1º Dia – Vicente de
Paulo: seu Amor a Cristo o levou aos Pobres!
Com: Celebrar São Vicente na perspectiva do Ano da Fé é mergulhar
na essência do que ele viveu, é enamorar-se por Aquele que deu sentido à sua
vida, é deixar-se conduzir pela estrela da manhã que não tem ocaso: Jesus
Cristo.
1ª Voz: Ver o Cristo Missionário e Servidor é penetrar no núcleo
central da mística vicentina e estar certo de viver hoje de seu espírito.
2ª Voz: O encontro com a pessoa de Jesus gera sempre uma
experiência interior que o próprio São Vicente de Paulo fez com força,
convicção e grande intensidade. Ele nos propõe o melhor caminho para sermos,
também nós, testemunhas de Cristo hoje.
Canto:
a) "Fazer que Deus dos pobres seja amado,
Com zelo anunciar-lhes Jesus Cristo!
Dizer-lhes que o Reino já chegou:
Oh! como é sublime tudo isto!"(bis) (XII,80).
REFRÃO: "É MISSÃO DE JESUS CRISTO
A MISSÃO QUE DEUS NOS DEU:
É POR NÓS QUE DEUS FAZ HOJE
O QUE FEZ O FILHO SEU!" (XII,80).
b) "Louvores elevemos, meus irmãos,
A Deus que nos chamou a tal missão!
Nós somos instrumentos do Amor
De Cristo pelo pobre, seu irmão!"(bis). (XII,80).
c) "O que felicidade, meus irmãos!
Maior prazer ninguém jamais terá!
Nem mesmo o Santo Padre pode ter
A paz e o prazer que Deus nos dá"(bis) (IX,464)
Com: Em Jesus encontramos nossa força e nossa vida. São Vicente
olhava as coisas “com os olhos fixos em Jesus Cristo” como os ouvintes da
sinagoga de Nazaré.
3ª Voz: Sua preocupação é o Salvador e usa imagens fortes, próprias
para alimentar nossa meditação:
Todos: Jesus é “nossa força”, “nossa vida”, “nosso alimento”; é o
lugar vivo de todas as virtudes: “humildade, mansidão, tolerância, paciência,
vigilância, prudência e caridade”; ele é “a regra da nossa Missão”; “a
suavidade eterna dos homens e dos anjos”; “nosso pai, nossa mãe e nosso tudo”;
“a vida de nossa vida e a única pretensão de nossos corações”; o grande quadro
invisível com o qual devemos conformar todas as nossas ações”.
4ª Voz: Cristo está no centro da espiritualidade vicentina e também
de sua estratégia missionária. Somos apenas seus continuadores e ele é o agente
principal e o Missionário do Pai.
5ª Voz: O Cristo Missionário de São Vicente é indissociável do
Cristo Servidor.
6ª Voz: Para além de uma contemplação do mistério de Cristo, de uma
transmissão de sua mensagem, sabemos perfeitamente que São Vicente vê Cristo no
Pobre e vê o Pobre em Cristo.
7ª Voz: Toda a Família Vicentina é chamada a segui-lo no caminho do serviço.
Todos: O dom em estado puro, radical, opera no cotidiano, por um
mesmo movimento do coração: servir o Pobre é servir a Deus!
Canto: São Vicente de Paulo (CD Cantos da Família Vicentina – Faixa
7)
São Vicente, amigo dos pobres
Amigo da gente, amigo de Deus (bis).
Coração humilde, sem marcas de ambição
Sempre ajudando seu irmão.
Coração que acolhe o pobre e o
sofredor
Cheio de ternura e de amor.
Com: Deus entra na história para provocar nossa existência a sair
dela mesma, a abrir-se um caminho na direção dos outros. Poderíamos dizer que
há contemplativos que buscam a Deus longe da multidão. Na solidão encontram a
Presença. Mas Vicente encontrava a Presença na multidão.
1ª Voz: Para ele tudo consistia num “virar a medalha”.
Todos: “Virai a medalha e, com as luzes da fé, vereis que o Filho
de Deus que quis ser pobre se apresenta nestes pobres... Ó Deus, como é belo
ver os pobres se os consideramos em Deus e com a estima que Jesus Cristo teve
por eles” (Coste XI, 32).
