Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai Celeste que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho Redentor do mundo que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois Deus, tende piedade de nós.
São Vicente de Paulo, homem de fé inquebrantável, rogai por nós!
são Vicente de Paulo, exemplo de esperança, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, imbatível nos combates da Vida, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, testemunho insigne da Caridade, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, contemplativo na ação, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, audacioso e prudente, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, compassivo e misericordioso, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, evangelizador dos Pobres, rogai por nós! S
ão Vicente de Paulo, missionário ardente de zelo apostólico, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, defensor da Justiça e da paz, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, consolador dos enfermos, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, pai dos órfãos, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, protetor das crianças maltratadas, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, socorro dos prisioneiros, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, amparo das vítimas de guerra, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, promotor dos leigos, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, organizador do serviço dos Pobres, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, formador e modelo dos padres, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, fundador da Associação Internacional de Caridades, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, Fundador da Congregação da Missão, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, fundador da Companhia das Filhas da Caridade, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, renovador do clero e da vida consagrada, rogai por nós!
São Vicente de Paulo, patrono universal das obras de Caridade, rogai por nós!
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a Paz.
Oremos Pai misericordioso e justo, que nos deste a Jesus Cristo, Evangelizador dos Pobres, concedei-nos, pela força do Espírito Santo, sermos filhos e filhas dignos e seguidores e seguidoras de São Vicente de Paulo, gastando nossa vida na evangelização libertadora de nossos irmãos e irmãs, os Pobres. Nós te pedimos por Jesus Cristo Pobre, missionários dos Pobres. Amém
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor." (Lc 4, 18-19)
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
JESUS, NOSSO IDEAL!
Além do Sacramento, ão Vicente nos ensina a ver Jesus no Próximo, no Pobre! Enxerguemos mais além, e praiquemos a graça de Deus na vida de nossos irmãos que mais necessitam.
Digamos SIM ao projeto de Deus em nossa vidas e Sejamos só Dele! Amém!!!
Digamos SIM ao projeto de Deus em nossa vidas e Sejamos só Dele! Amém!!!
terça-feira, 8 de julho de 2008
ANO PAULINO
ANO PAULINO
28 de junho de 2008 – 29 de junho de 2009
O Papa Bento XVI, na véspera da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, em 28 de junho de 2007, anunciou oficialmente a celebração de um Ano Jubilar dedicado a São Paulo, que começou no dia 28 de junho de 2008 e concluirá no dia 29 de junho de 2009, por ocasião dos dois mil anos do nascimento do Apóstolo dos Gentios.
Evidentemente o Apóstolo São Paulo é a figura mais relevante depois de Jesus Cristo no Novo Testamento. O Objetivo principal que se propõe o Pontífice ao fazer esta convocatória do Ano Paulino é centrar a atenção dos fiéis na personalidade singular do Apóstolo dos Gentios, em suas ações apostólicas, em suas viagens missionárias e na grande riqueza doutrinal de suas cartas.
São Paulo nasce entre os anos 7 e 10 d.C., na cidade de Tarso – daí ser chamado Paulo de Tarso – na província romana de Cilícia (Ásia Menor Meridional, atual Turquia). Paulo é de família judaica, da tribo de Benjamim, e até receber o nome romano de Paulo, era chamado por seu nome hebraico de Saulo. Tarso era uma cidade universitária, de governo e de comércio. Ainda jovem é enviado pelos pais para estudar em Jerusalém tendo como mestre Gamaliel, chefe do Sinédrio e um dos mais famosos mestres de teologia rabínica e da Torá (At 22,3). Assim, torna-se muito culto, conhecedor de todo o Antigo Testamento. Paulo foi um perseguidor de cristãos e sua conversão acontece exatamente numa perseguição aos cristãos da cidade de Damasco: iria trazê-los de volta a Jerusalém, para serem julgados. E no caminho de Damasco ocorre uma cena que modifica toda a sua vida: Cristo Ressuscitado lhe aparece para lhe confiar uma missão especial: «Este homem é para mim instrumento de eleição para levar meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos filhos de Israel» (At 9,15). E toda sua vida será doravante a favor de Cristo. Paulo foi quem criou a comunicação escrita para o Novo Testamento e foi aquele que mais escreveu e é conhecido hoje por suas cartas ou epístolas (Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemon e pelos Atos dos Apóstolos.
Repassemos rapidamente alguns anos importantes na vida desse Apóstolo de Jesus Cristo. No ano 33 d.C, Saulo é cúmplice do martírio de Estêvão: primeiro mártir cristão. No ano 34 d.C, acontece a grande transformação na vida de Saulo. Trata-se da sua conversão a caminho de Damasco (At 9,1ss.; 22,6-11). Entre os anos 46-48 d.C, Paulo está em Antioquia, onde pela primeira vez os seguidores de Jesus são denominados cristãos (At 11,19-26). Daí, junto com Barnabé e, posteriormente com o evangelista Marcos, Paulo realiza sua primeira viagem missionária. No ano 50 d.C Paulo, juntamente com Barnabé e Tito, então pagão, vai a Jerusalém, para se encontrar com São Pedro e os outros apóstolos (At 15,1-5). Expõem tudo o que Deus tinha operado, entre os gentios, por meio deles (Gl 2,1-10), e declaram-se contrários a que os novos convertidos, vindos do paganismo, sejam circuncidados. “Então os apóstolos e os anciãos se reuniram para tratar desse assunto” (At 15,6). Assim, acontece o Concílio de Jerusalém, lembrado na história da Igreja como o primeiro Concílio Ecumênico.
Nos anos 49-52 d.C, Paulo, após o Concílio de Jerusalém, volta a Antioquia junto com Barnabé e apresenta as decisões do Concílio e reavalia a caminhada feita. Posteriormente, separa-se de Barnabé, escolhe Silas como companheiro, e desloca-se para outras regiões. Tem também consigo a companhia de Lucas e tem início a sua segunda viagem missionária (At 15,39).
Acompanhado por Lucas, Timóteo, Priscila e Áquila, Paulo inicia a sua terceira viagem missionária, entre os anos 53-57 d.C. Entre as muitas cidades pelas quais eles passam, destaca-se a Galácia, Frígia e Éfeso. Nesta viagem Paulo ainda vai à Macedônia e à Cesaréia. Encerra esta terceira viagem missionária preparando-se para ir até Jerusalém (At 18,17-23).
Nos anos 59-62 d.C, Paulo é feito prisioneiro em Jerusalém e Cesaréia (At 21,17-26ss.). O ano 60 é marcado pela viagem de Paulo a Roma e o naufrágio em Malta. No ano 61 Paulo chega em Roma, provavelmente entre os meses de março/abril e fica preso – em liberdade vigiada – até fins do ano 63 d.C. No ano 64 d.C é libertado.
A tradição nos diz que ele foi até a Espanha (Rm 15,28) e, depois, reviu as comunidades da Ásia Menor, antes de regressar a Roma. Foi aí, em Roma, que ocorreu a sua segunda prisão e o seu martírio, provavelmente no ano 67 d.C.
O nome Paulinos e Paulinas, vem do apóstolo Paulo, que foi o santo escolhido pelo nosso Fundador, o Bem-aventurado Tiago Alberione, como protetor de nossas Congregações: Pia Sociedade de São Paulo (Padres e Irmãos Paulinos) e Pia Sociedade Filhas de São Paulo (Irmãs Paulinas). O nosso nascimento (fundação) data de 20 de agosto de 1914 e o delas de 15 de junho de 1915. Ambos na Itália. Temos a mesma missão na Família Paulina, na Igreja e no mundo (estamos presentes nos cinco continentes): anunciar o Evangelho através dos modernos e eficazes meios de comunicação social. Nossas fundações no Brasil datam do ano de 1931: os Paulinos em 20 de agosto e as Paulinas em 21 de outubro. Foram as nossas primeira fundações no exterior, Brasil, e ambas na cidade de São Paulo.
O Bem-aventurado Tiago Alberione, “rezou muito antes de colocar as nossas Congregações – e toda a Família Paulina fundada por ele: Paulinos, Paulinas, Discípulas do Divino Mestre, Pastorinhas, Apostolinas, Anunciatinas, Gabrielinos, Jesus Sacerdote, Santa Família, Cooperadores Paulinos – sob a proteção de São Paulo. Ele queria um santo que se destacasse em santidade e ao mesmo tempo fosse exemplo de apostolado”. O Fundador chega a afirmar que foi o próprio São Paulo quem desejou que a Família Paulina se pusesse sob o nome e o título de São Paulo: “Todos devem considerar só São Paulo Apóstolo como pai, mestre, modelo e fundador. Ele o é de fato. Por ele – a Família Paulina – nasceu; ele a alimentou e fê-la crescer; dele aprendeu o espírito”.
