Oração Inicial:
Animador: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Animador: Confrades e Consócias, a Igreja oferece a meditação
da Via-Sacra como sacramental e exercício espiritual. Nela contemplamos o amor do Senhor Jesus, que
sofreu e morreu pela humanidade para que tivéssemos a vida eterna. Celebrando o
Jubileu da Esperança, vamos meditar e rezar os passos de Jesus em sua Paixão,
Morte e Ressurreição. É nele que depositamos a nossa esperança, como fizeram
Ozanam, S. Vicente de Paulo e todos os santos e santas da Família Vicentina,
pois compreendiam que “Jesus Cristo é a regra da missão”. Também nos uniremos
em oração pela Congregação da Missão, em seu ano jubilar, completando 400 anos
de fundação jurídica e uma história repleta de ardor missionário. Acompanhemos
com fé e piedade.
Canto (Hino do Jubileu da Esperança)
Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!
Toda a língua, povo e nação
tua luz encontra na Palavra.
Os teus filhos, frágeis e dispersos
se reúnem no teu Filho amado. (refrão)
1a. Estação – Jesus é condenado à morte
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: Pilatos procurava libertar Jesus. Mas os
judeus gritavam: “Se o libertas, não és amigo de César! Todo aquele que se faz
rei, é inimigo de César. Pilatos, ouvindo estas palavras, mandou trazer Jesus e
disse aos judeus: ‘Eis o vosso rei. Eles, porém, gritaram: ‘Tira-o, tira-o,
crucifica-o’. Disse Pilatos: ‘Crucificarei o vosso rei?’ Responderam os
pontífices: ‘Não temos outro rei senão César’. Então Pilatos entregou-lhes
Jesus para ser crucificado” (Jo 9,12-16).
Leitor
2: “Muitas vezes encontramos pessoas desanimadas que olham, com ceticismo
e pessimismo, para o futuro como se nada lhes pudesse proporcionar felicidade.
Que o Jubileu seja, para todos, ocasião de reanimar a esperança! A Palavra de
Deus ajuda-nos a encontrar as razões para isso. Deixemo-nos guiar pelo que o
apóstolo Paulo escreve precisamente aos cristãos de Roma. “A esperança não
decepciona, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito
Santo” Rm 5, 5 (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: Em nossa missão enquanto
vicentinos devemos ser sinais de esperança para aqueles que, por vezes,
perderam a esperança de dias melhores. Que a exemplo de Maria, a senhora da
visitação, o confrade e a consócia possam verdadeiramente levar uma palavra de
esperança e uma presença transformadora para tantos pobres que estão pelo
caminho.
Todos: Senhor, que possamos ser sinais de
esperança a todos os que são condenados pela falta de expectativa quanto ao
presente e ao futuro.
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
A morrer crucificado / teu Jesus é condenado.
Por teus crimes, pecador,/ Por teus crimes
pecador.
Com Vicente e Ozanam, / nós queremos
te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
2a. Estação – Jesus carrega a cruz
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Depois de caçoarem dele, tiraram-lhe o
manto e o vestiram com suas próprias roupas. E o levaram para crucificar” (Mt
27, 31)
Leitor
2: “Na verdade, é o Espírito Santo, com a sua presença perene no
caminho da Igreja, que irradia nos crentes a luz da esperança: mantém-na acesa
como uma tocha que nunca se apaga, para dar apoio e vigor à nossa vida. Com
efeito a esperança cristã não engana nem desilude, porque está fundada na
certeza de que nada e ninguém poderá jamais separar-nos do amor divino: «Quem
poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição,
a fome, a nudez, o perigo, a espada? (…) Mas em tudo isso saímos mais do que
vencedores graças Àquele que nos amou.” (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: “Maria partiu apressadamente”. O Evangelista Lucas não
deixa dúvidas quanto à disponibilidade de Maria em servir a sua prima Isabel.
Nós também devemos aprender com Maria a não apenas ver a realidade dos pobres
de forma superficial, mas a partir com alegria em direção aos Pobres e
sofredores para servi-los em suas necessidades.