2ª Voz: A vida e a obra de São Vicente foram marcadas por um modo
diferente de compreender Deus e, por isso mesmo, de entender as pessoas.
3ª Voz: Vicente em vez de deter-se no rosto do Filho de Deus,
procurou o rosto dos homens e os amou com amor intenso e ardente.
4ª Voz: Ele soube ver que só é possível relacionar-se intimamente
com Deus no acolhimento do outro, principalmente dos mais Pobres, que só tem
Deus por Ele.
5ª Voz: Vicente não transfigurava. Via. Era um espírito prático. Os
pobres, conhecia-os. Tinha respirado o hálito deles, tinha-os escutado.
6ª Voz: Virando a medalha, descobriu no Pobre a pessoa de Cristo.
Encontrou o rosto desfigurado e deturpado da Paixão, o rosto sofrido e
dolorido, o rosto velado e escondido, o rosto do irmão que necessitava de uma
obra cuidadosa de restauração.
Todos: Essa sua atitude de vida baseava-se em sua maneira de ver
Jesus, o Verbo Encarnado, como Missionário do Pai e Evangelizador dos Pobres,
que veio para servir.
7ª Voz: Isso o fazia querer “revestir-se de Jesus Cristo, ter os
mesmos sentimentos d’Ele, contemplar Cristo na pessoa do outro e ver cada
pessoa como Cristo a vê”.
8ª Voz: Sua devoção ao Verbo Encarnado revelava um profundo
conhecimento da pessoa humana, que ele contemplava com grande sensibilidade e
ternura, vendo nela, e principalmente nos Pobres, a imagem de Cristo.
Todos: “Os Pobres são nossos mestres e senhores”!
Com: Esse modo de ser e de ver levava Vicente a contemplar as
coisas e os fatos com os olhos da fé, buscando encontrar na realidade e nos
acontecimentos o sinal da vontade de Deus.
v
Palavra
de Deus: Lc 4, 16-19
v
Momento
de Interiorização e Partilha
Com: São Vicente mostrou que o seu modo de viver a fé tinha que ter
ressonância e consequências em suas ações.
Todos: “Amar a Deus e aos nossos irmãos com a força dos nossos
braços e o suor de nosso rosto”, eis o legado que São Vicente nos deixou.
Canto: Vou amar a meu Deus (CD A Herança de São Vicente de Paulo –
Faixa 9)
Vou amar a meu Deus
Vou amar meus irmãos
Com o suor, com a força das mãos (bis)
Mestre do amor que não descansa
Cristo chamou-me a trabalhar
Junto com Ele pelos pobres
Sua missão continuar!
Em cada pobre eu vejo Cristo
Desfigurado na paixão
A quem sofrer e a quem ajuda
Anunciarei ressurreição.
Quero com Cristo conduzir
Os meus irmãos para o Senhor
Quero lutar com quem espera
E acredita no amor.
Vou passo a passo, com meu Deus
Lendo nos fatos seu querer
Cristo é a regra da missão:
Quero o mesmo bem fazer!
Pai Nosso, Ave-Maria e Bênção Final.
"Senhor, mandai bons operários à vossa Igreja,
mandai missionários, como convém que sejam, para que trabalhem de modo eficaz
na vossa vinha; pessoas, meu Deus, desapegadas de si mesmas, das suas
comodidades e dos bens terrenos. Não importa se em pequeno número, contato que
sejam bons. Senhor, concedei esta graça à vossa Igreja".
(São Vicente de Paulo)
2º Dia: São Vicente de Paulo: o Realismo da Caridade.
Com: Ao longo da história, Deus suscita homens e mulheres a darem
um testemunho marcante de fé, que sirva para orientar e motivar a humanidade na
sua caminhada neste mundo rumo ao Pai. Assim, no século XVII, quis o Senhor que
São Vicente marcasse, de forma profunda, a importância da caridade como atitude
de vida e de missão que deve orientar a vida de todos os que se apresentam como
seguidores de Jesus Cristo.