São Paulo afirma na sua Carta aos Gálatas (cf. Gl 1,11-20) que o Evangelho que ele anuncia não é resultado de conhecimento humano. Ele não o recebeu e nem o aprendeu de nenhum homem: é revelação de Jesus Cristo. Isso vem confirmado nos Atos dos Apóstolos: “Este homem, afirma Jesus, é para mim instrumento de eleição pora levar meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos filhos de Israel” (At 9,15).
São Paulo está convencido de que foi Jesus quem o chamou pela sua graça para anunciar a mensagem do Evangelho a todos os povos: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho! Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim, mas uma necessidade que se me impõe” (1Cor 9,16). São Paulo acreditou plenamente no chamado de Jesus naquele meio-dia na estrada de Damasco: de perseguidor dos cristão transforma-se em Apóstolo de Jesus Cristo. Ele não fez cálculos matemáticos sobre o chamado. Não pôs limites à ação de Deus nele. Não buscou certezas absolutas, porque elas não existem. Não buscou respostas que garantissem seu futuro, porque elas também não existem. Ele acreditou em si mesmo e sabia que doravante seria “apóstolo por vocação (Rm 1,1) e escolhido para anunciar o Evangelho de Deus (1Cor 1,1) pela vontade de Deus (2Cor 1,1).
Sua fidelidade ao Evangelho foi plena e não conheceu limites de sorte alguma. Escrevendo ao seu colaborador Timóteo, ele afirma: “(...) Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. Esse é o meu Evangelho, por causa do qual sofro, a ponto de estar acorrentado como um malfeitor. Mas a Palavra de Deus não está algemada” (2Tm 2,8-10).
Ao longo de seu ministério apostólico, Paulo, enfrentou inúmeras dificuldades. Escrevendo aos Coríntios ele afirma o que suportou por causa do Evangelho de Jesus Cristo: “fadigas, prisões, açoites, perigo de morte, flagelado, apedrejado, naufraguei, alto mar, viagens, perigos (rios, ladrões, irmãos de raça, pagãos, cidade, deserto, mar, falsos irmãos), cansaço, sono, fome, sede, jejuns, frio” (2Cor 11,23-28).
Quando finalmente sentiu que o fim de sua vida e missão se aproximavam, entregou-se generosamente nas mãos de Deus, certo de que havia lutado com firmeza, constância e fidelidade por Cristo de quem aguardava a recompensa merecida aos justos. E assim ele se despede: “Quanto a mim, meu sangue está para ser derramado em libação, e chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a fé. Agora só me resta a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me entregará naquele dia; e não somente para mim, mas para todos os que tiverem esperado com amor a sua manifestação” (2Tm 4,6-8).
Assim como quis o nosso Bem-aventurado Fundador, Tiago Alberione, homem de Deus que dedicou toda a sua vida – faleceu aos 87 anos – ao anúncio do Evangelho a todos os povos, no espírito do Apóstolo São Paulo, nós, Família Paulina, seguimos os seus passos no hoje da nossa história. Que a Família Paulina jamais deixe de ser em tempo algum “São Paulo vivo hoje”: para isso ela nasceu e existe! Que nos ouvidos e corações de seus muitíssimos membros espalhados pelos cinco continentes ressoem as palavras sempre atuais do Pe. Tiago Alberione: “Filhas e Filhos de São Paulo, acolhei com alegria a herança do Pai, de São Paulo: sua sabedoria, seu conselho, seus exemplos de todas as virtudes, seu espírito de piedade, seu zelo por todas as almas, por todos os povos”.
Oxalá o Ano Paulino seja para cada um de nós um estímulo a mais para seguir aprofundando no conhecimento de São Paulo e assimilar seu zelo apostólico em anunciar Jesus Cristo Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida aos homens e mulheres de nosso tempo com a cultura da comunicação.
Pe. Antônio Lúcio, ssp
segunda-feira, 23 de junho de 2008
VOCAÇÕES VICENTINAS
Convite Vocacional!...
João Paulo II disse: "Nosso mundo começa o novo milênio carregado com as contradições de um crescimento econômico, cultural e tecnológico que oferece a poucos afortunados grandes possibilidades e deixa milhões e milhões de pessoas não só à margem do progresso, mas envoltos em condições de vida muito inferiores ao mínimo que é devido à dignidade humana" (Novo Millenio Ineunte, p. 50)
Pelo batismo recebemos a missão de seguir Jesus Cristo, anunciando seu Evangelho de Amor e Justiça. De diversos modos, somos chamados a viver nossa fé em Jesus Cristo, trabalhando na construção de um mundo de justiça e solidariedade, de paz e amor. São Vicente de Paulo soube viver esta sua missão assumida no batismo, descobrindo e servindo a Cristo presente nos pobres abandonados e excluídos! Seu grande e atual testemunho constitui um caminho aberto, pelo qual um legião de pessoas, ontem e hoje, encontraram e encontram inspiração para seu seguimento a Cristo.
* Você que ainda não faz parte da Família Vicentina não gostaria de encaminhar seu seguimento a Cristo no serviço aos pobres, fazendo parte de um dos ramos da Família Vicentina?
* Você que já faz parte da Família Vicentina e ainda não definiu sua vocação específica, não gostaria de aprofundar seu seguimento a Cristo, consagrando toda sua vida ao serviço dos pobres, numa congregação de inspiração vicentina?
a) SE VOCÊ DESEJAR PARTICIPAR DA FAMÍLIA VICENTINA, COMO LEIGO/A CRISTÃO/A ATUANTE NA IGREJA E NA SOCIEDADE, VOCÊ PODERÁ SE DIRIGIR À ( endereços de alguns ramos leigos)
· Sociedade de São Vicente de Paulo (Conferências Vicentinas, para adultos, jovens, adolescentes e crianças): procure informar-se como participar das conferências vicentinas, na igreja católica mais próxima de sua residência;
Conselho Nacional do Brasil Rua Riachuelo, 75 20230-010 Rio de Janeiro RJ
· Juventude Marial Vicentina (para jovens), informe-se nos seguintes endereços:
Pastoral Vocacional JMV Rua Manoel Ribas, 02 80510-120 Curitiba PR
Pastoral Vocacional JMV Rua Dr. Satamini, 333 20270-233 Rio de Janeiro RJ
Pastoral Vocacional JMV Rua Henrique Dias, 208 50070-140 Recife PE
Pastoral Vocacional JMV Av. Desembargador Moreira, 2211 60170-002 Fortaleza CE
Pastoral Vocacional JMV Rua Santa Rita Durão, 885 30140-111 Belo Horizonte MG
Pastoral Vocacional JMV Av. Senador Lemos, 825 66050-000 Belém PA
Pastoral Vocacional JMV Rua Henrique Dias, 208 50070-140 Recife PE
Pastoral Vocacional JMV Av. Desembargador Moreira, 2211 60170-002 Fortaleza CE
Pastoral Vocacional JMV Rua Santa Rita Durão, 885 30140-111 Belo Horizonte MG
Pastoral Vocacional JMV Av. Senador Lemos, 825 66050-000 Belém PA
· AIC - Associação Internacional de Caridades (só para as mulheres), no seguinte endereço:
AIC - Aldacy R. Nascimento (Pres. Nacional) Av. Getúlio Vargas, 2660 65025-001 São Luis MA
b) SE VOCÊ DESEJAR PARTICIPAR DA FAMÍLIA VICENTINA, COMO IRMÃO, COMO IRMÃ OU COMO PADRE CONSAGRADO, DENTRO DE UMA CONGREGAÇÃO DE INSPIRAÇÃO VICENTINA, VOCÊ PODERÁ SE DIRIGIR À: (endereços de algumas congregações de inspiração vicentina)
· Congregação da Missão (padres e irmãos missionários vicentinos - "lazaristas) nos seguintes endereços:
Pastoral Vocacional Vicentina Rua São Vicente de Paulo, 300 60352-060 - FORTALEZA CE
Pastoral Vocacional Vicentina Rua Cachoeira do Campo, 66 30480-180 - BELO HORIZONTE MG
Pastoral Vocacional Vicentina Rua Jaime Reis, 531 80510-010 - CURITIBA PR
Pastoral Vocacional Vicentina Rua Cachoeira do Campo, 66 30480-180 - BELO HORIZONTE MG
Pastoral Vocacional Vicentina Rua Jaime Reis, 531 80510-010 - CURITIBA PR
· Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo (irmãs vicentinas), nos seguintes endereços:
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Rua Manoel Ribas, 02 80510-120 Curitiba PR
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Rua Dr. Satamini, 333 20270-233 Rio de Janeiro RJ
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Rua Henrique Dias, 208 50070-140 Recife PE
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Av. Desembargador Moreira, 2211 60170-002 Fortaleza CE
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Rua Santa Rita Durão, 885 30140-111 Belo Horizonte MG
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Av. Senador Lemos, 825 66050-000 Belém PA
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Rua Dr. Satamini, 333 20270-233 Rio de Janeiro RJ
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Rua Henrique Dias, 208 50070-140 Recife PE