Todos: Senhor ajudai-nos a servir sempre os
pobres e sofredores com zelo e ardor missionário. Como tua Mãe, queremos ser
testemunhas do teu amor e trilhar sempre as vias da esperança e da luta contra
o mal. Amém!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Com a cruz é carregado/ E do peso acabrunhado
Vai morrer por teu amor. / Vai
morrer por teu amor.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
3a. Estação – Jesus cai pela primeira vez
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “O senhor me deu língua de discípulo,
para que eu saiba ajudar o desanimado com uma palavra de coragem. Na verdade,
são nossas doenças que ele carregou, são nossas dores que ele levou em suas
costas. Todos nós estávamos perdidos como ovelhas: cada qual se desviava pelo
seu próprio caminho. E Deus fez cair sobre ele os pecados de todos nós” (Is 50,4;
53, 4.6).
Leitor
2: “São Paulo é muito realista. Sabe que a vida é feita de alegrias e
sofrimentos, que o amor é posto à prova quando aumentam as dificuldades e a
esperança parece desmoronar-se diante do sofrimento. E, no entanto, escreve: “Gloriamo-nos
também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a
paciência a firmeza, e a firmeza a esperança” (Rm 5, 3-4).” (Bula do Ano Santo
da Esperança).
Animador: As dificuldades
do caminho não podem nos desanimar. Maria sabia que a viagem até a casa da sua
parenta Isabel seria repleta de desafios, mas não desanima, deixa tudo para
trás e vai servir. Que as possibilidades das quedas pelo caminho não tirem de
nós o ânimo para visitar os nossos mestres e senhores, os Pobres.
Todos: Senhor renovai nossas forças e aumentai
nosso ânimo para amar e servir a Cristo nos pobres!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Pela cruz tão oprimido, / Cai Jesus desfalecido,
Pela tua salvação, / Pela tua
salvação.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
4a. Estação – Jesus encontra com sua mãe
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe
do menino: ‘Eis que esta criança será causa de ruína e de salvação para muitos
em Israel. Será um sinal de contradição. E uma espada de dor traspassará a tua
alma, para que se descubram os pensamentos de muitos corações’” (Lc 2,34-35).
Leitor
2: “A esperança encontra, na Mãe de Deus, a sua testemunha mais
elevada. N’Ela vemos como a esperança não seja um efêmero otimismo, mas dom de
graça no realismo da vida. Como todas as mães, cada vez que olhava para o Filho
pensava no seu futuro, e certamente no coração trazia gravadas aquelas palavras
que Simeão Lhe dirigira no templo: “Este menino está aqui para queda e
ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada
traspassará a tua alma” (Lc 2, 34-35). E aos pés da cruz, enquanto via Jesus
inocente sofrer e morrer, embora atravessada por terrível angústia, repetia o
seu “sim”, sem perder a esperança e a confiança no Senhor.” (Bula do Ano Santo
da Esperança).
Animador: Na mística da visita aos pobres descobrimos o
cerne da vocação vicentina. Assim como Maria que encontra seu filho no caminho
do calvário, também encontramos muitos pobres em seu calvário diário. A visita
deve ser uma oportunidade de olhar nos olhos e participar da história dos
pobres e crucificados do nosso tempo.
Todos: Ó Maria, mãe das Dores, nossa mãe e
companheira de todas as horas, intercedei junto a Deus forças e luzes para
podermos carregar nossas cruzes e servir os Pobres!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Vê a dor da mãe amada, / Que se encontra desolada
Com seu filho em aflição, / Com seu
filho em aflição.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir
A
esperança do amanhã, / novamente irá florir.
5a. Estação – Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Enquanto levavam Jesus, pegaram certo
Simão de Cirene, que voltava do campo, e fizeram com que carregasse a cruz de
Jesus” (Lc 23,26).
Leitor
2: “Além de beber a esperança na graça de Deus, somos também
chamados a descobri-la nos sinais dos tempos, que o Senhor oferece.” (Bula do
Ano Santo da Esperança). Foi a partir da leitura dos sinais dos tempos, que São
Vicente de Paulo funda em 17 de abril de 1625 a Congregação da Missão. Uma
associação de padres e irmãos com o objetivo de evangelizar os pobres, formar o
clero e os leigos. Como Missionários Vicentinos, os padres e irmãos lazaristas,
como são popularmente conhecidos, atuam nas mais diversas realidades de
pobreza, sendo uma presença transformadora na vida dos mais pobres.
Animador: A Congregação da
Missão, vivendo o seu 400° aniversário de fundação, continua a viver a
espiritualidade de Jesus Cristo, o evangelizador dos pobres. Diz São Vicente: “Nossa
partilha, portanto, meus Senhores e meus Irmãos, são os pobres, os pobres: Pauperibus
evangelizare misit me. Que felicidade, meus Senhores, que felicidade! Fazer
aquilo que trouxe Nosso Senhor do céu à terra e mediante o que, iremos também
nós da terra ao céu; continuar a obra de Deus, que fugia das cidades e ia aos
campos procurar os pobres!” (SV, XII, 5).