Canto: Hino do Congresso Brasileiro de Educadores Vicentinos (CD
Cantos da Família Vicentina – Faixa 1)
Só com amor, se move a vida
Ô... Ô... Com muito amor
Não deixem a luz escondida
Ô... Ô... Diz o Senhor.
Vem! Vamos nos vestir de Vicente
Porque lá fora nossa gente
Vive a incerteza do amanhã.
Vem! Vamos nos fazer de meninos
Porque lá fora os pequeninos
Querem um lugar ao sol.
Sonhar! Como é bom poder sonhar!
É divino ensinar como o Mestre
ensinou.
Plantar, plantar! Como é bom
poder plantar
Mil sementes de emoção,
explodindo no coração.
Vem! Vamos levar fé e calor
Muita esperança, paz e amor:
Somos caminho e a fonte.
Vem! Vamos formar um batalhão
E em toda a nossa inspiração
adicionar este ideal:
Somar, para poder dividir
Não partir sem repartir
Deixando alguém feliz, feliz.
Ninguém tem tanto que nada falte;
Nem tão pouco que não tenha
Um pouquinho pra doar.
1ª Voz: A vida e a atividade de São Vicente são tão ricas e
complexas que se torna difícil caracterizá-las numa palavra.
2ª Voz: Falou-se de “Pai dos Pobres, de ministro da Caridade, de
místico da ação” (Ecos da Companhia, 1974, pág.
1).
3ª Voz: No pensamento do povo o nome de São Vicente de Paulo
tornou-se sinônimo de “Amor” ou de “Caridade”.
4ª Voz: O segredo mais profundo de São Vicente é a caridade que
unifica a sua vida e mobiliza todas as riquezas de sua personalidade:
inteligência, sensibilidade, sabedoria a serviço de Cristo.
Todos: Cristo é a sua única regra. Vê no Cristo o “missionário” do
Pai, enviado para evangelizar os pobres.
5ª Voz: O amor de caridade não é outra coisa senão a vida divina
que se nos oferece em Jesus Cristo e que se apodera de nós tão completamente,
quanto possível, nesta terra.
6ª Voz: A vida divina, fonte e modelo de toda espiritualidade, é essencialmente comunhão, comunhão
esta que se traduz pela vivência da generosidade, da amizade, da solidariedade
e da partilha.
7ª Voz: A caridade é um terreno para o encontro com Jesus Cristo,
para descobri-Lo, a Ele que quer apoderar-se de nós para a Vida Eterna e nos
concede viver desde agora dessa vida de comunhão das pessoas divinas.
8ª Voz: A caridade é a virtude fundamental sobre a qual há de
repousar todo o edifício das virtudes terrenas. Sem ela não existem as outras.
Sem a caridade não há fé, pois a fé não é mais do que pura luminosidade que
torna brilhante uma alma caridosa.
9ª Voz: A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de
salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude,
dada por Ele à criatura.
Com: São Vicente, imbuído desta caridade, viveu a lei fundamental
do “mais e mais”. Descobriu que a medida de amar é amar sem medida.
1ª Voz: Nossa vocação, portanto, é abrasar os corações dos homens,
fazer o que o Filho de Deus fez, ele que veio incendiar o mundo para inflamá-lo
de seu amor.
2ª Voz: Somos enviadas não somente para amar a Deus, mas para
fazê-Lo amado.
Todos: “Não me basta amar a Deus, se meu próximo não o ama” (SV, 30/05/1659).
3ª Voz: “Ora, se somos chamados a levar longe e perto o amor de
Deus, se com ele devemos inflamar todas as nações, se temos a vocação de
espalhar este fogo divino por toda a terra, se isto é assim, minhas Irmãs,
quanto eu mesmo não devo arder deste fogo divino” (SV
– 30/05/1659).
Canto: Súplica a São Vicente (CD Cantos da Família Vicentina –
Faixa 6)
Ensina-nos a amar Vicente de Paulo
Ao pobre, nosso irmão como o amaste tu (bis).
Não sabemos sofrer com os que
sofrem
Recusamos chorar com os que
choram
Ignoramos a voz que nos suplica
E a mão estendida que implora.
