no Vaticano. A homilia partiu do Evangelho do dia, no qual São Lucas repete as palavras de Jesus: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”. O Pontífice reiterou que “tudo acabará”, mas “Ele [Deus] ficará”. Estas palavras inspiraram o Papa para convidar cada um a refletir sobre o momento do fim, isto é, da morte (3). 

Segundo o Papa Francisco, “Ninguém sabe exatamente quando a morte acontecerá, ou melhor, com frequência todos têm a tendência a adiar o pensamento, pois acreditam que são eternos: “Todos nós temos esta fraqueza de vida, esta vulnerabilidade” (4). 

Então, como pregou o Papa Francisco, se somos vulneráveis à morte: “Rezemos confiantes a Deus em favor dos falecidos, particularmente pelos que nos foram mais próximos, não nos esqueçamos de rezar por todos os que precisam. A todos os fiéis falecidos, Deus conceda o repouso eterno! Senhor, acalma nossas angustias e tristezas, planta em nós a esperança da fé, para florescer em alegria eterna. Concede aos teus filhos e filhas já falecidos a paz definitiva da Tua presença. Enxuga as lagrimas de nossos olhos e nos dê a alegria da esperança na Ressurreição prometida” (5). 

 Assim, nos momentos inevitáveis “que bater aquela saudade sofrida” de quem amamos e estão mortos, não devemos disfarçar, segurando as lágrimas de nossos olhos, pois Jesus Cristo nos “deu a Sua Palavra”: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados” (Mt 5, 4). 

Que Nossa Senhora, nos ajude para alcançarmos as bem-aventuranças e sabermos lidar com a morte! 


"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar-vos um lugar” (Jo 14, 1-2). 


(*) Confrade João Marcos Andrietta (60 anos), é membro da Conferência Nossa Senhora da Imaculada Conceição (Salto – SP). 


Referências: 

 Cfr. Prefácio dos Mortos I. 

 Cfr. Catecismo da Igreja Católica (CIC); (no. 958).

 Cfr. Papa Francisco; Homilia da Missa na Capela da Casa Santa Marta, Vaticano; Redação Vatican News; 29-11-2019. 

 Cfr. Idem. 

 Cfr. Pe. João Luís Fávero, Reflexão; Site Liturgia Católica; 02-11-2020.