Todos: Os Missionários Vicentinos são
chamados a revestir-se do Espírito de Jesus Cristo e a ajudar a carregar a cruz
dos pobres, aliviando as dores de tantos que estão vivendo o seu calvário.
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto: No caminho do calvário / Um auxílio necessário
Não lhe nega o Cirineu, / Não lhe
nega o Cirineu.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
6a. Estação – Verônica enxuga o rosto de
Jesus
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Ele não tinha aparência nem beleza para
atrair o nosso olhar, nem simpatia para que pudéssemos apreciá-lo. Desprezado e
rejeitado pelos homens, homem das dores, experimentado no sofrimento” (Is
53,3).
Leitor
2: “Sinais de esperança hão de ser oferecidos aos doentes, que se
encontram em casa ou no hospital. Que os seus sofrimentos encontrem alívio na
proximidade de pessoas que os visitem e no carinho que recebem! As obras de
misericórdia são também obras de esperança, que despertam nos corações
sentimentos de gratidão.” (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: No
encontro amoroso entre Maria e Isabel, há lugar para a troca de olhares e
sentimentos de alegria e gratidão. Isabel não esconde o seu júbilo ao receber a
visita da sua parenta a ponto de exclamar: “Como mereço que a mãe do meu Senhor
venha me visitar?” (Lc 1, 43). Muitas vezes na visita aos pobres, eles também
se sentem indignos de nos receber em sua casa. É aí que devemos nos colocar ao
lado deles como servidores e não senhores.
Todos: Ó Divino Salvador, ajudai-nos a buscar e
a servir o verdadeiro Deus, cujo rosto se revela não no poder, no prazer e no
ter, e sim nos muitos rostos de mulheres, e homens, crianças e jovens, adultos
e idosos abandonados e excluídos!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Eis o rosto ensanguentado, / Por Verônica enxugado,
Que no pão apareceu, / Que no pano
apareceu.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir,
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
7a. Estação – Jesus cai pela segunda vez
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Ele carregou as nossas dores, e tomou
sobre si os nossos sofrimentos; e nós o julgamos um castigado, punido por Deus
e humilhado. Foi ferido por causa das nossas culpas e esmagado pelas nossas
iniquidades. O castigo que nos dá a paz caiu sobre ele e é pelas suas chagas
que nós somos curados” (Is 53,4-5).
Leitor
2: “E sentidamente, invoco a esperança para os milhares de milhões de
pobres, a quem muitas vezes falta o necessário para viver. Face à sucessão de
renovadas vagas de empobrecimento, corre-se o risco de nos habituarmos e
resignarmos. Mas não podemos desviar o olhar de situações tão dramáticas, que
se veem já por todo o lado, e não apenas em certas zonas do mundo. Todos os
dias encontramos pessoas pobres ou empobrecidas e, por vezes, podem ser nossas
vizinhas de casa.” (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: A visita aos pobres é uma das principais
formas de caridade dos vicentinos. Muitos se encontram caídos pelo caminho,
exaustos da sua própria condição e à espera de alguém que possam lhes devolver
a esperança. Peçamos a Maria, que assim como esteve em casa de Isabel, possamos
também nós sermos presença restauradora na vida dos pobres.
Todos: Meu Deus, que possamos sempre mais amar e
servir os Pobres, nossos mestres e senhores.
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Outra vez desfalecido, / Pelas dores abatido,
Cai por terra o Salvador, / Cai por
terra o Salvador.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
8a. Estação – Jesus consola as mulheres
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “O povo seguia Jesus em multidão, assim
como mulheres que batiam no peito e choravam sobre ele. Mas Jesus, voltando-se
para elas, disse: ‘Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; mas chorai antes
por vós e por vossos filhos’” (Lc 23,27-28).
Leitor 2: Na origem da Congregação da Missão e do carisma vicentino, as
mulheres desempenharam um papel importante: foram elas as primeiras a se
juntarem em uma confraria para ajudar os mais pobres; foi nas terras de uma
ilustre senhora, a madame de Gondi, a qual São Vicente chamava de “nossa
fundadora”, que o carisma vicentino se iniciou numa missão junto aos pobres
camponeses. Ao lado de Santa Luísa de Marilac, as Filhas da caridade
desempenharam um papel revolucionário na França do século XVII. Portanto as
mulheres sempre estiveram e, ainda estão, na história do carisma vicentino
sendo um auxílio necessário às dores dos sofredores.
