1. O LÍDER DO GRUPO: Falar da liderança do grupo é falar da pessoa ou de pessoas que exercem notada influência sobre os membros do grupo. Não se trata portanto, de um assessor ou simplesmente do coordenador do grupo.
Trata-se de um ou mais integrantes que influem de maneira acentuada na
dinâmica do grupo, exercendo, portanto, uma liderança que arrasta ou aglutina
os demais integrantes. Devido a essa influência, acontece, quase sempre, que os
líderes exercem a função de coordenador do grupo.
O LÍDER se caracteriza pelas
qualidade e capacidade de ajudar o grupo a integrar-se, unir-se, entender-se,
perseverar e realizar seus projetos e objetivos. Uma boa liderança trata de
valorizar todas as pessoas que integram o grupo, apoiá-las sem impor-se,
questionar e incentivar a comunicação e participação.
O líder não é aquele que
nasce para ser líder. Este é um conceito, uma idéia da sociedade do passado,
onde o líder era aquele que tinha sangue azul, era rodeado de mistério,
distante. O verdadeiro líder é aquele que, no seu grupo, trabalha para que
todos se transformem em líderes.
Constatamos aqui algumas
situações que desafiam a experiência de liderança, hoje:
O contexto social incentiva
mais lideranças dominadoras e paternalistas do que lideranças animadoras e
libertadoras.
Certas estruturas de grupos
levam, muitas vezes, o líder a: impor programação, centralizar funções.
domesticar e alienar as pessoas.
Por isso, muitos líderes se
sentem inseguros e sem habilidade para: planejar e avaliar com o grupo,
distribuir adequadamente funções e tarefas, envolver o maior número de pessoas
na ação, animar uma experiência de ação tranformadora, incentivar um processo
de educação na fé, unindo história da salvação e história da humanidade.
GRILO
NA CUCA:
- Você como líder, já
descobriu outras lideranças no seu grupo?
- Que dificuldade sente
para descubrí-las?
- Você sabe aproveitar
essas lideranças?
2. TIPOS DE LÍDERES: A formação de
bons líderes é uma das chaves para o bom andamento do grupo. Muitos grupos não
crescem e outros acabam morrendo por causa de falsas lideranças ou falta de
lideranças. Há muitas maneiras de entender este assunto. Vamos começar falando
de três tipos de líderes falsos.
Líderes Falsos: A) Líder Ditatorial:
O líder ditatorial é a
pessoa que segura todo o poder em sua mão. É ele quem planeja e pensa tudo,
determina tudo. Os membros do grupo são peças de uma máquina. Ele aperta o
botão e todos se mexem. Se uma peça não serve, ele tira e coloca outra. Ninguém
precisa ter idéias próprias. É melhor não pensar, porque se pensar pode pensar
diferente do líder e assim atrapalhar o funcionamento do grupo. Um jovem
comenta: "Quando ele fala pau é pau,
pedra é pedra. Ai de quem discordar".
Este tipo de líder,
geralmente, é uma pessoa que se destacava pela inteligência, pela agilidade
intelectual, pelo poder de convencer e por seu orgulho. Facilmente enrolha o
grupo, manipulando e usando os membros para que realizem o que ele pensou e
preparou.
O grupo, quando vê diminuída
sua participação nas decisões, começa a desintegrar-se e a desanimar. Diante
dessa situação o líder ditatorial acaba tornando-se ainda mais verticalista,
centralizador e dominador, justificando esta sua atitude, dizendo que o grupo é
passivo, desmotiva e sem iniciativa. Num grupo assim, muitas pessoas acabam se
frustrando por verem tolhida sua criatividade e suas chances de participação.
B) Líder Paternalista:
O líder paternalista também
faz tudo, pensa tudo, determina tudo. É o "papai"
que quer fazem tudo para seus "filhinhos". Ele acha que os membros do grupo ainda
não têm a capacidade de decidir e por isso têm que ser protegidos e tratados
como crianças.
Este tipo de líder é pior
que o líder ditatorial porque, pela afetividade, ele amarra as pessoas a si.
Cria no grupo a imagem de "chefe
bondoso". Forma pessoas dependentes e impede o surgimento de novos
líderes. Forma pessoas para a domesticação e não para a libertação. Cria uma
dependência infantil. Tira dos participantes a chance de enfrentarem os
problemas que vão aparecendo.