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Av. Desembargador Moreira, 2211 60170-002 Fortaleza CE
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Rua Santa Rita Durão, 885 30140-111 Belo Horizonte MG
Pastoral Vocacional Filhas da Caridade Av. Senador Lemos, 825 66050-000 Belém PA
· Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo (irmãos e padres), nos seguintes endereços:
Rua Guaraniaçu, 64, CEP:51340-060, UR2, Ibura, Recife/PE
Pça Senador Dinarte Mariz, s/nCEP 59290-000, Centro, São Gonçalo do Amarante/RN
· Congregação das Irmãs de SVP "Servas dos Pobres" de Gysegem (irmãs vicentinas de Gysegem), nos seguintes endereços:
Irs. de SVP "Servas dos Pobres" de Gysegem Rua do Sucre, 453 69051-590 Campo Grande MS
Irs. de SVP "Servas dos Pobres" de Gysegem Alameda Barros, 538 01232-000 São Paulo SP
Irs. de SVP "Servas dos Pobres" de Gysegem Alameda Barros, 538 01232-000 São Paulo SP
· Congregação de Maria Reconciliadora (irmãs), no seguinte endereço:
Irs. de Maria Reconciliadora Rua Eng. Columbano Eppingnaus, 145 17514-200 Marília SP
· Congregação dos Fráteres de N. S. Mãe da Misericórdia (irmão), no seguinte endereço:
PV Fráteres N.S. Mãe da Misericórdia Rua Anchieta, 646 30720-370 Belo Horizonte MG
· Congregação das Irmãs de N. S. Mãe da Misericórdia (irmãs), no seguinte endereço:
- Rua António Francisco de Lira,17 Centro - 55.845-000 Buenos Aires - Pe
- Rua Projetada, Heitel Santiago C.P. 25 - 58.300-970 Santa Rita - PB
· Congregação das Irmãs da Caridade sob o Patrocínio de SVP (irmãs), no seguinte endereço:
Irs. de Caridade sob Patrocínio de SVP Rua Bernardo de Vasconcelos, 26 84015-670 Ponta Grossa PR
· Instituto das Filhas de Maria Servas dos Pobres (irmãs), no seguinte endereço:
Filhas de Maria S. da Caridade Rua José de Alencar, 611 - Boa Vista 50070-030 Recife PE
ORAÇÃO DA FAMÍLIA VICENTINASenhor Jesus, Tu que te fizeste pobre, faze que tenhamos os olhos e o coração voltados para os pobres e que possamos reconhecer-Te neles; em sua sede, em sua fome, em sua solidão e em sua dor.
Suscita em nossa Família Vicentina A unidade, a simplicidade, a humildade E a chama de caridade Que inflamou o coração de São Vicente de Paulo.
Dá-nos a força para que, fiéis à prática dessas virtudes, Possamos contemplar-Te e servir-Te na pessoa dos pobres E um dia unirmo-nos a Ti e a eles no teu reino.
Amém
terça-feira, 3 de junho de 2008
COLOQUE-SE NAS MÃES DE DEUS.
Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém.
Se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família ela implorou:
"Pôr favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver..." Ele respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.
Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
"Você tem uma lista de mantimentos?"
"Sim", respondeu ela.
"Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos"
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo.
Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
"Eu não posso acreditar!".
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia:
Se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento. Pensando na necessidade da sua família ela implorou:
"Pôr favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver..." Ele respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.
Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher:
"Você tem uma lista de mantimentos?"
"Sim", respondeu ela.
"Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos"
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo.
Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado:
"Eu não posso acreditar!".
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia:
"Meu Senhor, o senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas mãos..."
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta e disse:
"Valeu cada centavo..."
Só mais tarde o comerciante pôde reparar que a balança havia quebrado, entretanto só Deus sabe o quanto pesa uma prece...
Autor desconhecido
Quando você estiver pensando que não tem mais jeito... É a hora de entregar nas mãos de Deus... Para ele não há limites...
Quando você estiver pensando que não tem mais jeito... É a hora de entregar nas mãos de Deus... Para ele não há limites...
domingo, 25 de maio de 2008
PADRES LAZARISTAS - CONGREGAÇÃO DA MISSÃO
domingo, 11 de maio de 2008
PREÂMBULO Pierre ChouardPresidente Geral de 1954 a 1969
A SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO NO MUNDO MODERNO
I – RECORDAÇÃO DAS FONTES
Retorno às origens da Sociedade de São Vicente de Paulo.Intenções primeiras, intenções de sempre
Em 1833, em Paris, Antônio Frederico Ozanam, então estudante com 20 anos de idade, e alguns jovens amigos sentiram com Emanuel Bailly, o mais idoso, a inspiração de se unirem para o serviço aos pobres, da maneira mais humilde e discreta, no âmbito de sua vida familiar e profissional de leigos.Sentiam, primeiramente, a necessidade de dar testemunho de sua fé cristã, mais por atos que com palavras. Consideravam como seus irmãos os infelizes, quaisquer que fossem eles e a espécie de seu sofrimento. Neles viam o Cristo sofredor. Amavam-nos como homens e como filhos de Deus. Neles reconheciam a dignidade de homens confrontados com o mundo e suas misérias, e também a dignidade daqueles aos quais, em primeiro lugar, é dado o Reino de Deus.Desde que entraram em contato pessoal com os pobres, perceberam que a caridade é inseparável das exigências da justiça. Na medida a seu alcance, reivindicaram-na para os pobres. Mas, se nem sempre é possível obter justiça aqui na terra, quiseram fazer, ao menos, o que dependia deles próprios, simples estudantes: dar, pessoalmente, aquilo que o mais pobre pode dar, a partilha do seu tempo, de seus modestos recursos, de sua presença, de seu diálogo, e tudo o que pode ser feito para tentar ajudar eficazmente. Partindo daí, pareceu-lhes que para compreender os pobres é preciso primeiramente ser pobre com eles.Assim vivida, aquela que ia tornar-se a Sociedade de São Vicente de Paulo, não podia senão chamá-los ao aprofundamento de sua vida espiritual.Viver em tal contato pessoal com os que sofrem, viver unidos em comum e com tal espírito, é a própria essência, o caráter original da Sociedade de São Vicente de Paulo. Para a época e da parte de leigos, a iniciativa de Ozanam e seus amigos exprimia uma antecipação profética. Aspiravam nas próprias fontes da Palavra de Deus e da tradição cristã.
Em 1833, em Paris, Antônio Frederico Ozanam, então estudante com 20 anos de idade, e alguns jovens amigos sentiram com Emanuel Bailly, o mais idoso, a inspiração de se unirem para o serviço aos pobres, da maneira mais humilde e discreta, no âmbito de sua vida familiar e profissional de leigos.Sentiam, primeiramente, a necessidade de dar testemunho de sua fé cristã, mais por atos que com palavras. Consideravam como seus irmãos os infelizes, quaisquer que fossem eles e a espécie de seu sofrimento. Neles viam o Cristo sofredor. Amavam-nos como homens e como filhos de Deus. Neles reconheciam a dignidade de homens confrontados com o mundo e suas misérias, e também a dignidade daqueles aos quais, em primeiro lugar, é dado o Reino de Deus.Desde que entraram em contato pessoal com os pobres, perceberam que a caridade é inseparável das exigências da justiça. Na medida a seu alcance, reivindicaram-na para os pobres. Mas, se nem sempre é possível obter justiça aqui na terra, quiseram fazer, ao menos, o que dependia deles próprios, simples estudantes: dar, pessoalmente, aquilo que o mais pobre pode dar, a partilha do seu tempo, de seus modestos recursos, de sua presença, de seu diálogo, e tudo o que pode ser feito para tentar ajudar eficazmente. Partindo daí, pareceu-lhes que para compreender os pobres é preciso primeiramente ser pobre com eles.Assim vivida, aquela que ia tornar-se a Sociedade de São Vicente de Paulo, não podia senão chamá-los ao aprofundamento de sua vida espiritual.Viver em tal contato pessoal com os que sofrem, viver unidos em comum e com tal espírito, é a própria essência, o caráter original da Sociedade de São Vicente de Paulo. Para a época e da parte de leigos, a iniciativa de Ozanam e seus amigos exprimia uma antecipação profética. Aspiravam nas próprias fontes da Palavra de Deus e da tradição cristã.