Animador: Ao celebrar o Jubileu de
fundação da Congregação da Missão queremos render ação de graças pelas inúmeras
atividades desenvolvidas ao longo de 400 anos de história. A Congregação da
Missão continua a consolar todos aqueles que se encontram em desespero, demonstrando
um amor afetivo e efetivo pelos pobres.
Todos: “Nossa
vocação é, portanto, ir, não a uma paróquia nem só a um bispado, mas por toda a
terra; para fazer o quê? Abrasar os corações dos homens, fazer o que fez o Filho
de Deus, que veio trazer fogo ao mundo, a fim de inflamá-lo com o seu amor”
(SV, XII, 99).
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Das mulheres que choravam, / Que fiéis o acompanhavam,
É Jesus consolador, / É Jesus
Consolador.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
9a. Estação – Jesus cai pela terceira vez
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Através da violência e do juízo Ele foi
arrancado! Quem terá compaixão d’Ele? Sim, Ele foi arrancado da terra dos
vivos; pelo eleito do meu povo Ele foi ferido de morte. Mas Ele não tinha
cometido culpa nenhuma, nem tinha sido encontrada mentira nos seus lábios” (Is
53,8-9).
Leitor
2: “Assim deve ser; precisamos de transbordar de esperança (cf. Rm 15,
13) para testemunhar de modo credível e atraente a fé e o amor que trazemos no
coração; para que a fé seja jubilosa, a caridade entusiasta; para que cada um
seja capaz de oferecer ao menos um sorriso, um gesto de amizade, um olhar
fraterno, uma escuta sincera, um serviço gratuito, sabendo que, no Espírito de
Jesus, isso pode tornar-se uma semente fecunda de esperança para quem o recebe.”
(Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: Maria
é a servidora por excelência, aquela que ajuda a levantar os caídos e os acolhe
em seus braços. Se caímos pelo peso dos nossos pecados, a intercessão materna
de Maria nos ajuda a levantar para novamente seguir o seu filho Jesus.
Todos: Senhor Jesus, dai-nos força para vencer o
cansaço e o desânimo. Não permita que pelas quedas no caminho, desistamos da
nossa missão e vocação de servir os Pobres. Amém!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Cai terceira vez prostrado, / Pelo peso redobrado
Dos pecados e da cruz, / Dos pecados
e da cruz.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
10a. Estação – Jesus é despido de suas vestes
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Os soldados [...] dividiram entre si as
vestes de Jesus. A túnica era feita de uma peça só, tecida de cima para baixo.
Disseram então: ‘Não rasguemos, mas tiremos a sorte, para ver a quem toca” (Mc
15,24).
Leitor
2: “Enquanto, em virtude da esperança na qual fomos salvos, vendo
passar o tempo, temos a certeza que a história da humanidade e a de cada um de
nós não correm para uma meta sem saída nem para um abismo escuro, mas estão
orientadas para o encontro com o Senhor da glória. Por isso vivemos na expectativa
do seu regresso e na esperança de vivermos n’Ele para sempre: é com este
espírito que fazemos nossa aquela comovente invocação dos primeiros cristãos
com que termina a Sagrada Escritura: “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22, 20).” (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: Muitos são os que se
encontram nus frente à realidade do presente e quanto a expectativa do futuro.
São despidos das vestes da alegria, da dignidade e da esperança. É nosso dever
enquanto vicentinos revesti-los do manto da justiça e da caridade.
Todos: Senhor ajudai-nos a respeitar a pessoa
humana em sua dignidade e em seus sagrados direitos humanos. Dai-nos coragem e
um coração grande para servir todos os desnudados de nosso tempo!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Das suas vestes despojado, / Todo chagado e pisado,
Eu vos vejo, meu Jesus, / Eu vos
vejo, meu Jesus.
Com Vicente e Ozanam, / nós queremos
te seguir
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
11a. Estação – Jesus é pregado na cruz
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “E chegando ao lugar do Calvário, aí o
crucificaram, juntamente com os ladrões, um à direita e o outro à esquerda” (Lc
23,33).