Muitas pessoas tornam-se
líderes paternalistas para não sofrerem as críticas do grupo. É comum que o
grupo divida-se em panelinhas, uns a favor do "líder bonzinho" e outros contra. Isto desgasta muito o
grupo, cansa e desanima, além de tirar o grupo de seu verdadeiro objetivo que é
lutar pela libertação, como Jesus Cristo fez.
C) Líder Liberal:
Este tipo de líder também é
muito prejudicial para o amadurecimento do grupo. O líder liberal costuma
esconder sua confusão e seu pouco sentido de vida e da JMV debaixo da máscara
liberal. Para ele tudo está bom, contanto que o grupo faça algo que está bem.
Cada um deve saber o que quer e o que veio buscar no grupo, cada um deve saber
do que gosta, cada um deve saber o que lhe cabe no grupo. Então, para que
esquentar a cabeça?
Para ele é coisa odiosa
exigir, avaliar, cobrar uma programação. Um grupo que tem um líder de tipo
liberal é, em geral, em grupo desorientado, que não sabe bem por que é que o
grupo existe, o com que finalidade as pessoas se reúnem em grupo.
As reuniões são bons
bate-papo, mas não passam disto. Reuniões não planejadas não levam a nada. É
muito difícil avaliar o progresso de um grupo que, no mais das vezes, começa a
andar em círculo, sem ir para frente. O sinal de que este líder é rejeitado é a
grande rotatividade dos membros nos grupos e até mesmo a morte do grupo.
GRILO
NA CUCA
- Você conhece algum
grupo onde funciona algum dos líderes falsos?
- Que fazer quando
encontrar alguma pessoa deste tipo em uma comunidade?
- Você se identifica com
algum tipo de líder acima? Em que ponto?
3. LÍDER DEMOCRÁTICO:
Recordemos um pouco: é
preciso deixar de lado esta idéia de que o verdadeiro líder já nasce com uma
estrela na testa. Esta maneira mágica de explicar um líder é tipicamente
capitalista e serve muito bem para explicar aquela idéia de que uns nascem para
mandar e outros para obedecer. É em cima desta idéia que se justifica, muitas
vezes, a nossa sociedade de classes: pobres e ricos.
Portanto, o líder não é
aquele que brilha mais, que é bom de papo, que tem mais talento ou que se
apresenta melhor. Líder é simplesmente aquele que se dedica mais ao grupo do
que os outros. É a pessoa que está disposta a sacrificar-se, a dedicar seu
tempo a serviço dos outros para que estes estejam livres e sujeitos da
história. Neste sentido, todas as pessoas podem ser líderes cada um é líder no
campo diferente.
Nós queremos privilegia
aquele líder evangélico que é respeitado porque sua autoridade vem justamente
do fato de servir mais aos outros. O testemunho de sua vida dá critérios às
suas convicções. Queremos entender a liderança como um serviço prestado ao
grupo, através do grupo à Igreja povo-de-Deus, ambos em busca de libertação.
O
verdadeiro líder é aquele que em seu grupo trabalha para que todos se
transformem em líderes. Líderes formando líderes.
Podemos dividir em três os
vários líderes democráticos:
A) Líder Profético: Também chamado
líder intelectual, pensador objetivo. É a pessoa que tem facilidade para
entender o ideal do grupo. Sua contribuição se concretiza principalmente nas
idéias que lança, abrindo perspectivas novas para o grupo. Sua força é a
habilidade intelectual. Define, esclarece, recolhe informações, submete a prova
as contribuições dos demais, critica, apresenta dados objetivos e comprovados,
traz argumentos lógicos, analisa, corrige. Sua visão de futuro obriga-o a
questionar o jeito de ser do grupo hoje, chamando a atenção para o perigo das "panelinhas", o perigo quando
o grupo não tem ação, não transforma e quando os membros não sabem responder à
pergunta: "Para que serve o nosso
grupo?"
O líder profético tem
consciência crítica bem desenvolvida. Sua presença no grupo é indispensável
porque muitos não sabem ainda interpretar os fatos que acontecem ao seu redor.
O líder profético costuma desconfiar das soluções imediatistas.
O líder profético pode
tornar-se mais cabeça que coração. Corre o risco de rejeitar ou dispensar as
emoções, os sentimentos, os afetos, e de ironizar os atos "irracionais". Teme agressão e luta aberta, porque vê
nisso perda de tempo. Pode tornar-se chato. O líder profético necessita dar
conta de seus sentimentos e desenvolver mais a sua capacidade de amar e lutar.
É principalmente neste campo que não é característica sua, que ele precisa da
ajuda dos outros e de um esforço pessoal mais consciente.