Enraizamento da Sociedade de São Vicente de Paulo na mensagem evangélica
Basta reler o Evangelho para encontrar a inspiração que animou a Sociedade de São Vicente de Paulo desde sua fundação. Em resumo: o Reino de Deus já está aí: os pobres, os pequenos aí estão e aí têm sido chamados os primeiros (Lc 6,20; Mt 5,3; Lc 18,15ss; 16,19-31). O Reino de Deus é o mandamento do amor, o coração da mensagem evangélica (Mt 22,34-40; Mc 12,28-33; Jo 13,34s). O testamento do Cristo é o amor fraterno vivido conjuntamente através do amor de Deus, e ele começa pelo serviço ao próximo (Jo 15,12-14). A caridade é universal e recíproca: os pobres servem os pobres, e também fazem esmola e seu testemunho é o mais alto (Mc 12, 41-44). O serviço aos pobres é o serviço ao próprio Cristo (Mt 25,34-36), esses pobres com os quais seremos sempre confrontados (Mt 26,11) e a quem nós serviremos com amor e justiça (Mt 23,23). Na vida de pobreza --- quer dizer, de partilha --- encontra-se a verdadeira fecundidade de nossa vida, de homens, assim como de cristãos (Lc 12,22-32).A história da cristandade ilustra a preocupação com a dignidade e com o serviço aos pobres: percebe-se, na obra universitária e literária de Ozanam, o lugar ocupado pelo testemunho de pobreza vivida com os pobres por São Francisco de Assis e o exemplo de incansável devotamento e de eficiência de São Vicente de Paulo, escolhido como patrono da Sociedade nascente.Os textos apostólicos desenvolvem essa mensagem: nós e os pobres, em primeiro lugar, somos filhos afetivos e herdeiros de Deus (Gal 4,7; Rom 8,15ss); esse estado introduz-nos na esperança (Rom 5,5) pela lei universal do amor (Gal 5,14; Rom 13,8; I Cor 13; I Jo 2,7-11 e 3,11-18) e esta atitude abre caminho ao diálogo e à reciprocidade da partilha entre irmãos, em caridade e em justiça, inseparavelmente (I Jo 3,10; Tg 5,1-4).
II – A VOCAÇÃO VICENTINA, CORAÇÃO DA UNIDADE DA SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO
A palavra vocação, empregada diversas vezes por Paulo VI, dirigindo-se à Sociedade de São Vicente de Paulo, exprime claramente a significação profunda da unidade, sentida de modo tão concreto por todos os seus membros.
A palavra vocação, empregada diversas vezes por Paulo VI, dirigindo-se à Sociedade de São Vicente de Paulo, exprime claramente a significação profunda da unidade, sentida de modo tão concreto por todos os seus membros.
Uma vocação, um apelo: o serviço direto aos pobres
Uma vocação, no sentido lato, é um chamamento da consciência esclarecida pela graça do Espírito Santo. Ter querido um dia experimentar vir a ser vicentino, é traduzir em atos uma conseqüência de nossa fé de cristãos: isto não é somente o chamamento absolutamente universal do Cristo ao espírito da caridade, é uma nota particular desse apelo: o desejo íntimo de participar pessoal e diretamente do serviço aos pobres por um contato de pessoa a pessoa, pelo dom pessoal de seu coração e de sua amizade e de fazê-lo numa comunidade fraternal de leigos animados pela mesma vocação.Existe uma infinidade de gradações e de modos para exprimir essa vocação: traduzi-la concretamente em atos, meditá-la, adaptá-la ao mundo diverso e em mudança, é a vida de cada vicentino, toda a vida da sociedade de São Vicente de Paulo.No início, ela exprimiu-se pela visita aos pobres em seu domicílio, considerada como o protótipo das atividades vicentinas. É preciso traduzir o seu sentido numa linguagem mais moderna: não se trata de contentar-se com “esmolas”, mas é necessário chegar ao diálogo pessoal com os desamparados, sem o menor traço de paternalismo, em atitude de confiança mútua, de respeito às pessoas, bem como ao lugar sagrado, que é o seu lar, de partilha da amizade e de reciprocidade dos serviços prestados e de todas as delicadezas do amor.Toda atividade caritativa, vivificada por tal atitude, pode ser considerada uma obra da Sociedade de São Vicente de Paulo.Esta vocação poderia ser vivida isoladamente, mas ela não é plenamente sentida e sustentada senão em certa comunidade: encontra-se aí a alegria de partilhar fraternalmente o mesmo ideal, o mais completo respeito à dignidade dos pobres, que são auxiliados anonimamente pelo grupo, do qual tanto o mais pobre como o mais pobre como o mais rico podem ser agentes.
Uma vocação, no sentido lato, é um chamamento da consciência esclarecida pela graça do Espírito Santo. Ter querido um dia experimentar vir a ser vicentino, é traduzir em atos uma conseqüência de nossa fé de cristãos: isto não é somente o chamamento absolutamente universal do Cristo ao espírito da caridade, é uma nota particular desse apelo: o desejo íntimo de participar pessoal e diretamente do serviço aos pobres por um contato de pessoa a pessoa, pelo dom pessoal de seu coração e de sua amizade e de fazê-lo numa comunidade fraternal de leigos animados pela mesma vocação.Existe uma infinidade de gradações e de modos para exprimir essa vocação: traduzi-la concretamente em atos, meditá-la, adaptá-la ao mundo diverso e em mudança, é a vida de cada vicentino, toda a vida da sociedade de São Vicente de Paulo.No início, ela exprimiu-se pela visita aos pobres em seu domicílio, considerada como o protótipo das atividades vicentinas. É preciso traduzir o seu sentido numa linguagem mais moderna: não se trata de contentar-se com “esmolas”, mas é necessário chegar ao diálogo pessoal com os desamparados, sem o menor traço de paternalismo, em atitude de confiança mútua, de respeito às pessoas, bem como ao lugar sagrado, que é o seu lar, de partilha da amizade e de reciprocidade dos serviços prestados e de todas as delicadezas do amor.Toda atividade caritativa, vivificada por tal atitude, pode ser considerada uma obra da Sociedade de São Vicente de Paulo.Esta vocação poderia ser vivida isoladamente, mas ela não é plenamente sentida e sustentada senão em certa comunidade: encontra-se aí a alegria de partilhar fraternalmente o mesmo ideal, o mais completo respeito à dignidade dos pobres, que são auxiliados anonimamente pelo grupo, do qual tanto o mais pobre como o mais pobre como o mais rico podem ser agentes.
Uma motivação, uma finalidade
A fonte da vocação vicentina é, ao mesmo tempo, humana e divina: é a angústia sentida ante o espetáculo da miséria de outro ser humano, a reação espontânea de simpatia: é até a indignação diante das injustiças sofridas por nosso próximo. É também a atitude do cristão impregnada pela palavra de Deus, vivendo da esperança do mistério pascal da Ressurreição, portadora dessa mensagem que contém toda a fraternidade humana pelos que suportam sua cruz, pela fé nesse mistério da presença do Cristo nos pobres.A finalidade é o socorro humano aos infelizes, no cuidado com a realização de seu destino de homens; é, também, pelas únicas vias interiores da graça e do testemunho, a salvação comum na participação do Reino de Deus.
A fonte da vocação vicentina é, ao mesmo tempo, humana e divina: é a angústia sentida ante o espetáculo da miséria de outro ser humano, a reação espontânea de simpatia: é até a indignação diante das injustiças sofridas por nosso próximo. É também a atitude do cristão impregnada pela palavra de Deus, vivendo da esperança do mistério pascal da Ressurreição, portadora dessa mensagem que contém toda a fraternidade humana pelos que suportam sua cruz, pela fé nesse mistério da presença do Cristo nos pobres.A finalidade é o socorro humano aos infelizes, no cuidado com a realização de seu destino de homens; é, também, pelas únicas vias interiores da graça e do testemunho, a salvação comum na participação do Reino de Deus.
