quinta-feira, 16 de março de 2023

Novena Vocacional Vicentina em Honra a São José 2023



Tema: A exemplo de São José, chamados a assumir nossa vocação como Graça e Missão.

" ...para pedir a Deus pelos méritos e as orações de São José, [...] que envie bons operários para a Companhia, a fim de trabalhar na sua vinha”. São Vicente de Paulo, V, 1720

 

 

Sinal da Cruz, Invocação do Espírito Santo.

Canto

Hino do Ano Vocacional

(Letra: Dom Pedro Britto / Música: Pe. Wallison Rodrigues) 


1. Subiremos a montanha, qual Jesus.

Passaremos dia e noite em oração.

Ouviremos o Senhor a nos chamar

A uma nova estação vocacional.

E o convite pra com Ele hoje estar

Numa Igreja toda ela sinodal.

 

Emaús é aqui, onde arde o coração!

Emaús é aqui, onde os pés se moverão!

Emaús é aqui, com graça e oração!

 

2. Desceremos da montanha, com Jesus.

Trilharemos o caminho de Emaús,

A procura de irmãos crucificados,

A uma nova estação vocacional.

Aquecer os corações desconsolados,

Numa Igreja toda ela sinodal.

 

Emaús somos nós, uma Igreja em saída,

Emaús somos nós, juventudes reunidas.

Emaús somos nós, no cuidado com a vida!

3. Abriremos nossos olhos, em Jesus,

Quando Ele nos falar ao coração.

Mesa pronta, pão partido e partilhado,

Por uma nova estação vocacional,

Ele está e ficará ao nosso lado,

Numa Igreja toda ela sinodal.

 

Emaús é assim: Despertar a multidão!

Emaús é assim: Discernir a vocação!

Emaús é assim: Como graça e missão!

 

4. E seremos missionários, qual Jesus,

Indo em busca destas novas gerações,

Com Maria, pelos campos e cidades,

Por uma nova estação vocacional.

No Espírito formar comunidades,

Numa Igreja toda ela sinodal.

 

Emaús é aqui: Ao levar consolação.

Emaús somos nós, Onde houver desolação.

Emaús é assim: Uma graça e vocação!


 

 

 

Oração Inicial para todos os dias

 

Oração do III Ano Vocacional do Brasil

Senhor Jesus, enviado do Pai e Ungido do Espírito Santo, que fazeis os corações arderem e os pés se colocarem a caminho, ajudai-nos a discernir a graça do vosso chamado e a urgência da missão.

Continuai a encantar famílias, crianças, adolescentes, jovens e adultos, para que sejam capazes de sonhar e se entregar, com generosidade e vigor, a serviço do Reino, em vossa Igreja e no mundo.

Despertai as novas gerações para a vocação aos Ministérios Leigos, ao Matrimônio, à Vida Consagrada e aos Ministérios Ordenados.

Maria, Mãe, Mestra e Discípula Missionária, ensinai-nos a ouvir o Evangelho da Vocação e a responder com alegria.

Amém!

São José: Rogai por nós.

 

Oração Final para todos os dias

 

Oração Pelas Vocações Vicentinas

"Senhor, mandai bons operários à vossa igreja, mandai missionários e missionárias, como convêm que sejam, para que trabalhem de modo eficaz na vossa vinha; pessoas, meu Deus, desapegadas de si mesmas, das suas comodidades e dos bens terrenos. Não importa se em pequeno número, contanto que sejam bons. Senhor, concedei esta graça à vossa Igreja." - São Vicente de Paulo (cf. Coste, XI, 357).

São Vicente de Paulo: Rogai por nós!

 

 

 

 

 

 

 

APRESENTAÇÃO

A Igreja no Brasil está vivenciando o 3º Ano Vocacional que tem como tema: “Vocação, Graça e Missão” e lema: “Corações ardentes, pés a caminho”. Nesta motivação apresentamos a novena vocacional vicentina em honra a São José, patrono da Igreja e padroeiro das vocações.

São José foi chamado por Deus para a missão de ser o pai adotivo de Jesus e companheiro de Maria. Sua missão foi constantemente colocada à prova pelos desafios assumidos ao ser o guardião da Sagrada Família. Mas, possuindo um coração que ardia pela missão de obedecer ao chamado de Deus, seguiu com coragem e colocou os pés a caminho num contínuo progresso de discernimento da vontade de Deus e da sua própria vocação.