Vicente que um dia descobriste
Cristo sofrido no semblante do
irmão
Que sua vida também seja nossa
luz
Pra enxergarmos no irmão nosso
Senhor.
Com: Somos escolhidos por Deus como instrumentos do seu amor imenso
e paternal, que deseja estabelecer-se e expandir nas almas.
4ª Voz: “Contemplemos o Filho de Deus; oh! Que coração caridoso!
Que chama de amor”! (SV, XII 264-265)
5ª Voz: “Se o amor de
Deus é um fogo, o zelo (a doação generosa na propagação do Reino de Deus entre
os pobres) é a chama; se o amor de Deus é o sol, o zelo são seus raios” (SV – 22/08/1659).
Com: Nossa vocação coloca-nos no coração do Evangelho,
impulsionando-nos a levar a Boa Nova aos pobres sobre os passos do Cristo Servo
que, por isto nos fez participantes de seu amor tão simples, tão delicado e tão
humilde.
Todos: Tenhamos a coragem de ir além. Vivamos a audácia da caridade
para um novo elã missionário. Deus espera por nós na pessoa dos pobres.
v
Palavra
de Deus: Cl 3, 12-17
v
Momento
de reflexão e partilha:
ü
Como nossa caridade se expressa em nosso
compromisso com e pelos pobres?
ü
Como se enraíza na intimidade com Cristo?
Com: Deixemos que a Palavra de Deus se
torne vida em nós. Permitamos também que São Vicente nos interpele: “Não vos
parece que tendes um motivo muito forte para vos renovardes em vosso primeiro
fervor? Por mim, acho que devemos oferecer-nos hoje à sua divina Majestade,
para que lhe agrade animar-nos com sua caridade, de modo que se possa dizer
doravante de todas vós que é a caridade de Jesus Cristo que vos impele” (SV - XIII,
811-812).
Canto: Jesus nos chama à caridade (CD A Herança de São Vicente de
Paulo – Faixa 5)
Jesus nos chama à caridade
Como nos chama à Eucaristia
É nossa força e nossa vida
A vida toda e todo dia!
Eu vou andar por este mundo
Pelos caminhos de Jesus
Que nasceu pobre e morreu pobre
Pobre do berço até a cruz!
Jesus me chama nesta missa
Ao receber a comunhão
A ser alegre em meu amor,
A ser atento ao meu irmão!
Se faço o bem a quem eu posso,
E se trabalho sem preguiça
Ao meu irmão não vou fazer
Misericórdia, mas justiça.
Pôr-nos na escola dos mais pobres
E encontrar neles nosso Deus
Que diz ser feito a Ele mesmo
O que se faz a um dos seus!
Pai Nosso, Ave Maria e Bênção
Final.
"Senhor, mandai bons operários à vossa Igreja,
mandai missionários, como convém que sejam, para que trabalhem de modo eficaz
na vossa vinha; pessoas, meu Deus, desapegadas de si mesmas, das suas
comodidades e dos bens terrenos. Não importa se em pequeno número, contato que
sejam bons. Senhor, concedei esta graça à vossa Igreja".
(São Vicente de Paulo)
3º Dia: Vicente de Paulo, Homem de Oração.
Com: Que alegria, meus irmãos, nos reunirmos mais uma vez para
fazermos memória do legado deixado por São Vicente. Sua vida e o seu testemunho
nos estimula hoje na busca de novas formas para correspondermos, com
fidelidade, ao dom de nossa vocação. Só um coração impregnado do amor de Deus é
capaz de contagiar os outros e produzir abundantes frutos.
Canto:
1)
Glória e louvor ao ínclito Vicente,
Que Deus encheu de seu divino amor.
Foi na Igreja um sol resplandecente
Que dissipou as trevas do terror.
2)
Glória e louvor ao Santo tão amável,
Que tem o zelo, a paz do Bom Pastor.
Vede-o correr após o miserável.
À sua voz se rende ao pecador.
Refrão:
AO NOSSO DEUS, GLÓRIA E LOUVOR
ETERNAMENTE
AO DEUS DE SÃO VICENTE.