Leitor
2: “Com efeito, a esperança nasce do amor e funda-se no amor que
brota do Coração de Jesus trespassado na cruz: ‘Se de fato, quando éramos
inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho, com
muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida’”
(Rm 5, 10). (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: Vieste me ver ou vieste me visitar? Essa pergunta
também se aplica a realidade dos que hoje estão pregados na cruz. Não basta
apenas o olhar de curiosidade ou um sentimento vazio de pena. O verdadeiro
vicentino visita, ou seja, atua para que a dor da crucificação pelas mazelas
sociais, não esmoreça os assistidos.
Todos:
Senhor Jesus, em espírito de doação, de perdão e de compromisso com a justiça,
ajudai-nos a empenhar nossas vidas em favor dos crucificados de nosso tempo!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Sois por mim na cruz pregado, / Insultado e blasfemado
Com cegueira e com furor, / Com
cegueira e com furor.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir,
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
12a. Estação – Jesus morre na cruz
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Para que a Escritura se cumprisse,
Jesus exclamou: ‘Tenho sede!’. Havia perto uma vasilha cheia de vinagre. Molharam
uma esponja no vinagre, colocaram-na na ponta de uma vara e levaram-na à boca
de Jesus. Tendo provado o vinagre, Jesus disse: ‘Tudo está consumado’ e
inclinando a cabeça, expirou” (Jo 19,28).
Leitor
2: “A esperança cristã consiste precisamente nisto: face à morte onde
tudo parece acabar, através de Cristo e da sua graça que nos foi comunicada no
Batismo, recebe-se a certeza de que ‘a vida não acaba, apenas se transforma’, para
sempre. Com efeito, sepultados juntamente com Cristo no Batismo, recebemos
n’Ele, ressuscitado, o dom duma vida nova, que derruba o muro da morte, fazendo
dela uma passagem para a eternidade.” (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: Sobre esse momento de dor São Vicente exorta: “Ei-lo nesse terrível tormento, tormento
em que peço a Companhia que medite, tormento devido ao peso de seu corpo, à
tensão dos braços, à rigidez dos pregos, ao número e à qualidade dos nervos
transpassados. Que dor, meus Senhores! Quem pode imaginar outra maior! Se
quiserdes provar todos os excessos de sua muitíssima amarga paixão, admirareis
como pôde e quis suportá-los; ele, a quem bastaria transfigurar-se no Calvário,
como no Tabor, para se fazer temido e adorado. Depois dessa admiração, direis,
como esse meigo redentor: “Vede se há dor semelhante à minha dor! (SV, XII, 74)
Todos: Senhor Jesus, ensinai-nos a sempre nos
abandonar nos braços do Pai, que acolhe as nossas dores e alivia os nossos
sofrimentos e que nunca percamos a esperança frente as ameaças de morte do
nosso tempo. Amém
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Meu Jesus, por mim morrestes, / Por nós todos padecestes.
Oh! Que grande é vossa dor, / Oh!
Que grande é vossa dor!
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir,
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
13a. Estação – Jesus é descido da cruz
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “José de Arimateia, que era discípulo de
Jesus, embora ocultamente por medo dos judeus, pediu licença a Pilatos para
retirar o corpo de Jesus. Pilatos deu licença. Veio então, e retirou o corpo de
Jesus.” (Jo 19,38).
Leitor
2:
“O testemunho mais convincente desta esperança é-nos oferecido pelos mártires
que, firmes na fé em Cristo ressuscitado, foram capazes de renunciar à própria
vida da terra para não trair o seu Senhor. Temo-los em todas as épocas e são
numerosos – e talvez mais do que nunca nos nossos dias – como confessores da
vida que não tem fim. Precisamos de conservar o seu testemunho para tornar
fecunda a nossa esperança.” (Bula do Ano Santo da
Esperança).
Animador: Trabalhar em sua própria perfeição, evangelizar os pobres e formar o
clero e os leigos. Estas são as máximas missionárias da Congregação da Missão,
que desde a sua origem, tem a missão junto aos crucificados do nosso tempo,
como cerne da sua identidade carismática. Muitos foram os irmãos e padres
vicentinos que doaram e doam as suas vidas para levar um pouco de conforto aos
sofredores. O testemunho dos mártires é um exemplo disso. Doaram a suas vidas
na missão, para anunciar Jesus Cristo a toda criatura.
Todos: “Ah! meus irmãos, peçamos muito a Deus
este espírito para toda a Congregação da Missão, que nos leve por toda parte,
de sorte que, quando virem um ou dois missionários, possam dizer: “Eis homens
apostólicos, preparados para irem aos quatro cantos do mundo, levando a palavra
de Deus”. Roguemos a Deus que nos conceda esse coração.” (SV, XI, 132).