São Vicente de Paulo não hesitava em recorrer a São José para alcançar a proteção em momentos de dificuldades e para que surgissem mais vocações missionárias para a Igreja. " ...para pedir a Deus pelos méritos e as orações de São José, [...] que envie bons operários para a Companhia, a fim de trabalhar na sua vinha”. SV, V, 1720.

Por isso, queremos que essa novena seja um momento rico de oração e reflexão em família e em comunidade, pedindo a Deus, por intercessão de São José, para que assumamos a graça da nossa vocação, sempre com os corações ardentes e os pés a caminho.

 

 

Pe. Allan Júnio Ferreira, CM

Serviço de Animação Vocacional Vicentino.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Primeiro dia: São José, vocacionado do Pai

 

Leitor 1: Na origem de toda genuína vocação, está um encontro decisivo com o Senhor, pois não basta ser informado do que outros dizem, é preciso encontra-lo e vislumbrá-lo nos caminhos da História (Texto Base, n. 22).

Leitor 2: São José experimentou em sua vida esse encontro decisivo com o Senhor, mesmo que, por vezes, se sentisse inseguro quanto ao seu chamado. As dúvidas e as incompreensões fazem parte do discernimento vocacional, cabe a cada um de nós confiar no chamado que Deus nos faz, colocando tudo o que somos em suas mãos.

Evangelho: Mt 1, 18-21

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

Segundo dia: São José, vocação que é con-vocação

 

Leitor 1: É bom lembrar, também, que toda vocação é con-vocação, ou seja, somos chamados a caminhar juntos no seguimento do Mestre e no empenho pessoal e conjunto de manifestar sua presença no mundo – configurados e conformados a Ele – sendo portadores de vida e esperança, mesmo em tempos sombrios como estes que ora atravessamos. Somos chamados e chamadas a ser povo de Deus, discípulos missionários e discípulas missionárias, para servir com alegria. (Texto Base, n. 22).

Leitor 2: São José foi chamado e, sobretudo, convocado por Deus para assumir a sua vocação. Essa convocação não é imposição, mas um projeto de vida e salvação que impulsiona a pessoa a assumir com a alegria o seu chamado. Em São José vemos essa prontidão, uma ação que se traduz no serviço generoso ao Reino de Deus.

Evangelho: Mt 1, 22-25

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

 

 

 

 

Terceiro dia: São José, escuta e contemplação dos mistérios de Deus

 

Leitor 1: A vocação é dom, é graça. A Igreja, e consequentemente cada um de nós, participa respondendo ao dom recebido de forma gratuita e generosa. Todos são presenteados por Deus com sua vocação. (Texto Base, n. 32).

Leitor 2: São José fez da sua vida um diálogo com Deus no silêncio. Não temos, nas Sagradas Escrituras, falas desse grande homem que soube ouvir a voz de Deus através dos sinais, sonhos e acontecimentos da história. O que temos são narrativas que nos mostram o quanto São José experimentou a graça de Deus em sua vida no cotidiano da sua missão de pai.

Evangelho: Lc 2, 10-18

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

Quarto dia: São José, missionário com os pés a caminho

 

Leitor 1: Para (o papa) Francisco, assumir um estilo missionário é fazer que a mensagem do Evangelho “chegue realmente a todos sem exceções nem exclusões” (EG, n. 46). “Igreja em saída” é, antes, uma Igreja que sai da comodidade dos seus templos para ir ao encontro do outro, mas é também uma igreja capaz de abrir suas portas para acolher todos aqueles que queiram entrar. (Texto Base, n. 160)

Leitor 2: A missão como peregrinação, estar em constante movimento e em saída, é uma marca de São José. O protetor da Sagrada Família não media esforços para cumprir a Lei de Deus, deslocando-se com sua família por longos caminhos. Também foi ágil em entender os riscos que corriam e se pôs logo a caminho para uma terra estrangeira, onde poderiam viver em segurança, mas também testemunhar o amor e a misericórdia de Deus que é para todos os povos e nações.

