sexta-feira, 22 de setembro de 2023

22 de setembro Bem-aventurado Henrique Pedro Gonzálbez Andreu Mártir



O Bem-aventurado Henrique Pedro Gonzalbez Andreu nasceu em Cartagena, Espanha, em 16 de julho de 1910.

Ingressou na Associação dos Filhos de Maria, hoje conhecida como Juventude Mariana Vicentina aos 19 anos, com uma boa formação cultural e muito boas qualidades que os padres formadores da Associação souberam cultivar. Ele era tabelião e escrevia muito bem. Em El Eco de la Milagrosa, 23 de seus artigos foram preservados. Em agosto de 1932, ele escreveu: “Nossa fé cresce com a perseguição e é avivada pelo abuso e pela injustiça

Ele tinha grande preocupação com os problemas sociais e religiosos, seguindo a Doutrina Social da Igreja e as encíclicas dos Papas. Enviado pela Associação, frequentou cursos e entrou em contato com o que viria a ser o Cardeal Herrera Oria e com a Associação Nacional dos Propagandistas. Ele era um jovem de grandes ideais sobre Deus, a religião católica e o país. Participou do II Congresso da Juventude Católica Espanhola que teve lugar em Santander. Toda essa doutrina foi divulgada na Associação e na imprensa.

Em 1936 seus pais não viviam mais. Seus irmãos, cientes do perigo, fizeram o possível para escondê-lo, mas foi tudo inútil. Eles também foram perseguidos. Gonzálbez foi preso em 19 de agosto. Lá ele encontrou os dois companheiros de martírio: Allepuz e Ardil e, a partir deste momento, os três amigos sofreram o mesmo destino. O fólio 221 dos autos do julgamento inclui a notificação ao condenado da pena de morte. Impressiona a excelente caligrafia das assinaturas dos três fiéis, o que denota o pulso firme que mantiveram em momentos tão difíceis. Era um domingo, 20 de setembro de 1936.

No mesmo dia, numa nota a lápis que seus irmãos guardam como relíquia, ele lhes diz: “Aos que estão em casa: sei que vocês conhecem a sentença proferida contra mim. Estou tranquilo e peço-lhe que não se desespere, confie em Deus, como eu confio, e ore a Ele por minha vida e se não for apropriado, pela salvação de minha alma. Antes que algo aconteça, teremos que nos encontrar, pois estamos aguardando que o juiz nos autorize a entrevistar nossas famílias. Um abraço para todos. Pedrin”. Para o encontro com o Senhor, na madrugada do dia 22 de setembro de 1936, foi colocada a Medalha Milagrosa com o cordão azul e branco da Associação. Um dos disparos do piquete militar perfurou o metal da medalha. É mais uma das preciosas relíquias que a família conserva.

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