B) Líder de Coesão: Também chamado de
lutador tenaz. É o líder que se preocupa com a união do grupo, da comunidade.
Preocupa-se com o diálogo, a amizade, a compreensão. Claro, todos os tipos de
líderes precisam desta qualidade. Mas o líder de coesão tem mais facilidade de
captar os problemas humanos do grupo e contribuir para a sua solução. Ele
harmoniza e alivia tensões. Ajuda o grupo a ser realista e aterrizar. Aparece
pouco, mas influencia muito, porque seu trabalho é feito em silêncio. Sabe
escutar. Para alguns grupos esses são líderes de segunda classe, como se sua
contribuição não fosse tão necessária. As vezes são até confundidos com pessoas
passivas e apáticas. O líder de coesão corre o risco de tornar-se sentimental.
Suas armas são a compreensão, a amizade, a aceitação, o louvor. Necessita de
estímulo, firmeza, coragem e risco para não ficar acomodado.
Há no grupo, os líderes que
abrem caminhos e atrás caminham os líderes de coesão para os outros caminharem
melhor. O líder de coesão nesses tempos difíceis é absolutamente necessário num
grupo. Primeiro porque ajuda um grupo a dar testemunho de Igreja, vivendo o
"grupo", e segundo porque com sua habilidade e diplomacia, vai
conquistando espaço dentro da Igreja e da sociedade, sem arrebentar tudo.
C) Líder Prático: Também chamado de
ajudante amigo. Muitas vezes é este tipo de líder que coordena o grupo. Tem
grande capacidade de organizar e planejar a ação e de ajudar na formação do
grupo e dos grupos da comunidade. Gosta da luta, provoca conflitos, abre
caminhos, controla, dirige e, às vezes, chega a dominar o grupo. Nunca trabalha
sozinho. Gosta de descobrir novos líderes que o substitua. Ele parte ara abrir
novas frentes.
Suas armas são: a
disciplina, a organização, a iniciativa, a eficácia. Distribui funções e delega
poder de decisão. Tem por lema "nunca fazer as coisas que os outros podem
fazer". Por sua dedicação comunica entusiasmo e esperança aos outros. É
exigente consigo e cobra os compromissos assumidos pelos demais membros. Sua
grande capacidade de escutar os outros faz com que ele tenha facilidade de
propor "saídas" quando o grupo está em situação difícil.
O líder prático corre o
risco de tornar-se agressivo, dominador, incompreensível e impaciente com a
lentidão do grupo. Necessita da compreensão do grupo para aprender a valorizar
mais o calor humano, o afeto. Nem tudo se resolve na garra e no esforço.
Então...
Quase sempre muitos membros
do grupo entram num desses tipos de liderança. Não podemos continuar colocando
uniforme de líder em algumas pessoas só porque elas se enquadram direitinho
dentro de um modelo de líder descrito em um manual. Muitos membros dos grupos
por aí são líderes. Podemos dizer até que todas as pessoas são, de certa forma,
líderes, enquanto tem uma vocação específica a realizar. A JMV se torna cada
dia mais democrática onde não há mais lugares para líderes "carismáticos" e autoritários, capazes de carregar a
comunidade nas costas. Muitos são líderes e cada pessoa líder o é no tipo de
serviço que presta no grupo, em busca de libertação.
É raro uma mesma pessoa
reunir as características desses três tipos de líderes em grau eminente.
Normalmente se destaca numa delas. O bom entrosamento dos diferentes tipos de
liderança leva o grupo a ser dinâmico, a harmonizar a união e vitalidade
interna, com dinamismo da ação apostólica. Num grupo maduro cada líder
complementa outro.
GRILO
NA CUCA
1 - Que tipo de líder você é no grupo:
profético, prático, de coesão?
2 - Por que acha isto?
4. CRISES DE LIDERANÇA:
Todo grupo em processo de
amadurecimento atravessa situações críticas que podem deixar com saldo a rotina
por acomodação, a morte por desintegração, ou então o crescimento por superação
da crise.
Em relação aos grupo que
entram em crise por falta de liderança, podemos citar que isso ocorre quando os
próprios integrantes não permitem o surgimento de líderes ou não sabem
descobrí-los, ativá-los. Outras vezes a falta de lideranças atuantes é causada
pela repressão do líder que coordena ou pela repressão vinda de fora.