Evangelho: Mt 2, 13-15

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

 

 

 

Quinto dia: São José, a vocação para o trabalho

 

Leitor 1: Por meio do Decreto Apostolicam Actuositatem, o Concílio Vaticano II evidencia o papel dos cristãos leigos e leigas para a vida e a missão da Igreja e fala de sua vocação ao apostolado. Por apostolado o Concílio entende toda a atividade que ordene o mundo para Cristo. Por este caminho, a Igreja reconhece a importância da vocação de cada batizado, que, de diversas maneiras, coloca-se a serviço de maneira ativa, participando do Corpo de Cristo. Assim toda vocação cristã é, sem dúvida, vocação ao apostolado. (Texto Base, n. 30).

Leitor 2: Na humilde carpintaria em Nazaré, São José educou e transmitiu o seu ofício ao seu filho Jesus. Foi em um lugar simples, em uma cidadezinha do interior e no seio da família, que o menino crescia em sabedoria, estatura e graça. As famílias são verdadeiras igrejas domésticas, chamadas a ser lugar de acolhida, oração e cuidado.

Evangelho: Mt 13, 53-56

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

Sexto dia: São José, em constante discernimento

 

Leitor 1: Jesus chama. O chamado de Jesus ao seu seguimento é uma ação amorosa de Deus, é graça transformadora. Não depende dos méritos, dos estudos, da instrução própria ou da família, nem das riquezas, como nos mostra o chamado aos pescadores. Não acontece por sermos bons no que fazemos, sequer por sermos os melhores. [...] O chamado se dá apenas pelo amor gratuito de Deus, que deseja libertar, perdoar, salvar e plantar em toda parte as sementes do mundo novo, o Reino de Deus. (Texto Base, n. 101).

Leitor 2: Vocação é, também, discernir os sinais dos tempos, avaliar as situações com os olhos de Deus e tomar uma decisão madura e coerente. O chamado de Deus a São José não cessou quando ele disse o seu sim para ser o pai adotivo de Jesus, mas a sua vida foi um constante discernimento, alimentado pela sua justiça e pela fé em Deus que o chamara.

Evangelho: Mt 19-23

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

Sétimo dia: São José, reflexo do amor de Deus pela humanidade

 

Leitor 1: A oração é um espaço para voltar a escutar Jesus, sua voz, seu chamado. Uma voz que também é presença, Cristo vivo. Por isso, é preciso abrir-se a ela, com coração dócil e orante, permitir que Jesus nos desafie e nos chame a uma mudança real de vida. (GeE, n.66). [...] O amor é sempre fecundo e nosso interlocutor é amor. Para Santa Teresa a oração é diálogo e amizade de amor, é “um trato de amizade com quem sabemos que nos ama” (Livro da Vida, 8, 5). (Texto Base, n. 111).

Leitor 2: Na experiência de fé de São José, certamente havia o espaço para a oração pessoal e comunitária. Sua experiência orante e filial fez dele o patrono da Igreja A oração é esse diálogo de amor de Deus pela humanidade. Os alicerces da vocação de São José podem ser entendidos pela sua fidelidade e intimidade com Deus na oração.

Evangelho: Lc 2, 27b-33.39

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

Oitavo dia: São José, coração de Pai

 

Leitor 1: É na vocação da família cristã que Deus começa a transmitir o seu amor a todos os seus. O Matrimônio cristão como sinal do amor de Cristo pela sua Igreja torna-se porta ordinária da entrada do amor de Deus na família. Por isso, é necessário sempre o acompanhamento desta vocação, principalmente pelas equipes vocacionais e por todas as pastorais que, de alguma forma, acompanham os jovens que desejam esta graça. Isso porque o amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja (AL, n.88). (Texto Base, n. 201).

Leitor 2: Quando contemplamos a imagem da Sagrada família, Jesus, Maria e José, vemos o cuidado e o carinho de Deus por todas as famílias. São José cuidou, protegeu e guiou a Sagrada Família, assumindo assim a sua vocação de Pai. O coração paterno de José deixou marcas em Jesus, que ficou conhecido como “o filho do carpinteiro” e crescia sendo “obediente aos seus pais”.

Evangelho: Lc 2, 41-52

·        — O Senhor esteja convosco!

·        — Ele está no meio de nós!

·        — Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

·        — Glória a vós, Senhor.