III – O ENGAJAMENTO VICENTINO E A REGRA VICENTINA
Toda vocação conduz a um engajamento, isto é, a uma adesão absolutamente livre a certo gênero de vida, definido por certa regra, escrita ou não escrita. Para quem sentiu a vocação para o serviço pessoal aos pobres, com uma preocupação de vida em comum e também com a firme convicção de seu estado de leigo engajado nos negócios deste mundo, ingressar na Sociedade de São Vicente de Paulo é o compromisso que dá corpo a essa vocação. Uma vocação não seguida pelo engajamento é vocação sem efeito, vocação perdida.O engajamento vicentino não é, de modo algum, voto constrangedor, pois nada é mais livre. Mas é ato sério: aprende-se a reconhecer e a experimentar que o encontro com os pobres e com os vicentinos, que se dedicam a seu serviço, é enriquecedor.Em geral, quem atende à vocação vicentina e vive-a lealmente por esse engajamento numa Conferência de São Vicente de Paulo, mesmo que venha um dia a retirar-se, permanece modificado por aquilo que viveu, disponível aos mais desprovidos e preocupado em humanizar as relações ameaçadas de anonimato no seio do mundo atual.Todo compromisso supõe a adoção de uma regra. Aqui a Regra é o antigo Regulamento, mas rejuvenescido, simplificado. É a expressão densa e concisa do espírito que a anima. A Regra nada é sem esse espírito, e o próprio espírito tem necessidade da Regra para garantir a unidade.
Toda vocação conduz a um engajamento, isto é, a uma adesão absolutamente livre a certo gênero de vida, definido por certa regra, escrita ou não escrita. Para quem sentiu a vocação para o serviço pessoal aos pobres, com uma preocupação de vida em comum e também com a firme convicção de seu estado de leigo engajado nos negócios deste mundo, ingressar na Sociedade de São Vicente de Paulo é o compromisso que dá corpo a essa vocação. Uma vocação não seguida pelo engajamento é vocação sem efeito, vocação perdida.O engajamento vicentino não é, de modo algum, voto constrangedor, pois nada é mais livre. Mas é ato sério: aprende-se a reconhecer e a experimentar que o encontro com os pobres e com os vicentinos, que se dedicam a seu serviço, é enriquecedor.Em geral, quem atende à vocação vicentina e vive-a lealmente por esse engajamento numa Conferência de São Vicente de Paulo, mesmo que venha um dia a retirar-se, permanece modificado por aquilo que viveu, disponível aos mais desprovidos e preocupado em humanizar as relações ameaçadas de anonimato no seio do mundo atual.Todo compromisso supõe a adoção de uma regra. Aqui a Regra é o antigo Regulamento, mas rejuvenescido, simplificado. É a expressão densa e concisa do espírito que a anima. A Regra nada é sem esse espírito, e o próprio espírito tem necessidade da Regra para garantir a unidade.
IV – A SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO E SUAS CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS
Uma associação profundamente fraternal
Desde seus primeiros encontros, os fundadores da Sociedade de São Vicente de Paulo sentiram tal conforto nessa experiência de vida comum, que se consideram verdadeiramente “irmãos” e instituíram o costume de se reencontrarem, com grande alegria, uma vez por semana. Em nossos dias, um mínimo de assiduidade e de regularidades das reuniões, continua essencial.A afeição mútua, a igualdade fraternal no seio da Conferência, como entre todas as Conferências do mundo, fazem da Sociedade de São Vicente de Paulo verdadeira “família” humana e espiritual, aberta a todos os que aspiram à sua vocação própria.
Desde seus primeiros encontros, os fundadores da Sociedade de São Vicente de Paulo sentiram tal conforto nessa experiência de vida comum, que se consideram verdadeiramente “irmãos” e instituíram o costume de se reencontrarem, com grande alegria, uma vez por semana. Em nossos dias, um mínimo de assiduidade e de regularidades das reuniões, continua essencial.A afeição mútua, a igualdade fraternal no seio da Conferência, como entre todas as Conferências do mundo, fazem da Sociedade de São Vicente de Paulo verdadeira “família” humana e espiritual, aberta a todos os que aspiram à sua vocação própria.
Uma família de leigos cristãos
É uma associação de leigos (sem que isto exclua os seminarista, religiosos, ou padres que queiram participar da vida vicentina). Vivem no mundo, assumem encargos e responsabilidades. Suas origens são de extrema diversidade: jovens ou idosos, sem a menor distinção de riqueza ou de limitações, não importa qual seja a condição social, étnica ou nacional. Basta que se entendam sobre a mesma finalidade e compartilhem suas experiências e sua preocupação comum de servir aos pobres.São homens ou mulheres, solteiros, casados, viúvos, ou mesmo casais iluminando seu lar pelo amor ao próximo.As características jurídicas deste estatuto de sociedade de leigos foram reconhecidas por diversos Papas, assim como pelos decretos e constituições conciliares do Vaticano II, acentuando que a Caridade é o pilar de todo o apostolado, colocando no mesmo ato o destaque sobre o lugar das obras caritativas na Igreja.A Sociedade de São Vicente de Paulo estabelece livremente suas regras, elege seus responsáveis com toda independência, administra o seu patrimônio de maneira autônoma.Mas trata-se de leigos cristãos: a estrutura da Sociedade está em harmonia com sua unidade na fé cristã; de batizados, filhos adotivos de Deus pela redenção realizada por Cristo, membros de seu Corpo Místico, que é a Igreja Católica, aí se encontra o sentido profundo de sua fraternidade, de seu amor aos pobres, de seu apego à hierarquia. Embora independentes dela, como membros de um grupo de leigos, testemunharam-lhe uma fidelidade ainda mais espontânea do que se lhe fossem ligados juridicamente.Nesse clima de liberdade, é de tradição prestar conta da atividade vicentina ao Papa, ao Bispo, ao Pároco e estar sempre prontos a associar a ação do Movimento à das organizações eclesiais que o desejem. Jamais a intimidade de tais relações foi desmentida e não se desmentirá, pois mais do que na “lei”, é no “espírito” que ela está inscrita. A Igreja tão bem o sentiu na cúpula, que jamais cessou de renovar sua confiança na Sociedade de São Vicente de Paulo.
É uma associação de leigos (sem que isto exclua os seminarista, religiosos, ou padres que queiram participar da vida vicentina). Vivem no mundo, assumem encargos e responsabilidades. Suas origens são de extrema diversidade: jovens ou idosos, sem a menor distinção de riqueza ou de limitações, não importa qual seja a condição social, étnica ou nacional. Basta que se entendam sobre a mesma finalidade e compartilhem suas experiências e sua preocupação comum de servir aos pobres.São homens ou mulheres, solteiros, casados, viúvos, ou mesmo casais iluminando seu lar pelo amor ao próximo.As características jurídicas deste estatuto de sociedade de leigos foram reconhecidas por diversos Papas, assim como pelos decretos e constituições conciliares do Vaticano II, acentuando que a Caridade é o pilar de todo o apostolado, colocando no mesmo ato o destaque sobre o lugar das obras caritativas na Igreja.A Sociedade de São Vicente de Paulo estabelece livremente suas regras, elege seus responsáveis com toda independência, administra o seu patrimônio de maneira autônoma.Mas trata-se de leigos cristãos: a estrutura da Sociedade está em harmonia com sua unidade na fé cristã; de batizados, filhos adotivos de Deus pela redenção realizada por Cristo, membros de seu Corpo Místico, que é a Igreja Católica, aí se encontra o sentido profundo de sua fraternidade, de seu amor aos pobres, de seu apego à hierarquia. Embora independentes dela, como membros de um grupo de leigos, testemunharam-lhe uma fidelidade ainda mais espontânea do que se lhe fossem ligados juridicamente.Nesse clima de liberdade, é de tradição prestar conta da atividade vicentina ao Papa, ao Bispo, ao Pároco e estar sempre prontos a associar a ação do Movimento à das organizações eclesiais que o desejem. Jamais a intimidade de tais relações foi desmentida e não se desmentirá, pois mais do que na “lei”, é no “espírito” que ela está inscrita. A Igreja tão bem o sentiu na cúpula, que jamais cessou de renovar sua confiança na Sociedade de São Vicente de Paulo.