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
Do madeiro vos tiraram / E à mãe vos entregaram.
Com que dor e compaixão, / Com que
dor e compaixão
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir,
A esperança do amanhã, / novamente irá florir.
14a. Estação – Jesus é sepultado
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “José de Arimateia e Nicodemos tomaram o
corpo de Jesus e envolveram-no em faixas de linho, segundo o costume dos
judeus. No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um
túmulo novo onde ninguém tinha sido sepultado. Foi lá que eles colocaram Jesus”
(Jo 19,40-42).
Leitor 2: “Então,
que será de nós depois da morte? Com Jesus, além deste limiar, há a vida
eterna, que consiste na plena comunhão com Deus, na contemplação e participação
do seu amor infinito. Tudo o que agora vivemos na esperança, vê-lo-emos então
na realidade.” (Bula do Ano Santo da Esperança).
Animador: O momento do
sepultamento de um ente querido é sempre um momento de muita dor, pois agora
não há mais um corpo visível por quem chorar e a saudade fará morada. Mas o
vazio que a ausência provoca não pode nos colocar numa atitude de frustração,
pelo contrário, a fé, como a de Maria que foi feliz por que acreditou, deve nos
manter de pé, mesmo quando a espera possa parecer angustiante.
Todos: Senhor Jesus, convertei-nos sempre mais ao vosso amor,
sepultando em nós tudo o que gera egoísmo e desamor e, assim poderemos produzir
muitos frutos de vida e de amor!
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto:
No sepulcro vos puseram, / Mas os homens tudo esperam
Do mistério da paixão, / Do mistério
da paixão.
Com
Vicente e Ozanam, / nós queremos te seguir,
A
esperança do amanhã, / novamente irá florir.
15a. Estação – Jesus ressuscita ao terceiro dia
Animador: Nós
vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos!
Todos:
Porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo!
Leitor
1: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de
Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar
onde o depositaram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos
precede na Galileia. Lá o vereis como vos disse” (Mc 16,6-7).
Leitor
2: “Deixemo-nos, desde já, atrair pela
esperança, consentindo-lhe que, por nosso intermédio, se torne contagiosa para
quantos a desejam. Possa a nossa vida dizer-lhes: «Confia no Senhor! Sê forte e
corajoso, e confia no Senhor» (Sal 27, 14). Que a força da esperança encha o
nosso presente, aguardando com confiança o regresso do Senhor Jesus Cristo, a
Quem é devido o louvor e a glória agora e nos séculos futuros.” (Bula
do Ano Santo da Esperança).
Animador: A Ressurreição de Jesus é a vitória do Reino de
Deus. Reino de Justiça e Caridade. Reino de solidariedade e de paz. Reino da
vida e da comunhão. Que possamos participar desse Reino e sermos construtores
de vida nova, missionários da esperança e visitadores da transformação social.
Todos: Deus de amor e bondade, nós vos louvamos
pela ressurreição de Cristo, que nos transforma, nos liberta e nos salva no
amor! Queremos, Senhor, viver a vida nova de Cristo Ressuscitado! Queremos,
Senhor, viver a ressurreição, fazendo crescer e triunfar, em nós e no mundo, a
vida digna, justa e solidária para todos.
Pai
Nosso, Ave-Maria, Glória...
Canto: Meu coração me diz: “O amor me amou e
se entregou por mim! ” Jesus
ressuscitou! Passou a escuridão, o sol nasceu! A vida triunfou: Jesus
ressuscitou!
Oração
de São Vicente de Paulo pelas Vocações
“Senhor,
mandai bons operários à vossa igreja,
mandai
missionários e missionárias,
como
convêm que sejam,
para que
trabalhem de modo eficaz na vossa vinha; pessoas, meu Deus, desapegadas de si
mesmas,
das suas
comodidades e dos bens terrenos.
Não
importa se em pequeno número,
contanto
que sejam bons.
Senhor,
concedei esta graça à vossa Igreja”
Amém!
S. Vicente, rogai por
nós!
Beato Frederico Ozanam,
rogai por nós!
Conclusão
Animador: Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo.
Todos.: Amém.
Animador: Bendigamos
ao Senhor.
Todos.: Graças a Deus.
Fonte: SSVP Conselho Nacional do Brasil