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando o menino completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que o menino estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à procura dele. Três dias depois, encontraram o menino no Templo. Estava sentado no meio dos doutores, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com a inteligência de suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram emocionados. Sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que você fez isso conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura”. Jesus respondeu: “Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar na casa do meu Pai”? Mas eles não compreenderam o que o menino acabava de lhes dizer.

Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles. E sua mãe conservava no coração todas essas coisas. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e graça, diante de Deus e dos homens.

·        Palavra da Salvação.

·        Gloria a vos, Senhor!

 

Silêncio. Oração e partilha:

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Hoje, gostaria de refletir sobre um homem muito especial que é um modelo para todas as famílias hoje: São José. No Evangelho de Lucas, encontramos um episódio que nos ajuda a entender a importância desse grande santo em nossas vidas. É a passagem em que José e Maria procuram Jesus por três dias, depois de perdê-lo em Jerusalém.

O Evangelho nos diz que Jesus, aos doze anos, acompanhava seus pais na festa da Páscoa em Jerusalém. Após a celebração, quando voltavam para Nazaré, Jesus ficou para trás no templo, sem que seus pais percebessem. Quando finalmente notaram a ausência do menino, José e Maria ficaram desesperados e começaram a procurá-lo por toda a cidade.

Depois de três dias de busca incansável, encontraram Jesus no templo, conversando com os doutores da lei. José e Maria ficaram maravilhados com a sabedoria de seu filho e perguntaram-lhe por que ele havia feito isso com eles. Jesus respondeu que precisava estar na casa de seu Pai.

Nessa passagem, vemos o coração de pai de São José em ação.

1.     Ele era um homem que amava sua família e faria tudo por eles.

2.     Quando percebeu que seu filho estava desaparecido, não hesitou em procurá-lo, mesmo que isso significasse caminhar por três dias seguidos.

3.     José não ficou irritado com Jesus por tê-los deixado, mas sim (ficou) maravilhado com sua sabedoria de Jesus

Além disso, São José era um homem de fé profunda e grande confiança em Deus.

Quando Jesus explicou que precisava estar na casa de seu Pai, José entendeu que Deus tinha um plano para seu filho, e que ele precisava confiar nesse plano, mesmo que não o compreendesse totalmente.

Esses traços de São José são um modelo para todas as famílias hoje.

1.     José nos ensina a importância do amor, da paciência e da confiança em Deus.

2.     Ele nos mostra que devemos estar dispostos a fazer sacrifícios pelos nossos entes queridos e que devemos sempre colocar nossa fé em Deus, mesmo nos momentos mais difíceis.

Assim, que possamos seguir o exemplo de São José em nossas vidas.

1.     Que possamos ser pais e mães amorosos, pacientes e confiantes em Deus.

2.     E que, acima de tudo, possamos ensinar nossos filhos a amar a Deus e a confiar em sua vontade, assim como São José ensinou Jesus.

Que Deus abençoe a todos nós e nossas famílias. Amém.

 

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

Live do 8º Dia da Novena com Pe. Allan, e convidado especial, Pe. Cleber.

 

Nono dia: São José, vida configurada aos pobres

 

Leitor 1: Discernir o chamado nos abre a solidariedade humana, na mesa em que todos somos irmãos, compreendemos que ninguém pode ficar de fora, quem está dentro deve permanecer no amor e quem está fora deve ser atraído pelo testemunho fraterno daqueles que estão ao redor da mesa. [...] Além do mais, “é necessário evitar a separação entre culto e misericórdia, liturgia e ética, celebração e serviço aos irmãos”. Aquele que partilha do pão que dá vida ao mundo (Jo 6, 51), deve nutrir no seu coração esse sentimento que gera uma atitude concreta de serviço ao próximo, em um incessante: viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10, 33-34). (Texto Base, n. 187).

Leitor 2: “Nesta vocação somos muito semelhantes a Jesus Cristo que, a meu ver, vindo ao mundo, tinha por finalidade principal assistir os pobres e cuidar deles (‘O Senhor me enviou para anunciar o Evangelho aos pobres’). Se perguntássemos a Nosso Senhor: ‘Que vieste fazer na terra?’ ─ ‘Assistir os pobres’. ─ ‘O que mais?’ ─ ‘Assistir os pobres’, etc.” SV, XI, 86

Evangelho: Jo 1, 43-46

Silêncio. Oração e partilha.

Pai Nosso. Ave Maria. Glória ao Pai

 

 

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