GLÓRIA E LOUVOR,
GLÓRIA
E AMOR
POR NOS TER CONCEDIDO
PROTETOR TÃO QUERIDO.
3)
Glória e louvor à grande caridade
À mansidão do servo do Senhor.
Aliviou a pobre humanidade
De todo o mal e infeliz labor.
4)
Piedoso Pai, Vicente compassivo,
Rogai por nós a nosso Redentor,
E alcançai no dia decisivo
Nos dê, no céu, de glória o resplendor.
1ª Voz: São Vicente foi um homem de
ação. Seu olhar sensível e seu coração terno alcançavam as necessidades que se
apresentavam ao seu redor.
2ª Voz: Fez da vida que Deus lhe deu uma oferenda ativa, em nome do
Evangelho que cura e põe de pé.
3ª Voz: Mas qual foi o seu segredo?
4ª Voz: A Oração, a vida espiritual.
Todos: “Meu Salvador Jesus Cristo, suplico-vos que concedais,
abundantemente, à Companhia o dom da oração, a fim de que, conhecendo-vos bem,
possa ela conquistar vosso amor. Dai-lhe, meu Deus, vós que fostes, toda a
vossa vida, homem de oração, que a fizestes desde a mais tenra idade [...]
Dai-nos este dom sagrado, a fim de que, por ele, possamos nos defender das tentações
e sermos fiéis ao serviço que esperais de nós”.
(SV XI, 428)
5ª Voz: A oração se modela sobre Deus. É reflexo da luz eterna, é
esplendor, é fogo que ninguém pode manter escondido dentro de si, como um
vaga-lume que não pode esconder-se nem apagar a própria luz.
6ª Voz: A oração é elevação e colóquio. Empenho e dom. É comunhão
com o Pai e salvação para o mundo.
7ª Voz: “A oração,(...), é uma elevação do espírito a Deus, com que
a alma se desapega de si para buscar a Deus nele mesmo. É um colóquio da alma
com Deus, uma comunhão recíproca, em que Deus diz interiormente à alma o que
quer que ela saiba e faça, e em que a
alma diz a seu Deus o que ele quer que lhe peça. Grande excelência que no-la
deve fazer estimar e preferir a qualquer outra coisa!” (SV IX, 419)
8ª Voz: O sentido de Deus na vida de São Vicente nascia de sua
humildade.
9ª Voz: Da humildade nasce a caridade e nela se gera a oração. “Sem
humildade não há oração” (Pe. Dodin).
10ª Voz: Tal humildade nascia da experiência de quem na vida
descobriu que foi buscado por Deus, alcançado por Deus.
Canto:
a)
"Sempre a Deus encontrarás, na ação ou oração,
se deixares de rezar pra ir ao pobre irmão,
Deus nele vais achar" (bis) (IX,319).
REFRÃO:
"QUANDO OLHARES COM RECEIO
PARA O POBRE EM NOSSO MEIO
A MEDALHA VIRA ENTÃO:
ALI ENXERGARÁS A CRISTO, TEU IRMÃO" (bis)
b)
"Missionário, no caminho, a morrer, sem pão, sozinho,
És feliz, se assim estás, por causa do amor
ao pobre teu senhor! (bis)
1ª Voz: São Vicente tinha um culto especial a Deus como Providência.
Nada fazia, nenhuma decisão tomava, enquanto não via nem sentia se aquilo era a
vontade de Deus.
2ª Voz: “Confiando em Deus, seu coração está seguro. Seu coração
está tranquilo e nada teme”. (Sl 112, 7-8)
Todos: São Vicente buscou incessantemente “esvaziar-se de si mesmo
para encher-se de Deus” (SV XI, 2), a fim
de que, com o coração em Deus e os pés na realidade em que viveu pudesse, de
forma criativa, passar da contemplação para a ação.
3ª Voz: Para São Vicente a oração era uma verdadeira revisão de
vida, o momento onde se estabelecia consciente e lucidamente o contato entre
Jesus e a vida missionária.