Entretanto é preciso atender
para um tipo de crise que tem por causa a luta entre os lideres. Quando surgem
dois ou três que lutam pelo poder do grupo, vão reunindo em torno de si seus
adeptos, formando subgrupos competitivos, vulgarmente chamado de panelinhas ou chacrinhas. Ocorre mais facilmente quando se trata do mesmo tipo de
liderança, por exemplo, de tipo lutadores ou dois pensadores.
Outras vezes é o caso de um
líder açambarcar o poder no grupo não permitindo que lideranças de outros tipos
venham a complementar sua influência sobre os integrantes. Monopoliza o poder e
faz sombra aos demais. Estes, na sombra começam a isolá-lo e a destruí-lo pela
crítica e abandoná-lo pelos ataques que vêm de fora, taxando-o de radical ou desequillibrado.
Não conseguem valorizar sua contribuição típica e lhe fazem guerra.
Em
consequência, aparecem as divisões no grupo ou o afastamento do líder. Não só
esta sai frustrado e magoado, mas o próprio grupo se enfraquece e sai
patinando.
GRILO
NA CUCA
1 - Seu grupo já teve alguma dessas crises?
2 - Procurou ver as causas? O que fez para
superá-las?
5. DEFEITOS E
QUALIDADES DO LÍDER:
Abaixo temos algumas
qualidades (características) que merecem mais um pouco de atenção. É uma
síntese do que já foi dito, mas não é o esgotamento do assunto. Existem mais
coisas sobre liderança, existem mais características. Vejamos:
A)
Defeitos do Líder:
- Lutar pelo
poder no grupo, reprimindo o surgimento de outras lideranças.
- Dominar o
grupo impondo sua vontade.
- Acambarcar
as decisões e a ação no grupo deixando os outros na sombra.
- Anular as
iniciativas os integrantes do grupo.
- Ser
ativista, sem tempo para refletir, questionar, acolher, fazer revisão.
- Marcar os
outros, sem deixar-se marcar por eles.
- Gerar dependências,
sem admitir sua dependência dos demais.
- Queimar
etapas no processo de crescimento do grupo.
- Centralizar
tudo em si, deixando o grupo confuso, quando ausente.
- Desconhecer
o processo de dinâmica dos grupos.
- Desconhecer
que num grupo há pessoas com qualidades diferentes.
- Projetar-se
como sendo mais importante no grupo que os outros.
- Satisfazer-se
com sua realização pessoal sem se preocupar com que os outros sintam-se
também realizados.
B)
Qualidades do Líder:
- Aceitar as
contribuições dos outros, analisando-as com vistas à sua aplicação.
- Deixar
cargos e funções para outros, para exercitarem e expressarem.
- Ir ao
encontro dos interessados do grupo.
- Tomar
decisões em conjunto.
- Estimular a
participação de todos, partilhando responsabilidade, êxitos e fracassos.
- Crescer com
os participantes, sem ser o dono do grupo ou da verdade.
- Não querer
marcar época e perpertuar-se com realizações fantásticas.
- Falar na
hora certa e escutar sempre com o desejo de captar o outro.
- Ter
objetivos claros ou clareá-los com todo o grupo.
- Perseverar
na conquista dos objetivos, também nas dificuldades.
- Informar aos
demais do que se passa.
- Questionar
sem fazer-se juiz dos outros.
- Mobilizar e
impulsionar o grupo para novas conquistas e realizações.
- Provocar a
coesão, a união, a continuação do grupo, mesmo na sua ausência.
GRILO
NA CUCA:
1.
Assinale alguns
desses defeitos e qualidades (ou acrescente outros) que você acha possuir e
diga por que?
2.
Acrescente outros
defeitos e qualidade que não estão aí?
Os
Dez Mandamentos de um Bom Coordenador
1.
Ter visão do objetivo do grupo:
* saber em que direção deve
caminhar o grupo.
2.
Entender de metodologia:
* metodologia de trabalho
que faz com que o coordenador e os outros descubram as pistas concretas para
chegar ao objetivo previsto.
* é paciente. Não é
imediatista. Entende que o processo de reflexão-ação, teoria-prática, é um
processo lento.
3.
Saber conduzir uma reunião:
* cuidar para o grupo não se
desviar do tema.
* ter a arte de fazer
perguntas para fazer a todos falarem e participarem.
* saber manter-se em
silêncio. Guarda seus "cartuchos"
para concluir o assunto.
* anota as idéias mais
importantes num caderno para não ficarem esquecidas, e as retoma na conclusão.
4.
Ser bom cobrador:
* a cobrança desperta senso
de responsabilidade. Faz o grupo levar a sério as decisões tomadas.