Uma Sociedade de espírito jovem
Fundada por jovens e para jovens, cuja fraternidade se prolonga durante a vida inteira, o espírito de juventude é uma característica original e permanente da Sociedade de São Vicente de Paulo. Ela foi gravada desde o começo no Regulamento e aí permanecerá. Mas é também o ponto sobre o qual é mais necessário estar vigilante, pois a juventude do corpo se desvanece em cada um e é preciso renová-la constantemente no nível do coração e do pensamento.O espírito de juventude é o dinamismo, o entusiasmo, a projeção no futuro. É a aceitação generosa dos riscos, é a imaginação criadora, quer dizer, acima de tudo, a adaptabilidade, essa propriedade essencial da mocidade, bem mais importante que a adaptação que se torna esclerosada, quando não se sabe mais readaptar-se.Neste sentido, a Sociedade de São Vicente de Paulo pode ser chamada “movimento de caridade e de apostolado”. No entanto, a juventude de idade nem sempre basta para garantir a juventude de espírito, mas predispões a isso. Dar amplo lugar aos jovens, compreendê-los, dialogar com paciência recíproca, conferir-lhes encargos, ser jovens com eles, é tanto uma necessidade de recrutamento, como exigência de fidelidade à tradição vicentina de Ozanam.
Fundada por jovens e para jovens, cuja fraternidade se prolonga durante a vida inteira, o espírito de juventude é uma característica original e permanente da Sociedade de São Vicente de Paulo. Ela foi gravada desde o começo no Regulamento e aí permanecerá. Mas é também o ponto sobre o qual é mais necessário estar vigilante, pois a juventude do corpo se desvanece em cada um e é preciso renová-la constantemente no nível do coração e do pensamento.O espírito de juventude é o dinamismo, o entusiasmo, a projeção no futuro. É a aceitação generosa dos riscos, é a imaginação criadora, quer dizer, acima de tudo, a adaptabilidade, essa propriedade essencial da mocidade, bem mais importante que a adaptação que se torna esclerosada, quando não se sabe mais readaptar-se.Neste sentido, a Sociedade de São Vicente de Paulo pode ser chamada “movimento de caridade e de apostolado”. No entanto, a juventude de idade nem sempre basta para garantir a juventude de espírito, mas predispões a isso. Dar amplo lugar aos jovens, compreendê-los, dialogar com paciência recíproca, conferir-lhes encargos, ser jovens com eles, é tanto uma necessidade de recrutamento, como exigência de fidelidade à tradição vicentina de Ozanam.
Uma Sociedade universal
Sabe-se como a primeira “Conferência de Caridade” se dividiu em duas “Conferências de São Vicente de Paulo”, porque crescia desmesuradamente; depois proliferou no mundo inteiro, como um enxame e por geração espontânea. A tristeza da separação foi compensada por essa alegria e por este mistério: em qualquer lugar, onde o vicentino encontre uma Conferência, acha uma família, - a mesma família – não obstante a extrema diversidade das ocupações e das particularidades nacionais.Entre as centenas de milhares de confrades e consócias de mais de cem nações dos cinco continentes, realiza-se a mesma vocação, a mesma regra, o mesmo vínculo, simbolizado pelo Conselho Geral Internacional, do qual as Conferências do mundo inteiro recebem sua Agregação.Desde 2947, a possibilidade de realizar regularmente, em Paris ou em outra cidade, Assembléias Plenárias reunindo os responsáveis nacionais, tem reforçado essa unidade: a colegialidade é a regra, ao passo que o Presidente exprime as decisões do Conselho, como representante do colegiado.
Sabe-se como a primeira “Conferência de Caridade” se dividiu em duas “Conferências de São Vicente de Paulo”, porque crescia desmesuradamente; depois proliferou no mundo inteiro, como um enxame e por geração espontânea. A tristeza da separação foi compensada por essa alegria e por este mistério: em qualquer lugar, onde o vicentino encontre uma Conferência, acha uma família, - a mesma família – não obstante a extrema diversidade das ocupações e das particularidades nacionais.Entre as centenas de milhares de confrades e consócias de mais de cem nações dos cinco continentes, realiza-se a mesma vocação, a mesma regra, o mesmo vínculo, simbolizado pelo Conselho Geral Internacional, do qual as Conferências do mundo inteiro recebem sua Agregação.Desde 2947, a possibilidade de realizar regularmente, em Paris ou em outra cidade, Assembléias Plenárias reunindo os responsáveis nacionais, tem reforçado essa unidade: a colegialidade é a regra, ao passo que o Presidente exprime as decisões do Conselho, como representante do colegiado.
Unidade na diversidade, adaptação às condições em mudança do mundo
A Universalidade implica, ao mesmo tempo, a unidade e a diversidade: as formas da pobreza evoluem com o mundo. Em todo lugar, a todo momento, é necessário imaginar uma sondagem da miséria e do alívio que lhe pode ser dado. A unidade fundamental da vocação vicentina está aberta a todas as disparidades de ações readaptadas constantemente para o mesmo fim. A Sociedade permanece una no pluralismo de ações.
A Universalidade implica, ao mesmo tempo, a unidade e a diversidade: as formas da pobreza evoluem com o mundo. Em todo lugar, a todo momento, é necessário imaginar uma sondagem da miséria e do alívio que lhe pode ser dado. A unidade fundamental da vocação vicentina está aberta a todas as disparidades de ações readaptadas constantemente para o mesmo fim. A Sociedade permanece una no pluralismo de ações.
Uma família católica aberta ao ecumenismo no seio da Igreja Católica
Esta unidade na universalidade estende-se naturalmente à abertura ecumênica da era pós- conciliar. É um sinal providencial que, desde a primeira metade do século XIX, apenas a palavra cristãos tenha sido inscrita na Regra, para definir a comunidade essencial dos vicentinos. No entanto, a Sociedade de São Vicente de Paulo ia desenvolver-se durante mais de um século com fisionomia estritamente católica.Por sua extensão e seu caráter universal, por sua franqueza e seu caráter leigo, por sua predisposição a cooperar com todas as espécies de ações caritativas dos cristãos e de todos os homens de boa vontade, pela própria natureza da “caridade, contra a qual não há lei”, por um apostolado de testemunho, e não de proselitismo, a Sociedade de São Vicente de Paulo está preparada para as experiências ecumênicas. Ela as considera, ao mesmo tempo, com prudência e com esperança. Reza pela unidade dos cristãos; tem sede dessa unidade; sente-se chamada a contribuir para isso.
Esta unidade na universalidade estende-se naturalmente à abertura ecumênica da era pós- conciliar. É um sinal providencial que, desde a primeira metade do século XIX, apenas a palavra cristãos tenha sido inscrita na Regra, para definir a comunidade essencial dos vicentinos. No entanto, a Sociedade de São Vicente de Paulo ia desenvolver-se durante mais de um século com fisionomia estritamente católica.Por sua extensão e seu caráter universal, por sua franqueza e seu caráter leigo, por sua predisposição a cooperar com todas as espécies de ações caritativas dos cristãos e de todos os homens de boa vontade, pela própria natureza da “caridade, contra a qual não há lei”, por um apostolado de testemunho, e não de proselitismo, a Sociedade de São Vicente de Paulo está preparada para as experiências ecumênicas. Ela as considera, ao mesmo tempo, com prudência e com esperança. Reza pela unidade dos cristãos; tem sede dessa unidade; sente-se chamada a contribuir para isso.
V – CARIDADE, POBREZA E APOSTOLADO
Aspiração a uma vida mais evangélica
No seio desta Sociedade de São Vicente de Paulo, cujas características constitutivas foram aqui evocadas, seus membros aspiram, tanto quanto lhes permite sua fraqueza, a responder à sua vocação por uma vida caritativa e apostólica; isto quer dizer: testemunho de sua fé pelo amor pessoal aos que sofrem. À luz das fontes evangélicas, como dos ensinamentos do Vaticano II, e em presença deste mundo de hoje, do qual assumem o encargo como leigos engajados, os vicentinos redefinem sua missão e suas aspirações.
No seio desta Sociedade de São Vicente de Paulo, cujas características constitutivas foram aqui evocadas, seus membros aspiram, tanto quanto lhes permite sua fraqueza, a responder à sua vocação por uma vida caritativa e apostólica; isto quer dizer: testemunho de sua fé pelo amor pessoal aos que sofrem. À luz das fontes evangélicas, como dos ensinamentos do Vaticano II, e em presença deste mundo de hoje, do qual assumem o encargo como leigos engajados, os vicentinos redefinem sua missão e suas aspirações.
Pobreza da Sociedade de São Vicente de Paulo
A Sociedade é tradicionalmente pobre, isto é, não entesoura; dá, dia a dia, o que recebe de seus membros e benfeitores, pouco ou muito, segundo as circunstância. As despesas de funcionamento são reduzidas ao mínimo compatível com a eficácia; não se envolve com capitais mobiliários ou imobiliários de investimento, nem tem administração além da que é necessária para evitar a desordem.