4ª Voz: Às Filhas da Caridade, exortou Vicente de Paulo: “E vós, minhas queridas Irmãs, não
tendes coragem bastante para tentar seguir os desígnios que Deus tem de vos
aperfeiçoar pela prática da vossa regra? Podeis fazer a vossa meditação desta
maneira, que é a melhor; pois não se
deve fazer para ter pensamentos elevados, êxtases ou arrebatamentos, que
são mais prejudiciais que úteis, mas somente para vos tornardes perfeitas, e
verdadeiramente boas Filhas da Caridade”. (Conf.
02/08/1640, pág. 20)
5ª Voz: “As vossas resoluções devem portanto ser assim: Irei servir
os pobres; procurarei tratá-los com um ar modestamente alegre para os consolar
e edificar; falar-lhe-eis como a meus senhores. [...] Terei paciência; [...]
Procurarei não sair do meu dever e prestar-lhe-ei o respeito e a consideração
que estou obrigada”. (Conf. 02/08/1640, pág. 20)
Com: Esta é uma oração missionária que integra a vida: tentar
prever e considerar as ocupações do dia, os encontros ou as dificuldades e
tentar vê-las como Jesus as via, para vivê-las como Ele as vivia.
6ª Voz: A oração de um Missionário não é um tempo de fuga, nem de
êxtase, mas uma leitura de vida, um projeto de vida e do dia, segundo Jesus
Cristo e com Jesus Cristo.
Todas: Para São Vicente, o que contava na oração, era a resolução.
De fato, o mais importante, não era a maneira de entrar na oração, nem o modo
como nela ficar, era sobretudo o modo como dela sair para os pobres.
7ª Voz: “A oração de São Vicente e a que ele ensina é simples e
está impregnada das necessidades e das angústias dos pobres, pois a oração é
vida que se expressa na relação com os irmãos e irmãs”.
8ª Voz: “Não é preciso esforçar-se nem ficar inventando palavras
elevadas e sonoras. Deus nos ouve e nos entende muito bem, sem necessidade de
palavra. Ele vê os nossos corações, conhece o nosso íntimo e com um doce e
amoroso impulso cuida de nós” (SV XI, 222-223).
9ª Voz: “Buscai a Deus em vós. Buscai-O na vossa alma. Buscai-O na
vossa alma, como em sua morada agradável; é aí que seus servos procuram colocar
todas as virtudes em prática”.
10ª Voz: “É preciso ter vida interior e tender para alcançá-la; se
falhamos nisso, falhamos em tudo”.
Todos: “Busquemos a vida interior, fazendo com que Jesus Cristo
reine em nós”. (SV XII, 130-132)
v
Palavra
de Deus: I Jo 5, 14-15
v
Momento
de Interiorização e Partilha:
ü
Nossa oração revela abandono e confiança na
Providência Divina?
ü
Transformamos nossa oração em vida?
Com: “Oração é vida e vida feliz. Quem
vive para servir, quem reza para servir, é alegre, é feliz, porque todas as
suas ações são prazerosas” (SL). Que nossa
oração nos coloque no coração de Deus sem jamais nos tirar da realidade em que
vivemos.
Canto: À Família Vicentina (CD Uma
História de 100 anos – Curitiba – Faixa 10)
De São Vicente nós cantamos a
ação
Que no Evangelho buscou
inspiração.
Suas raízes campesinas bem
humildes
Fê-lo fiel, sensível, sempre o
bom irmão.
É Vicente, Vicente de Paulo
O grande apóstolo da caridade.
Na oração e na ação
Somos família realizando uma
missão. (bis)
Em Santa Luísa , mulher tão
caridosa
O materno e o feminino se
revelam,
Sua ternura e ousadia se traduzem
Na fidelidade e no amor à
Companhia.
É Luísa de Marillac!
Mulher presente na história.
Na oração e na ação
Somos família realizando uma
missão. (bis)
Pai Nosso, Ave Maria e Bênção
Final.
"Senhor, mandai bons operários à vossa Igreja,
mandai missionários, como convém que sejam, para que trabalhem de modo eficaz
na vossa vinha; pessoas, meu Deus, desapegadas de si mesmas, das suas
comodidades e dos bens terrenos. Não importa se em pequeno número, contato que
sejam bons. Senhor, concedei esta graça à vossa Igreja".
(São Vicente de Paulo)
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