* valoriza todos os passos
dados e o que foi feito.
5.
Saber controlar o tempo:
* cronometrar o tempo para
as diversas partes da reunião. Avançar no horário só com o pedido e a aprovação
do grupo.
* o coordenador deve dar
exemplo de pontualidade e começar na hora marcada, mesmo com poucos membros. A
insistência na pontualidade cria ambiente de seriedade e responsabilidade.
6.
Ter boa capacidade de organização:
* planejamento,
acompanhamento e avaliação crítica. Nunca trabalhar sozinho, sempre em equipe:
decisões devem ser tomadas em grupo e as funções devem ser distribuídas e
cobradas.
* a avaliação deve ser
preparada: ver passos táticos, estratégicos e objetivos.
7.
Saber despertar novas lideranças:
* o coordenador deve saber
despertar novas lideranças. Ter capacidade de colocar as pessoas certas nos
lugares certos.
* perceber os talentos das
pessoas e aproveitá-los. Trabalhar sobretudo essas lideranças naturais.
* o bom coordenador faz
fazer e não faz tudo pelos outros.
8.
Dar testemunho de vida coerente:
* o líder arrasta os outros
mais pelos exemplos de vida do que pelos conhecimentos teóricos que possui.
9.
Ter empatia:
* deve sentir quando alguém
está sendo deixado de lado e não está participando. Deve ser sensível a tudo o
que acontece no grupo. Os bate-papos fora das reuniões são muito importantes
para isso.
10.
Ser entusiasmado:
* o entusiasmo é como uma
doença contagiosa.
* seja otimista.
COORDENAR
NÃO É MANDAR... É ORDENAR COM. Um bom coordenado é elemento chave num grupo. O
grupo tem uma porção de opiniões a manifestar, um quantidade de coisas a
executar, e o coordenador é escolhido para coordenar essas necessidades. É um
participante do grupo com a função de expressar sua unidade, unir.
6. Formação de Lideranças:
Como se forma um líder?
Talvez seja um pergunta que está dentro de cada um. Recordemos que o líder não
nasce. Ele se faz.
A formação se dá, em
primeiro lugar, através daquelas mesmas atividades fundamentais que são a
expressão da vida do grupo: a convivência, a reflexão, a oração, o compromisso
transformador da realidade, enfim, a caminhada do grupo.
Alguns passos podem ajudar o
líder a ser cada vez mais animador da caminhada do grupo. Citamos algumas
dessas oportunidades de formação que estão contribuindo para muitas pessoas se
habilitarem na liderança.
a) Participar de encontros
de formação, cursos de aprofundamento, retidos, etc, para ajudar no
amadurecimento da fé.
b) Participar
sistematicamente dos encontros e reuniões paroquiais, regionais, ou em outros
níveis conforme as convocações. Não perder oportunidades. Com isso se faz um
melhor entrosamento e organização da JMV. As experiências de outros grupos
enriquecem muito.
c) Visitas a outros grupos e
a outros líderes, inclusive com a participação de outros membros do grupo
também.
d) Conversa pessoal com
membros do grupo para trocar idéias e experiências, aprofundar amizade e
relacionamento, etc.
e) Participar de reuniões e
encontros promovidos pelo próprio grupo. De maneira particular de encontros de
reflexão bíblica.
f) Sempre que puder estudar,
ler, adquirir algum material que possa ajudar no exercício da liderança, no
conhecimento da Bíblia, da Igreja e da realidade.
Os momentos mais fortes de
formação são aqueles em que o líder e outras pessoas do grupo aprofundam seus
objetivos, avaliam em profundidade suas opções, refletem sobre seu papel no
processo de transformação das condições de vida do povo, realizam sua prática
transformadora, celebram a esperança do Reino que irrompe progressivamente nos
espaços de justiça e amor, abertos pelas ações dos grupos na comunidade.
Finalizando esta parte de
formação de liderança, lembramos que você, como líder, tem como principal
tarefa e missão formar outros líderes... preparar seus substitutos. Do
contrário o grupo nunca cresce e nunca surgirão outros líderes porque
faltou-lhes oportunidade.
GRILO
NA CUCA:
1.
Qual a principal
dificuldade que seu grupo sente quando se fala em formação de liderança?
2.
Como superar
essas dificuldades?
3.
Que iniciativas
são necessárias para aprofundar a formação dos membros do grupo e sobretudo das
lideranças?
Equipes
de Representantes da Pastoral da Juventude
Setor Colorado
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