A Sociedade é tradicionalmente pobre, isto é, não entesoura; dá, dia a dia, o que recebe de seus membros e benfeitores, pouco ou muito, segundo as circunstância. As despesas de funcionamento são reduzidas ao mínimo compatível com a eficácia; não se envolve com capitais mobiliários ou imobiliários de investimento, nem tem administração além da que é necessária para evitar a desordem.
Espírito de pobreza dos vicentinos
A palavra pobreza tem significado complexo e ambíguo: pode-se dizer que a pobreza é uma condição econômica, mas pode-se considerá-la também uma disposição interior. As traduções da Bíblia empregam a palavra nos dois significados, que se interpenetram. Trata-se sobretudo aqui de analisar brevemente a virtude da pobreza que a acompanha a da caridade.Não se pode entrar em diálogo com os pobres, senão sendo também pobre em alguma coisa. Sentir isto é uma das graças mais profundas que pode receber o “visitador dos pobres”. A cada um, segundo sua vocação própria, compete ser testemunha da primeira das beatitudes, vivendo o espírito de pobreza, inseparável de algum despojamento voluntário ou acidentalmente sentido ou aceito de maneira concreta e vivida.O espírito é, antes de mais nada, espírito de partilha: a vontade de não reter as riquezas sem bom uso. Salvo caso excepcional, o “voto de pobreza” ( no sentido dos religiosos) não é algo compatível com as responsabilidades de um leigo, mas é ainda maneira de pobreza, em sentir nossas riquezas, nossos talentos como dirigidos incondicionalmente ao serviço do bem comum e, antes de tudo, ao serviço de nosso próximo mais deserdado.O espírito de partilha exprime-se, pelo menos, na vontade de partilhar totalmente alguma coisa: um dá o seu tempo e pratica a virtude da disponibilidade; outro dá seu dinheiro; este dá seu saber; aquele usa sua saúde; aquele outro oferece o conforto que irradia de sua pessoa... Todo cristão, mesmo o mais indigente, pode, sem heroísmo excepcional, participar de tais partilhas, de tais trocas e, assim fazendo, aprende, pouco a pouco e livremente, a dar-se ele mesmo, no sentido que lhe é revelado pelas graças pessoais que recebe. A partilha é bem diversa de um donativo e completamente diferente da esmola; é feita de reciprocidade e de troca.
A palavra pobreza tem significado complexo e ambíguo: pode-se dizer que a pobreza é uma condição econômica, mas pode-se considerá-la também uma disposição interior. As traduções da Bíblia empregam a palavra nos dois significados, que se interpenetram. Trata-se sobretudo aqui de analisar brevemente a virtude da pobreza que a acompanha a da caridade.Não se pode entrar em diálogo com os pobres, senão sendo também pobre em alguma coisa. Sentir isto é uma das graças mais profundas que pode receber o “visitador dos pobres”. A cada um, segundo sua vocação própria, compete ser testemunha da primeira das beatitudes, vivendo o espírito de pobreza, inseparável de algum despojamento voluntário ou acidentalmente sentido ou aceito de maneira concreta e vivida.O espírito é, antes de mais nada, espírito de partilha: a vontade de não reter as riquezas sem bom uso. Salvo caso excepcional, o “voto de pobreza” ( no sentido dos religiosos) não é algo compatível com as responsabilidades de um leigo, mas é ainda maneira de pobreza, em sentir nossas riquezas, nossos talentos como dirigidos incondicionalmente ao serviço do bem comum e, antes de tudo, ao serviço de nosso próximo mais deserdado.O espírito de partilha exprime-se, pelo menos, na vontade de partilhar totalmente alguma coisa: um dá o seu tempo e pratica a virtude da disponibilidade; outro dá seu dinheiro; este dá seu saber; aquele usa sua saúde; aquele outro oferece o conforto que irradia de sua pessoa... Todo cristão, mesmo o mais indigente, pode, sem heroísmo excepcional, participar de tais partilhas, de tais trocas e, assim fazendo, aprende, pouco a pouco e livremente, a dar-se ele mesmo, no sentido que lhe é revelado pelas graças pessoais que recebe. A partilha é bem diversa de um donativo e completamente diferente da esmola; é feita de reciprocidade e de troca.
Modéstia e eficiência
Essa caridade vai além da esmola: implica constante disposição de humildade e de modéstia. O contato direto com os infelizes afasta primeiramente toda publicidade e demonstra até que ponto somos meros instrumentos inúteis, valorizados apenas pela graça de Deus. E, portanto, é preciso ir às raízes da miséria. Muitas vezes isso não se pode fazer sem meios poderosos. As grandes obras de beneficência ou de assistência social não são próprias dos vicentinos, que nunca as procuram, pois sabem eu são pessoalmente chamados ao discreto papel de “soldado raso” na luta contra a miséria. Se as circunstâncias os conduzem a tais obras, não as rejeitam, mas esforçam-se por conservar aí algo do contato humano para o qual foram formados pelo exercício da caridade vicentina.Quanto à publicidade, ela situa-se entre o dever de informação (não conservar a luz sob o alqueire”) e o dever de discrição.
Essa caridade vai além da esmola: implica constante disposição de humildade e de modéstia. O contato direto com os infelizes afasta primeiramente toda publicidade e demonstra até que ponto somos meros instrumentos inúteis, valorizados apenas pela graça de Deus. E, portanto, é preciso ir às raízes da miséria. Muitas vezes isso não se pode fazer sem meios poderosos. As grandes obras de beneficência ou de assistência social não são próprias dos vicentinos, que nunca as procuram, pois sabem eu são pessoalmente chamados ao discreto papel de “soldado raso” na luta contra a miséria. Se as circunstâncias os conduzem a tais obras, não as rejeitam, mas esforçam-se por conservar aí algo do contato humano para o qual foram formados pelo exercício da caridade vicentina.Quanto à publicidade, ela situa-se entre o dever de informação (não conservar a luz sob o alqueire”) e o dever de discrição.
Preocupação com a justiça social, disponibilidade em face do “desenvolvimento solidário da humanidade”.
Se é necessário ser modesto, é também preciso ser lúcido. O excesso de modéstia arrisca encobrir a extensão das responsabilidades de uma sociedade tornada providencialmente universal, através de tantos países do mundo: a constituição conciliar Gaudium et Spes, as incíclicas Mater et Magistra e Populorum Progressio são elementos fundamentais de lucidez para todas as vocações caritativas, mesmo e principalmente para as que desejam ser mais discretas.Também a Sociedade de São Vicente de Paulo, em seu conjunto, e seus membros individualmente, sentem-se mais claramente interessados pelas novas dimensões da solidariedade global dos homens. Os entraves à justiça social, as miséria da fome, os sofrimentos do subdesenvolvimento, interessam a todos os vicentinos, mesmo que pareçam estar afastados no espaço. Não lhes é possível esquivarem-se a eles: a imaginação criadora deve conduzi-los a dedicar as virtudes do diálogo direto e pessoal a todos esses problemas mundiais, que não estão reservados unicamente à política internacional.As dimensões do nosso próximo de hoje têm crescido; é preciso responder a isso. O Terceiro Mundo, por seus estudantes, seus trabalhadores, seus imigrantes; está presente no seio das cidades tecnicamente avançadas. O engajamento nas ações de cooperação pode ser considerado como uma expressão de vocação vicentina. Nas jovens comunidades cristãs dos países do Terceiro Mundo, o ideal vicentino já teve os mais pobres a socorrer eficazmente outros pobres, e a viver as dimensões do amor cristão. Tudo está por construir nesta etapa do mundo moderno.
Presença da Sociedade de São Vicente de Paulo no mundo
Reencontrar eficazmente os que sofrem misérias as mais diversas não é apenas tema de meditação; é também exigência de aprendizado, de conhecimento técnico dos problemas sociais, da psicologia dos que sofrem alguma frustração, experiência do contato direto com os infelizes. A Sociedade de São Vicente de Paulo tem por missão fazer desenvolver essa técnica e, como todas as organizações da Igreja, ela se faz presente e disponível, em cada um de seus membros, onde puder servir.Toda unidade social pode ser campo de recrutamento e de atividade de uma Conferência de São Vicente de Paulo: escola, universidade, usina, hospital ou sanatório, mesmo prisão etc., mas tradicionalmente a Conferência está presente, em primeiro lugar, na Paróquia, e também nas comunidades mais diversas. Os vicentinos sabem que não têm o monopólio da caridade, que são apenas modesta família cristã possuindo experiêmcia caritativa humilde e fecunda, e que por isso estão prontos a partilhá-la com todos e para todos. Seu serviço deve exprimir-se pela orientação pastoral: cooperar e servir, mas não desaparecer!Sua colaboração pode estender-se igualmente às grandes organizações, como as Cáritas nacionais e internacionais, que empregam meios poderosos, e àquelas às quais podem fornecer a sua experiência do contato individual.Esta presença e esta abertura devem manifestar-se enfim na família, na profissão, na vida cívica. Ela impregna toda a vida pessoal dos vicentinos.
Procura de vida evangélica, testemunho de espiritualidade e de apostolado
A vocação vicentina não abrange só o serviço aos pobres, mas também a entrada em comum no grupo: a Conferência de São Vicente de Paulo. É a partir daí que, o mais das vezes com a ajuda de um assistente eclesiástico, é explicada, meditada, aprofundada, toda essa parte da espiritualidade, que se refere às relações entre a pobreza, a justiça e a caridade, como a que viveu São Vicente de Paulo e que legou a seus filhos na religião. Diz-se de bom grado atualmente que há no serviço ao próximo e sobretudo aos mais pobres, uma espécie de “sacramento”, que é a aproximação ao Cristo sofredor, presente nos pobres. Aí se situa o centro da espiritualidade vicentina: ela experimenta, ao mesmo tempo, o que pode significar a presença do Cristo na Eucaristia, como sua presença nos pobres. Esta comporta em si o valor de salvação, quer dizer, de acesso ao Reino dos Céus (Mt 25,34-36). A espiritualidade vicentina sente como um escândalo o fato de ser-se indiferente à Segunda, quando se tem tanta piedade pela primeira!Cada um aproveita, segundo a graça que recebe e o acolhimento interior que lhe reserva. A esperança de todo vicentino, se corresponder à graça, é de chegar ao desejo expresso em uma das orações tradicionais do fim das reuniões... a fim de que, tendo dado aos pobres de todo coração o que possuem, terminem por dar-se a si mesmos”: linguagem antiga que exprime a mesma aspiração à vida das beatitudes, isto é, à vida segundo o Evangelho.Será um ideal excessivo e abusivamente constrangedor? Não! A Regra Vicentina não obriga em consciência, e isto pode tranqüilizar os mais escrupulosos. A experiência de mais de um século mostra que a aspiração a esse ideal de vida evangélica é expressa, o mais das vezes, por cristãos simples, desprovidos do menor sentimento de heroísmo: camponeses pobres de um país tropical, estudantes oprimidos por seus estudo, operários prostrados de fadiga, responsáveis esmagados por preocupações...É entre os “cristãos médios” que o sopro do Espírito Santo chama a maioria para a Sociedade de São Vicente de Paulo, e engaja-os, à sua medida, por vezes além dessa medida, para o serviço aos mais pobres. É um ideal de solidariedade no acesso ao Reino de Deus; é o que há de mais antigo e de mais novo como testemunho apostólico.
P ierre Chouard
Presidente Geral de 1954 a 1969
terça-feira, 6 de maio de 2008
SER VICENTINO...
Por que ser Vicentino?
Porque ser vicentino é viver o ensinamento de Cristo: “bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus” (Mt 5,3). Pobres em espírito são aqueles que estão sempre prontos a abrir seu coração para Deus e prontos a ajudar os semelhantes e com eles partilhar um pouco daquilo que têm.
Como e por que servir os pobres?
Ao dirigir-se aos grupos dedicados a avaliar o sofrimento dos pobres, Frederico Ozanam disse: “Servi os pobres com respeito e delicadeza, sem humilhá-los. Jesus Cristo considera como feito a ele mesmo tudo que se faz a um pobre ou a um enfermo”.
É difícil ser vicentino de verdade?
Não. Ser vicentino é antes de tudo uma graça. É a resposta positiva ao chamado da consciência iluminada pelo Espírito de Amor. Torna-se visível a vocação vicentina naqueles que, apesar de suas tarefas caseiras e profissionais estafantes, encontram tempo para demonstrar sua solidariedade aos irmãos carentes. Para isso não precisa de dinheiro no bolso. É dar testemunho da fé.
Como surge a vocação vicentina?
Surge em função da angústia sentida ante o espetáculo da miséria de outro ser humano. É a reação espontânea de simpatia pelos que sofrem e desejo de assumir atitude de irmão solidário.
Que devo fazer para ser um vicentino?
O primeiro passo é descobrir o horário e onde se reúnem os grupos próximos a sua casa ou paróquia. Depois participar das reuniões de um dos grupos e acompanhar os encarregados de visitar os pobres e descobrir, desta forma, porque 250.000 cristões católicos do Brasil participam da Sociedade de São Vicente de Paulo e querem ter você também na SSVP.
O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MARCOS NA ÓTICA VOCACIONAL
por Cleber Teodósio
O Evangelho segundo São Marcos apresenta Jesus através de sua prática, o autor deixa claro que sua obra não é completa, convidando cada um de nós a continuar o evangelho com o nosso testemunho, a fim de que sejamos discípulos e missionários de Cristo.
A primeira vocação apresentada na obra é a de São João Batista – A voz que grita no deserto.
Em Marcos (1,9-10) vemos que Jesus busca através do batismo o Espírito Santo, nos ensinando que precisamos estar revestidos de Deus para perseverar a caminhada. Ainda no mesmo capítulo, versículos 16 a 20, mais vocações são despontadas. Jesus se aproxima dos pescadores Simão e seu irmão André, e logo depois de Tiago e João, filhos de Zebedeu, e os convida a ser pescadores de pessoas para o Reino.
O serviço, que é a resposta da vocação, exige liberdade (1,31), como também transcende os limites geográficos (1,38).
Levi é apresentado como profissional de arrecadação de impostos, ao encontrar-se com Cristo, descobre a sua vocação e segue o Mestre. Esse fato gerou sérias críticas entre o povo da época, porém Jesus esclareceu que veio para chamar os pecadores e não os justos (2,13-17). Como a Levi, Jesus se compadece dos vocacionados de hoje, acreditando no poder de transformação que existe em cada um de nós.
A vocação não é nossa, mas de Deus. Marcos (3,13) explica que Jesus chamou os que “desejava” escolher, seguindo até o versículo 19 vemos o nome dos dozes, do grupo de Jesus. Em Marcos 5,18 um homem pediu para seguir com Jesus; Este porém o deu uma outra missão; isto é uma prova que devemos nos colocar nas mãos de Deus com a interrogação: Senhor, o que queres que eu faça?
Os discípulos deixaram tudo para seguir o Mestre. O desprendimento e a observância à vontade de Deus, através de sua presença real em Jesus os tornaram apóstolos genuínos do Pai; vocacionados por excelência! Porém o maior vocacionado é o próprio Cristo, pois sua vida, paixão, morte e ressurreição foi toda uma entrega ao plano de Deus. Seu legado como anunciador da Boa Notícia foi/é extraordinário. Em Marcos (6,34) vemos que sua compaixão O faz Pastor das ovelhas desassistidas, ação que nos impulsiona a seguir fiel ao chamado de Deus, neste mundo marcado pela subjetividade religiosa e escassez de operários para a merce.
Compreendemos que o seguimento a Jesus existe sem a vocação, no entanto para se ter a vocação, necessariamente, precisa ter o seguimento, sendo impossível assim, fazer o caminho inverso.
A nossa vocação é o céu, como também era a vocação do homem rico (10,17), porém o apego às coisas materiais, a alienação e o tropeço em pequenas pedras, muitas vezes nos impedem de prosseguir; uma prova de que não compreendemos ainda, Cristo, como caminho verdade e vida. Seguir a Cristo é renunciar a si mesmo, abraçar Jesus e o projeto que Ele sugere para a nossa vida (8,34).
As promessas de Deus para seu fiel seguidor e anunciador da boa nova não são poucas (cf. Mc. 18,29-30). Aqui percebemos o verdadeiro apego e zelo que todo batizado é chamado a cultivar.
Jesus, o Senhor dos Senhores, se fez servo e nos convida a sermos grandes no serviço (10,43-44). O Mestre soube se colocar a serviço do Pai, Sua obediência foi total; Sua vontade era a vontade de Deus (14,36).O Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos, é um chamado. Sinto-me contemplado no convite. Em seu capítulo último, versículo 15, a fala de Jesus parece imperar; ali, mais uma vez, somos enviados a anunciar o evangelho e a continuar na missão; algo que só alguém aberto aos designos de Deus será capaz de realizar, ao que me proponho.
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